No que se refere à nossa cidade de Pirenópolis, uma nova era parece que surgi no horizonte, e quando digo isso quero me expressar em um cenário desolador que modificará toda nossa realidade.
Vamos começar pelo comércio voltado ao turista. Dificilmente esse seguimento sobreviverá da forma como é hoje. Aquele que não for o proprietário do ponto comercial e tiver funcionários numerosos infelizmente vai acabar. É que a proximidade de Brasília e do alto padrão de vida ali vivido fizeram de Pirenópolis um local caro, tanto para o consumidor, quanto para aqueles que exercem a atividade comercial. Não há alugueis para esse fim por menos de 5 mil reais. E ainda que se abra para a vinda do turista, haverá limitação de número de pessoas nos estabelecimentos e, de consequência, drástica diminuição dos lucros.
E quanto aos bares? Esses possivelmente não abrirão mais em longo período de tempo. Não há previsão de retomada de tais atividades, e para isso basta ver o exemplo mundial. O mesmo se diga de cinema, teatro etc.
Mas o que mais deve nos atingir mesmo será a anulação do nosso calendário de festividades. Aos poucos vamos deixar de celebrar nossas festas, cultuar nossas divindades e confraternizar como há muito temos feito. Começou na Semana Santa, passou pela Festa do Divino, mas deve ir muito além. Não haverá festa do Morro, da Capela e, pasmem!, talvez nem o Natal.
Não nos resta outra opção que a do conformismo, pois não sabemos como essa doença atuará em nosso organismo. Nem queremos que ela se alastre entre nossos amigos e parentes de grupo de risco. Temos que nos adequar à grotesca alegoria das máscaras, que não trazem a alegria dos carnavais e mascarados das Cavalhadas.
Adriano Curado
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