sexta-feira, 29 de março de 2013

Semana Santa (poema)




A SEMANA SANTA DE MINHA INFÂNCIA


A Semana Santa de minha infância
Era algo assim grandioso
Tinha cheiro de incenso
Sacros sons melodiosos
E sabor de muito respeito

Todo mundo impunha-se penitência
Lembrando as dores de Cristo
E até mamãe dizia sempre:
“Não coma carne quarta e sexta”
Para o anjinho não se afastar

Vovô vestido de sisudo terno preto
E sobre ele incandescente opa vermelha
Incorporado na Irmandade do Santíssimo
Saía da Matriz pela rua Direita
Na longa procissão do Senhor Morto

Eu sempre ao lado do velho
Sonhando em ser Irmão também
Naquele séquito de dor e sofrimento
Da Santíssima Mãe em aflitivo penar
Chorando a morte do filho Jesus

Nada de fogo música grito e alegria
Pirenópolis em confissão e comunhão
Com crianças esquecendo rixas
As contendas guardadas ficavam
Reservadas para Sábado da Aleluia

Quando Santa Verônica passava
Tremeluziam luminárias nos casarões
A Fênix com pesadas marchas fúnebres
Renascia os antigos de outrora
Chorando lamúria por quem foi embora

Hoje tudo é muito diferente
As procissões parecem menores
Os cortejos menos imponentes
Nem de longe sequer lembra
A Semana Santa de minha infância

Adriano César Curado



A crucificação




“26 Enquanto o levavam, agarraram Simão de Cirene, que estava chegando do campo, e lhe colocaram a cruz às costas, fazendo-o carregá-la atrás de Jesus. 27 Um grande número de pessoas o seguia, inclusive mulheres que lamentavam e choravam por ele. 28 Jesus voltou-se e disse-lhes: "Filhas de Jerusalém, não chorem por mim; chorem por vocês mesmas e por seus filhos! 29 Pois chegará a hora em que vocês dirão: 'Felizes as estéreis, os ventres que nunca geraram e os seios que nunca amamentaram!' 30 " 'Então dirão às montanhas: "Caiam sobre nós!" e às colinas: "Cubram-nos!" '31 Pois, se fazem isto com a árvore verde, o que acontecerá quando ela estiver seca?" 32 Dois outros homens, ambos criminosos, também foram levados com ele, para serem executados. 33 Quando chegaram ao lugar chamado Caveira, ali o crucificaram com os criminosos, um à sua direita e o outro à sua esquerda. 34 Jesus disse: "Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo". Então eles dividiram as roupas dele, tirando sortes. 35 O povo ficou observando, e as autoridades o ridicularizavam. "Salvou os outros", diziam; "salve-se a si mesmo, se é o Cristo de Deus, o Escolhido." 36 Os soldados, aproximando-se, também zombavam dele. Oferecendo-lhe vinagre, 37 diziam: "Se você é o rei dos judeus, salve-se a si mesmo". 38 Havia uma inscrição acima dele, que dizia: ESTE É O REI DOS JUDEUS. 39 Um dos criminosos que ali estavam dependurados lançava-lhe insultos: "Você não é o Cristo? Salve-se a si mesmo e a nós!" 40 Mas o outro criminoso o repreendeu, dizendo: "Você não teme a Deus, nem estando sob a mesma sentença? 41 Nós estamos sendo punidos com justiça, porque estamos recebendo o que os nossos atos merecem. Mas este homem não cometeu nenhum mal". 42 Então ele disse: "Jesus, lembra-te de mim quando entrares no teu Reino". 43 Jesus lhe respondeu: "Eu garanto: Hoje você estará comigo no paraíso". (Lucas Capítulo 23)






quinta-feira, 28 de março de 2013

O papel do Rio das Almas

Ponte do Carmo



      “Em Pirenópolis, o Rio das Almas era o grande promotor da saúde. A população bebia sua água puríssima. Nela lavava a roupa. No querido rio, a meninada pescava lambaris, piabas, bagres, mandis, pacus e até traíras. O banho também era no rio, de manhã e de tarde, em sua veloz e sadia correnteza, linfa tão transparente que se podia contar as pedrinhas do leito.

     Dois banheiros tradicionais, centenários, reuniam a meninada: o Pesqueiro e a Ramalhuda. O primeiro desapareceu, não faz muitos anos, assoreado, graças a algum desequilíbrio ecológico na bacia superior. O segundo ainda existe, sem as árvores, que lhe deram o nome poético. Hoje, a Ramalhuda é um descampado, dentro da cidade, pelo qual corre o velho rio. Ali agora é proibido tomar banho pelado, ao contrário doutros tempos. Meio século atrás, menino que se prezasse ficava no rio pelo menos umas duas horas, à tarde. Qualquer garoto com mais de seis anos sabia nadar de braçada, de anjo, de costas ou de cachorro. E mergulhava longas distâncias de olhos abertos.”

Trecho do livro: JAYME, José Sisenando. Goiás Humorismo e Folclore. Edição do autor: 1990, p. 230-1).

A Ramalhuda

quarta-feira, 27 de março de 2013

Pirenopolês



     As cidades de Pirenópolis e Corumbá de Goiás são irmãs e praticamente da mesma idade. Mas uma particularidade as diferencia. Enquanto Pirenópolis foi colonizada em sua maioria por portugueses, Corumbá tem em seus primeiros habitantes o sangue paulista.

     E certamente é por isso que o pirenopolino fala tão depressa, quase um atropelo de palavras. O próprio nome da cidade é assim pronunciado: “Prinopi”. Se há dois daqui em animada conversa, dessas de grande entusiasmo, o espectador de fora tem que prestar bastante atenção ou perde o fio da meada. É muito rápido. Quem tem o prazer de conversar com os portugueses compreende bem o que quero dizer.

     Como a cidade ficou todo o transcorrer do século dezenove e início do vinte praticamente isolada, não se contaminou com a forma de se manifestar dos estrangeiros. Aqui desenvolveu-se o puro pirenopolês.

Adriano César Curado

terça-feira, 26 de março de 2013

Um muro de pedras sobre a serra




     Faz tempo que ouço falar de um muro antigo sobre a serra do Funil, que fica próximo ao morro do Frota. A região é muito preservada, tem cerrado ainda intacto e fauna bem variada. Eu mesmo já vi ali o lobo-guará, cachorros-do-mato e raposas, para ficar só nos de maior porte. Mas na região há registro recente de onças, antas, harpia etc.

Casarão Serra do Ouro, ponto de partida

     Eu, José e Rodrigo resolvemos partir num dia de céu claro, bem cedinho, antes que o sol esquentasse para valer. Saímos do casarão Serra do Ouro, onde nos hospedamos no final de semana. Nesse início de ano é época propícia para subir morros, pois ainda não há carrapatos para infernizar a vida da gente.

Vista da região

     A escalada na serra do Funil não é fácil. O caminho chega a ficar bem inclinado e às vezes subimos de gatão para não cair. Eu caí. Já quase chegávamos de retorno quando escorreguei numa laje coberta de cascalho e machuquei a mão. Depois cheguei até a perder a unha.

O primeiro contato com o muro

     Mas todo esse sacrifício vale a pena. Primeiro porque a região por si só é linda e a vista lá de cima é um regalo para os olhos. Depois porque o tal muro de pedras é muito interessante. Mais tarde, em conversa com moradores velhos da região, descobri que não há registro oral de sua construção. Isso deixa claro que é uma obra bem antiga, certamente que da época da escravatura.

O encaixe interessante das pedras

     Pude analisá-lo bem de perto e notei que não é alto, deve ter aproximadamente meio metro de altura, mas sua extensão é formidável. Tanto que, por mais que andássemos, não conseguimos vislumbrar seu início ou fim. Acho que ele corre no cume de toda a serra.

Pirenópolis ficou bem distante

     Vou arriscar dizer que o muro não tinha a função de conter animais, à serventia das atuais cercas de arame. Ele provavelmente servia para demarcar divisas de fazendas antigas.

Não foi possível ver o fim do muro

     Outro fato interessante é que não vi pedras similares na região, o que me leva a arriscar outro palpite. Os idealizadores levaram para lá as rochas petras, tipo das de cavernas. O trabalho certamente consumiu muitos anos de árduo labor dos pobres escravos.

As pedreiras nas proximidades

     De qualquer forma, registrei minha pequena aventura em fotografias e agora disponibilizo para meus leitores. A emoção de conhecer uma edificação misteriosa e tão velha quanto essa é indescritível. Teve momento que fechei meus olhos e imaginei os cativos no desespero de encaixar logo as peças, antes que a chibatada cruel estalasse no ombro. O cheio do suor humano, o sangue respingado, os gritos de "acelera", tudo isso parece que ainda está por lá.

Eu, o muro e as polianas amarelas

     E para quem quiser ter acesso ao local do muro, informo que são propriedades particulares, o que requer autorização. Fica no caminho da fazenda Bonsucesso (a das cachoeiras). Logo após a travessia do córrego Funil, pode-se ver a grande serra à esquerda.

Adriano César Curado











Fazenda Babilônia é tema de filme


segunda-feira, 25 de março de 2013

Semana Santa 2013 (programação)



SEGUNDA-FEIRA SANTA – dia 25∕03
19h00 – Procissão de Depósito de Nosso Senhor dos Passos saindo da Matriz para o Bonfim e Sta. Missa

TERÇA-FEIRA SANTA – dia 26∕03
19h00 – Sta. Missa na Igreja Matriz
Quarta-feira Santa – dia 27∕03
19h30 – Sta. Missa Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário

TRÍDUO PASCAL
QUINTA-FEIRA SANTA – DIA 28∕03
09H00 – Sta. Missa do Crisma – Catedral do Bom Jesus (Anápolis)
18h30 – Sta. Missa do Lava pés (I) na Matriz; 19h30 – Sta. Missa do Lava pés na Sta. Bárbara (Bonfim)
20h30 – Sta. Missa do Lava pés (II) e Exposição do Santíssimo para a Vigília. Encenação da prisão de Jesus no pátio da Igreja Matriz.

SEXTA-FEIRA DA PAIXÃO – DIA 29∕03
Jejum (18 a 60 anos) e abstinência de carne (14 a 60 anos)
08h00 – via-crucis encenada, saindo do Salão Paroquial.
14h00 – Novena da Misericórdia
15h00 – Adoração da Santa Cruz e coleta para os lugares santos na Matriz; 15h00 – Adoração da Santa Cruz e coleta para os lugares Santos na Sta. Bárbara (Bonfim)
19h00 – Procissão do Senhor Morto saindo da Igreja Matriz

SÁBADO SANTO – DIA 30∕03
18h00 – Solene Vigília Pascal Sto. Antônio
19h30 – Solene Vigília Pascal na Sta. Bárbara (Bonfim)
20h30 – Solene Vigília Pascal na Matriz
20h30 – Solene Vigília Pascal Bom Jesus
Procissão do Senhor Ressuscitado (Santíssimo Sacramento dentro da Igreja)

DOMINGO DE PÁSCOA (RESSURREIÇÃO) – DIA 31∕03
07h00 – Sta. Missa na Igreja Matriz
08h00 – Sta. Missa no Maiadô
09h00 – Sta. Missa na Igreja Matriz
10h00 – Sta. Missa na Lagolândia
10h45 – Sta. Missa na Matriz
16h00 – Sta. Missa no Fundão
18h00 – Sta. Missa na Placa
18h00 – Sta. Missa na Igreja Matriz
19h30 – Sta. Missa na Capela do Rio do Peixe
20h00 – Sta. Missa na Igreja Matriz

Via Sacra 2013


sexta-feira, 22 de março de 2013

Luís Cruls


SÉRIE BIOGRAFIAS

LUÍS CRULS



Luiz Cruls (Diest, Bélgica, 21/1/1848 - Paris, França. 21/6/1908)

Louis Ferdinand Cruls (Diest, Bélgica, 21.01.1848 — Paris, França, 21.06.1908) foi um astrônomo que trabalhou a maior parte de sua vida no Brasil, tendo baseado em Pirenópolis durante a demarcação do Distrito Federal.

Tornou-se conhecido como Luís Cruls aqui no Brasil. Na Bélgica, sua terra natal, cursou a escola de engenharia civil da Universidade de Gand. Entrou para o exército daquele país como aspirante de engenharia militar, alcançando em um ano os postos de primeiro e segundo tenente.

Dieste, onde nasceu Cruls

Serviu o exército belga de 1869 a 1872. Em 1874 pediu baixa e veio para o Brasil. Foi membro da “Comissão dos Trabalhos Geodésicos no Município Neutro”, de 1874 a 1876.

Em 1875 publicou em Gante um trabalho sobre métodos de repetição e reiteração para leitura de ângulos, o que lhe credenciou a ser admitido como Adjunto no Observatório Imperial do Rio de Janeiro. Estudou o planeta Marte e, em 1882, observou o trânsito de Vênus na cidade chilena de Punta Arenas. Em 1877, publicou um estudo sobre a organização da Carta Geográfica e da História Física e Política do Brasil.

Antigo Observatório Astronômico do Rio de Janeiro

Em 1881 aceitou o cargo de diretor do Observatório Astronômico do Rio de Janeiro.

Em 1892 foi-lhe cometida a incumbência da exploração do Planalto Central do Brasil e chefiou uma equipe de cientistas que estudou a orologia, condições climáticas e higiênicas, natureza do terreno, qualidade e quantidade de água etc. da área do Planalto Central, onde seria construída a capital Brasília, em 1960.


Uma cratera de Marte foi batizada em sua homenagem.



A Comissão Cruls

A famosa Comissão Cruls, que demarcou a área do Distrito Federal, manteve sua sede na cidade de Pirenópolis, de onde saiu em diversas excursões de mapeamento da região. Embora sua história seja bem vasta, neste texto procuraremos resumi-la à nossa cidade, e tratar apenas da primeira missão.

O presidente Floriano Peixoto resolveu cumprir um dispositivo constitucional que previa a mudança da Capital Federal e por isso enviou ao Congresso Nacional uma mensagem. Em 1892 o Congresso Nacional aprovou a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, que era composta pelo engenheiro Luís Cruls, de origem belga, diretor do Observatório Astronômico do Rio de Janeiro, e outros 21 membros, entre cientistas, técnicos e militares.


Fotografia da Comissão Cruls

A missão partiu do Rio de Janeiro em junho de 1892. Seguiu por ferrovia até Uberaba, ponto final dos trilhos da Cia. Mogiana de Estradas de Ferro, e depois continuou a cavalo e mulas até Pirenópolis. Nas bruacas e baús levavam aproximadamente dez toneladas de bagagens e equipamentos que transportavam em 206 caixotes e fardos recheados com barracas, armas, mantimentos e instrumentos científicos (dois círculos meridianos, teodolitos, sextantes, micrômetro de Lugeol, luneta astronômica, heliotrópios, cronômetros e relógios, seis barômetros de mercúrio sistema Fortin e onze aneróides, bússolas, podômetros, diversos instrumentos meteorológicos, câmaras fotográficas com seu respectivo material de revelação e uma pequena oficina de aparelhos mecânicos destinados ao conserto dos instrumentos que viessem a sofrer algum acidente).

No casarão rosa hospedou-se Cruls
Hospedaram-se esses homens num casarão na Rua Direita e foram muito bem recebidos pelos pirenopolinos da época. De presente à cidade, em retribuição à hospitalidade, doaram uma planta baixa muito bem elaborada.


Fotografia tirada debaixo da jabuticabeira no casarão da rua Direita

Em Pirenópolis Cruls dividiu o pessoal em duas turmas, com o objetivo de percorrer o planalto a ser explorado por dois caminhos diferentes. A primeira turma, chefiada pessoalmente por ele, seguiu diretamente para Formosa. A segunda, que passou por Corumbá, Santa Luzia (hoje Luziânia) e Mestre d’Armas (hoje Planaltina) e posteriormente também chegou a Formosa.

Fotografia da Comissão Cruls

A equipe trabalhou mais de um ano em minuciosas medições, até que fincou quatro marcos delimitadores, denominados de Retângulo Cruls, com área de 160 por 90 km, e englobava as nascentes das bacias do Amazonas, São Francisco e Paraná.

Fotografia da Comissão Cruls

Quando finalmente retornou ao Rio de Janeiro, já tinham se passado treze meses de viagem. Organizou-se uma concorrida exposição na sede dos Correios e Telégrafos onde foram exposto mapas e fotografias, além de amostras do solo, da flora e da fauna do Planalto Central do Brasil.

Fotografia da Comissão Cruls
    
Cruls apresentou seu relatório ao Governo Federal e ele foi publicado no Diário Oficial da União em junho de 1893. A partir de então, o Retângulo Cruls passou a figurar em todos os mapas do Brasil. Posteriormente, foi escolhida uma área bem menor, mas dentro da demarcação anterior, onde se encontra atualmente o Distrito Federal.

Fonte:
JAYME, Jarbas. Esboço Histórico de Pirenópolis, vol. I, Goiânia: Editora UFG, 1971.
Planalto Central do Brasil - Coleção Documentos Brasileiros-Livraria José Olympio Editora-1957.



Site:

Detalhe de um atlas escolar luso-brasileiro de 1927, quando não existia Goiânia e a ferrovia terminava antes de Bonfim (Silvânia). Anápolis era Santa Anna; Luziânia, Santa Luzia e Planaltina, "Mestre d'Armas". A área prevista para o Distrito Federal era bem maior que a atual e incluía até Corumbá e Formosa.

* * *

quinta-feira, 21 de março de 2013

Mercadinho Compag



     O velho prédio do mercadinho Compag, construído por Dario Mendonça há meio século, infelizmente será demolido para dar lugar a uma construção moderna. Eu descia da aula e sempre passava ali para comprar do senhor Teca o doce maria-mole em casquinha de sorvete. Até há pouco ainda funcionava como comércio e seus balcões gastos e ensebados eram testemunho de quanta gente passou por lá.

     Tento não ser saudosista, mas numa Pirenópolis de tantas mudanças isso é complicado...!

Adriano César Curado

quarta-feira, 20 de março de 2013

SEBRAE


     A Agência do SEBRAE de Pirenópolis já está em fase final de instalação dos equipamentos. A inauguração está prevista para o inicio de abril de 2013. Ali o pequeno empreendedor terá o apoio do "PADRÃO SEBRAE".

segunda-feira, 18 de março de 2013

Lei municipal ampara os Mascarados



LEI Nº 720/ 12, DE 18 DE 12 DE 2012.

Dispõe sobre as definições das características
dos tradicionais “mascarados”
da Festa do Divino Espírito Santo de
Pirenópolis e dá outras providências.”

A CÂMARA MUNICIPAL DE PIRENÓPOLIS, ESTADO DE GOIÁS, aprovou e eu, PREFEITO MUNICIPAL, sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º – Ficam adotadas as características do “MASCARADO DE PIRENÓPOLIS”, objetivando a preservação de suas tradições, como personagem de clara importância dentro da Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis, a saber:
I - Não há requisitos para sair de mascarado, a não ser o uso de máscaras e a vontade de brincar;
II - As máscaras deverão ser de papel ou papelão e as de pano;
III - Conforme a tradição são onças, bois e outros personagens, o improviso ainda é o ponto alto de sua caracterização; aos mascarados é proibido trajar com vestimentas indevidas, tais como: fraldão ou peças íntimas a vista;
IV - Por decisão própria, o anonimato de cada mascarado é uma de suas premissas fundamentais, não sendo reconhecido nem pelos mais próximos. A sua maior alegria é circular pelas ruas, aproveitando-se largamente das prerrogativas desse anonimato;
V - Os Mascarados de Pirenópolis não serão numerados nem obrigados a qualquer tipo de identificação, salvo se em ato delituoso contra terceiros;
VI - Mascarado é uma atividade coletiva ou individual, com cada um inventando a sua própria roupa para si ou para todo um grupo;
VII - Os Mascarados poderão se deslocar pelas ruas de Pirenópolis durante o período dos festejos do Divino Espírito Santo, iniciando-se no sábado do Divino até terça-feira de Cavalhada e também no dia de Corpus Christi;
VIII - Os Mascarados poderão circular livremente por toda a cidade, resguardando o seu anonimato.
Art. 2º – Ao mascarado que exceder sua participação nos festejos, serão aplicadas normas do Código Penal Brasileiro.
Art. 3º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário.

GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE PIRENÓPOLIS, aos dezoito dias do mês de dezembro de dois mil e doze. 18/ 12/ 2012.

NIVALDO ANTÔNIO DE MELO
Prefeito Municipal

Revitalização da Avenida Sizenando Jayme



     "A obra que consiste na revitalização da Avenida Sizenando Jayme, localizada no centro da cidade, foi iniciada. O projeto da prefeitura municipal de Pirenópolis tem como objetivo revitalizar a área central da cidade.

     O projeto em referência dará um novo aspecto ao centro da cidade, aproveitando o espaço existente, dando um visual moderno mas que valorize o estilo colonial que marca a cidade de Pirenópolis.

     Tal serviço consiste no alargamento dos canteiros centrais, realizando a troca do calçamento existente, implantação de acessos a portadores de necessidades especiais – PNE, instalação de novas luminárias coloniais , implantação de bancos, execução de paisagismo ao longo dos canteiros centrais através do plantio de grama esmeralda e palmeiras/coqueiros tipo guerobeiras. Será também realizada a implantação de rotatórias e pequenas ilhas ao longo das avenidas Comendador Joaquim Alves e Sizenando Jayme, com o plantio de palmeiras/coqueiros."

Fonte site Prefeitura Municipal de Pirenópolis

sexta-feira, 15 de março de 2013

Acervo botânico

Av. Sizenando Jayme na década de 1970. As árvores já não existem mais,
foram cortadas para dar lugar ao banco e para construções no quintal da
casa do Mestre Propício


     A polêmica causada pela derrubada das árvores da Avenida Sizenando Jayme e a tristeza que se seguiu à morte da palmeira da Matriz reviveram em mim lembranças da infância.

Casarão do Mestre Propício

     Quando eu era menino, meus pais moravam no casarão do Mestre Propício, ali na Rua Nova. A casa ainda é a mesma, mas seu quintal foi todo modificado. No local existiam imensos cajueiros plantados ainda pelo maestro, que davam um caju amarelo carnudo e muito doce. Eles ficavam no quintal lateral à casa, na esquina, e faziam a festa da meninada quando forravam a calçada com seus frutos.

Palmeira da Matriz que morreu

     Mais para o fundo, um tamarineiro antigo, quando carregado, roçava os galhos no chão e dava gostosa sombra. E no último quintal, onde hoje está a agência local do Banco do Brasil, proliferavam as mangueiras. Era uma farra provar mangas bourbon, coquinho e sabina. Os troncos grossos dessas árvores denunciavam sua idade avançada e suas copas ensombreavam o quintal e o beco. 

Árvores recentemente cortadas na Av. Sizenando Jayme


     Todas essas árvores a que me refiro não existem mais, foram cortadas para dar lugar ao banco, a estacionamento ou chalés. Acredito que esse acervo botânico também faça parte do patrimônio Pirenopolino e como tal deve ser melhor estudado e preservado. Afinal, apesar de se tratar de conjunto de plantas de outras regiões, revelam os hábitos dos antigos, seus alimentos e possivelmente a receita da longevidade pirenopolina.

Adriano César Curado

segunda-feira, 11 de março de 2013

11ª rodada do Pirizão 2012


Aconteceu a 11ª rodada do Pirizão 2012. 

No sábado, às 16:00h, Maromba 4X1 Pirenópolis, 2 gols de Tobias, 1 de Paulo Henrique, 1 Fumaça, para Maromba. Feitosa descontou para o Pirenópolis. 

No domingo, mais dois jogos: Às 14:00h, JK 5X1 Bonsucesso, 3 de Tony Alves, 2 de Pamonha para o JK e China para o Bonsucesso. Às 16:00h, CIT 2X5 Mangueira, 3 gols de Samuel Égol, 1 de Wallace, 1 de Pulga para a Mangueira. Ariel e Patrik, fizeram para a CIt. 

     Após a 11ª rodada, veja a classificação: 1º Maromba 24 pts, 2º JK 22 pts, 3º Guarani 15 pts, 4º Mangueira 13 pts, 5º CIT 8 pts, 6º Pirenópolis 7 pts, 7º Bonsucesso 6 pontos. Artilheiros: 1º: Samuel-Égol-Mangueira e Tobias-Maromba, com 12 gols cada, 3º Thomaz JK, 10 gols, 4º: Jhonatan - Guarani 7 gols. 

     O JK, Guarani, Mangueira e CIT têm uma partida a menos que Maromba, Pirenópolis e Bonsucesso. 

     Veja a próxima rodada: Sab: 16:00, Mangueira x Pirenópolis. No domingo às 14:00h, CIT x JK e as 16:00, Bonsucesso x Guarani. 

Por: Amaury Santos.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Família Jayme

     Numa experiência inédita neste site, peço a ajuda dos leitores para tentarmos, juntos, criar a genealogia da Família Jayme até os dias atuais. Quem tiver informações (nomes, datas) e fotos de seus ancestrais, por favor, compartilhe conosco. Assim poderemos conhecer nossos parentes.


Família Jayme


Padre Luiz Gonzaga de Camargo Fleury

  1. Padre Luiz Gonzaga de Camargo Fleury (1793-1846) teve com Genoveva Maria da Soledade (Inhá Genu) (1807-1882):

    1. Coronel João Gonzaga Jayme de Sá (1931-1908) c.c. Matia Tomázia Batista e teve :
      1. Desembargador Luiz Gonzaga Jayme (1855-1921)
      2. Tenente Coronel João Gonzaga Jayme de Sá (1858-1926) c.c. com Rosa da Silva Batista e teve:
        1. João Batista Jayme (1885) c.c. Catulina da Silva Rocha e teve:
          1. Sizenando Jayme (1911) c.c. Ernestina Mendonça Lopes.
          2. Bonifácio Jayme (1914) c.c. Noemi de Oliveira.
          3. João Batista Jayme (1916) c.c Luíza Curado.
          4. Leide Jayme (1918) c.c Maria Teresinha Canedo.
          5. Frederico Jayme (1923) c.c. Rita Mendonça.
          6. Olímpio Jayme.
          7. José Jayme.
          8. Roberto Jayme.
        2. Rosa Batista Jayme (1887)
        3. Oscar Jayme (1888)
        4. Cornélio Gonzaga Jayme (1890)
        5. Aníbal Jayme (1892)
        6. Asdrúbal Jayme (1894)
        7. Cisalpino Jayme (1896)
        8. Abílio Jayme (1899)
        9. Diná Jayme (1902)
      3. Rosa Alzira Jayme (1860-1931)
      4. Etelvina Batista Jayme (1863-1901)
      5. Olívia Batista Jayme (1867-1922)
      6. Sisenando Gonzaga Jayme (1869-1897)
      7. Major Félix Jayme
      8. Major Frederico Gonzaga Jayme

Coronel João Gonzaga Jayme de Sá

  1. Coronel João Gonzaga Jayme de Sá (1931-1908), com sua ex-escrava Leocádia, teve:
    1. Antônio Jayme (1878-1936)
    2. Ermelinda Jayme (1880)
    3. Ana Jayme (1881-1940)
    4. Agenor Jayme (1883-1922)
    5. Julieta Jayme (1885-1923)
    6. Castorina Jayme (1887)
    7. Ranulfo Jayme (1889)
    8. Benedito Jayme
    9. Adelaide Jayme (1982-1978)
    10. Maria Jayme (Mariquita) (1895)
    11. Absalão Jayme (1897-1913)
    12. João Jayme Joanito (1899)
    13. Durval Jayme (1904)
    14. Olga Jayme (1902)

Fonte: JAYME, Jarbas. Famílias Pirenopolinas (Ensaios Genealógicos). Goiânia, Editora Rio Bonito, 1973. Vol. I.