sexta-feira, 20 de maio de 2011

Enquanto ouvia Elisa


     “Sim, é dela mesmo que falo – Elisa Lucinda, poetisa e linda, muitas rimas entre os verdes olhos que encantam o mundo os amores retidos que me enriquecem o peito, a mente e a esperança. Elisa Lucinda fez um xou de simpatia, doçura e poesia, regado a talento e carisma na noite de Pirenópolis na III Festa Literária. Contou de vida, ridicularizou preconceitos, elevou a poesia e o sentimento de arte, exaltou os professores – mas puxou as orelhas dos incautos de qualquer natureza. E quase endeusou a infância, essa fase eternal nas vidas que se reciclam a cada ano no posto, símbolo maior da continuidade da espécie e, principalmente, da capacidade de entender e aprender.

     E Gilberto Mendonça Teles... Para mim, esses dois nomes foram os marcos dessa festa. Não os maiores, apenas os mais importantes por suas projeções no ensino e estudo das letras (ele) e na divulgação da literatura como arte (ela); no mais somos todos do mesmo patamar, uns mais conhecidos, outros menos, mas empenhados no mesmo propósito, buscando fazer ou estudar o mesmo – a “religião” poesia, irmã gêmea da prosa boa, de raiz e lírica.

     Falamos de Cora, José J. Veiga, de Bernardo Élis e Guimarães Rosa, de Jorge Amado e Drummond, de Quintana e Yeda Schmaltz, falamos de nós e dos nossos poemas. Éramos prosa e verso, muito. De Goiás e de Brasília, mas de nascenças em terras e cultura que fazem diferenças. Minas é forte, e havia o sul e o nordeste, o Pantanal e este Planalto – a me lembrar que Walter Mustafé e Luiz Augusto assinam uma música chamada Pantanalto, marco do cancioneiro goiano(http://www.youtube.com/watch?v=JBC9Gmmckbg).

     Nicolas Behr sempre é surpresa, desde os últimos trinta anos em que o conheço; Renata Normanha canta Cânticos, Cristiane Sobral descreve o Pixaim Elétrico e determina: “Não vou mais lavar os pratos”. João Bosco Bezerra Bonfim cordeliza Aninha, a menina feia da casa velha da ponte; Marina Pina conta de José J. Veiga. Marilda, Dinéia e Iris sacodem seus corpos por todos os espaços, não deixam a peteca cair – mas estimulam o revoar das pipas, fazendo voar versos pelos céus da velha Meia-Ponte do Rosário, Pirenópolis.

     Estavam lá também os autores de infantis, como Alessandra Roscoe, Alexandre Lobão, Clara Rosa Gomes, Elba Gomes, Léo Cunha, Maria Célia Madureira, Rosangela Rocha, Tatiana Oliveira... Ah, muita gente! Sei que omiti um montão, e dizem que isso é injusto ou mal-educado, mas fazer o quê? No meu computador tenho a lista completa. Se alguém quiser mais informação, email-me (ih! Que verbo horroroso!).

     Marieta Souza marcou presença com suas histórias de vida. Adriano Curado e Thaís Valle alegraram-me o coração. Matei saudade de Paulo José, repórter e poeta, companheiro de seminário em Cuiabá nos idos de 1992...

     Enquanto ouvia Elisa, poetizei. Impossível não dar vazão ao texto poético num momento como aquele! Mas esses versos, leitores queridos, ficarão para outra hora, talvez para outro espaço, páginas de um novo livro, talvez. Este ano de 2011 foi o da festa que se consolidou. Ano que vem, espero que os recursos financeiros cheguem num total capaz de fazermos melhor (incluo-me com humildade, quero ajudar e participar!). Agora, temos Valéria e Marconi Perillo interessados nesse esforço, e agora sei que poderei oferecer a Iris Borges e sua “troupe” informações capazes de propiciar o que tanto almejamos – o estreitamento de contatos dos escribas de Goiás e Brasília.

     A mim, isso é razão de alegria e bem-estar. Tenho muito a aprender com eles.”

Texto de autoria de Luiz de Aquino

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Adriano Curado