No dia 1º
de fevereiro de 1998, a Academia Pirenopolina de Letras, Artes e
Música (APLAM) promoveu seu 1º Concurso Literário, com o título:
“O ECOTURISMO E PIRENÓPOLIS”. Por exigência do edital, apenas
podiam concorrer alunos que estivessem, à época, cursando o 2º
Grau (hoje ensino médio) nas escolas de Pirenópolis. Os
prêmios para os vencedores foram os seguintes: ao 1º colocado
R$600,00, ao 2º colocado R$300,00 e ao 3º colocado R$100,00.
A
vencedora do concurso foi Joelma Maria de Sousa, que à época (1998)
cursava o 2º ano do curso Técnico para Magistério, com o título
“Pirenópolis, a trilha da harmonia”. Por ser interessante e
atualíssimo, segue abaixo seu trabalho, na íntegra:
A porta
de entrada para esta terra de mágica beleza, Parque dos Pireneus e
várias cachoeiras, é o Município de Pirenópolis, que contém um
dos pontos mais altos do Planalto Central, a Serra dos Pireneus,
próximo ao paralelo 15.
A cidade
é conhecida pelos historiadores como berço da cultura goiana, pelos
ambientalistas como berço das águas e pelos místicos como berço
da Nova Era.
Pirenópolis
gera em seu útero uma incrível biodiversidade em espécimes
vegetais, e suas várias nascentes de águas puras alimentam o Rio
das Almas, que forma uma das principais bacias hidrográficas da
América do Sul.
A força
desse rico patrimônio se revela em algumas das paisagens mais
deslumbrantes do mundo, atraindo visitantes de todos os recantos.
Nossa
cidade oferece o atrativo ímpar de uma realidade multidimensional. É
ao mesmo tempo um polo de ecoturismo, um centro histórico-cultural,
uma oficina de arte e uma grande indústria de prazer. Pode-se
praticar esportes radicais, mergulhar em águas puras, andar a
cavalo, meditar no pico dos morros, participar de festas folclóricas
ou simplesmente contemplar.
Um
sem-fim de trilhas levam a cachoeiras, corredeiras, piscinas
naturais, vertentes, veredas, matas, mirantes e campos floridos. As
paisagens moldam os morros com o encantador cerrado e seu horizonte
sempre azul. Esse santuário natural constitui hoje um posto avançado
para a prática do ecoturismo e do extrativismo, atividades que
buscam promover o desenvolvimento sustentável da região. É assim
que permanecem preservadas as águas puras das nascentes e as
paisagens típicas do cerrado, com o poder curativo, ornamental e
culinário de suas folhas, flores e frutos.
Entre
tantas trilhas que a natureza generosa da cidade oferece, uma vem
sendo percorrida nos últimos anos por buscadores místicos que
desejam uma convivência interior e exterior harmônica com a
natureza. Afinal, um santuário ecológico é o melhor espaço para
despertar o Ser Divino que habita em cada um de nós.
Joelma
Maria de Sousa