segunda-feira, 6 de janeiro de 2020
A casa do Iphan em Goiás
Num dos pitorescos recantos da Cidade de Goiás está a residência que, hoje, é a “Casa do Patrimônio”, sede regional do IPHAN. Ela já aparece na planta de Vila Boa, do ano de 1782.
Assentada sobre uma enorme pedreira pertenceu à família Rocha Lima até o ano de 1909, quando o Bispo Dom Prudêncio a adquiriu e fez ali funcionar o Jornal “O Lidador”.
Em 1913, passou a ser o “Palácio da Conceição”, sede do bispado. No ano de 1932 foi adquirida por José Augusto Curado, que ficou até 1943. Depois, foi residência de Abílio da Costa Campos, seguido de Zacheu Alves de Castro, que, em 1989 a vendeu para o BEG, que a cedeu ao IPHAN.
Na época dessa imagem (de Joaquim Craveiro de Sá), pertencia ao admirável cidadão José Augusto Curado (1895-1967), pirenopolino, casado com Antonieta Augusta Fleury Curado, com quem teve 15 filhos. Autodidata, inteligente e brilhante, foi prefeito de Pirenópolis, onde construiu o prédio do Colégio Nossa Senhora do Carmo. Ali viveu de 1918 a 1932.
Na velha capital, residiu de 1932 a 1943, ocasião em que voltou a Pirenópolis, onde permaneceu até 1951, quando mudou para Goiânia. Político de mérito, professor, jornalista, membro da AGI, orador e grande personalidade. Foi redator dos jornais “Brasil central”, “Estrela do Muquém” e “O Operário”.
Bela, a residência na Praça Vinícius Fleury, senhorial e altaneira, vislumbra o rio e traz suas histórias imemoriais. Nesse ano de 2020 completa 60 anos da instalação do IPHAN em Goiás, a nos recordar a saga admirável de Salma Saddi. Nas histórias de cada casa, pedaços sutis do coração!
Bento Fleury
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Adriano Curado