Senti muito a morte de dona Ita de Siqueira. Eu cresci na companhia do dueto que seu violino fazia com o do esposo, seu Alaor. Em tudo quanto era festa tradicional de Pirenópolis, lá estavam os dois, em perfeita sintonia de tons e acordes. Depois que o Dr. Wilson Pompeu morreu, o casal assumiu a direção da peça teatral As Pastorinhas e, de maneira democrática, permitiu que as moças de diferentes classes sociais participassem. Até eu me beneficiei da benevolência do casal, quando fui convidado a interpretar o papel de demônio Lusbel na peça.
No dia 15 de março ela completou 79 anos de idade, mas não pôde comemorar a data, pois já estava ruim no hospital, vítima de sucessivos derrames celebrais (AVC). A Prefeitura Municipal prestou-lhe merecida homenagem no dia 29.01.2011, quando então completou 60 anos de casada. Este blog publicou uma postagem (dia 1º.02.2011) em homenagem ao evento.
Nossa cidade perde um naco valioso de sua cultura, com a morte de dona Ita, que na verdade se chamava Benedita, nome que não gostava, achava feio. Acho que o coro da Matriz não será mais o mesmo sem o dueto de violinos, as broncas nos cantores desafinados, o carinho com que se dedicavam à música.
Já sinto saudades da senhora, dona Ita, e sei que estará em algum lugar deste imenso Universo, com a cabeça tombada sobre o violino e o coração em sintonia eterna com o amor de sua vida.
É uma pena a morte de dona Ita Lopes, uma pessoa doce, que sempre esteve à frente das grandes manifestações artísticas da nossa terra. Vai fazer muita falta.
ResponderExcluirDona Ita,pessoa admiravél e singular uma perda enorme para nos pirenopolinos.que ele esteja la de cima tocando seu violino e nos contemplando e pedindo ao pai por nos que aqui ficamos
ResponderExcluirSoube somente hoje, através deste seu blog, na morte de dona Ita. Fiquei chocado, tinha por ela um carinho especial e sei que vai demorar para aparecer outro artista do seu gabarito.
ResponderExcluirA cultura de Pirenópolis perde muito com a partida de Dona Ita. O duo de violinos não mais será ouvido e sentido pelos pirenopolinos. Quanta saudade nos trará a lembrança daquela senhora linda, de olhar encantador.
ResponderExcluirQue Dona Ita seja muito bem recebida em sua nova caminhada.
Eu chorei bastante quando ela adoeceu pela primeira vez, mas agora confesso que senti um certo alívio, porque ela não sofrerá mais, ficará livre para tocar valsas entre as estrelas.
ResponderExcluirÉ preciso que apareçam novos talentos, para repor os que já cumpriram sua missão e se foram para outros recantos da vida.
ResponderExcluirUm pedaço de nossa riqueza local se vai, Dona ita não só brilhava, mas como reaquecia a cultura dessa cidade, também senti ao dizer adeus a ela, porém. Somos desse chão, cabe a nós agora continuar o trabalho que ela tanto abrilhantou...
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