Rei Mouro José Abadia de Pina, em 1967 |
A Festa do Divino de Pirenópolis tem seu ponto máximo no Domingo do Divino, que sempre acontece 50 dias após a Páscoa, na chamada Festa de Pentecostes. A importância dessa festa está na mobilização da cidade como um todo. A população participa, tal qual seus antepassados no século 19.
Não se trata de festejo da elite, mas de uma manifestação que envolve o povo e para ele se volta. Muita gente põe a mão na massa - as confeiteiras que cuidam das verônicas e alfenis; os artesãos que confeccionam máscaras feitas de papelão e grude; as costureiras que bordam as roupas dos cavaleiros e os enfeites dos cavalos.
Foi essa cumplicidade entre o festeiro e o povo que culminou no registro da Festa do Divino de Pirenópolis no Livro das Celebrações, através do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), em 15.04.2010.
by Adriano César Curado
Êta saudade!!! Luís Eduardo
ResponderExcluirÉpoca boa deve ter sido essa, com os velhos cavaleiros de cavalhada lá no campo, antes de levantarem aquelas estruturas horríveis de concreto. Parabéns por trazer o antigo à realidade, de forma tão sutil.
ResponderExcluiresse rei dava o que falar...!
ResponderExcluirPrezado escritor Adriano César Curado, adorei a fotografia antiga. Ela conta como eram as Cavalhadas de Pirenópolis antigamente.
ResponderExcluirPercebe-se como é rica essa imagem, uma verdadeira janela para o passado, como se o tempo não existisse e pudéssemos flagrar um fragmento da história goiana.
Primeiramente, a fotografia é colorida, fato raro na década de 1960. Ainda que as definições de cores da época fossem poucas, creio que cinco, temos uma noção do panorama cênico. Acredito que a foto provenha do velho monóculo.
Depois, note nos camarotes de madeira, feitos artesanalmente com varas e panos coloridos. Nada que lembre o horroroso Cavalhódromo que construíram por lá e que querem nos convencer que é sublime obra. É feio sim, nem deveria existir – pronto, já disse!
Por fim, a assistência em pé observa, educadamente, à performance do artista que vai tentar tirar a argolinha. Aliás, até a argolinha dá para ver, dependurada no arco, em contraste com o céu azul. O céu é dos cristãos, mas o chão vermelho é dos mouros??!!
Parabéns pela postagem. Se não fosse você, não conheceríamos essa sutil cena já passada, que o tempo apagou da memória daqueles que a presenciaram.
Ai que saudades de comer farofa no campo misturada com poeira!
ResponderExcluirRapaz, esse sua postagem me deu um aperto aqui no peito, uma vontade matadeira de entrar dentro dessa fotografia e cair lá na década de 1960, quando o mundo era bem melhor e não havia tantas regras tolas e bobagens oficiais a serem obedecidas!!!!
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