Ocupar o cargo de Imperador do Divino não é tarefa fácil. Exige muita paciência, disposição de tempo e dinheiro para gastar. É questão de fé religiosa, desejo de manter as tradições e, de certa forma, vocação para organizar festejos. Isso porque hoje em dia a educação do povo deixa muito a desejar. Eu vi pessoas que tomaram bandejas de salgados ou doces das mãos dos voluntários que serviam aqueles que se dirigiram à casa do imperador. Vi igualmente gente que carregava comida para casa, numa total falta de consideração e espírito comunitário.
Marcus de Siqueira e sua irmã Natália souberam exercitar como poucos a arte de relevar e apaziguar. Embora testemunhassem acontecimentos absurdos em sua casa, nenhum dos dois se indispôs com os sem educação.
Marcus de Siqueira e sua irmã Natália souberam exercitar como poucos a arte de relevar e apaziguar. Embora testemunhassem acontecimentos absurdos em sua casa, nenhum dos dois se indispôs com os sem educação.
Cito como exemplo um jantar para o cavaleiros das Cavalhadas. Enquanto transcorria o agradecimento da mesa e as catiras tradicionais, já tinha gente cara de pau que começava a se servir da comida. Fato impensável na Pirenópolis de algumas décadas atrás, quando todos sabiam se portar, já que a educação começava em casa e terminava na escola.
E por falar em cavaleiros, uma das partes mais bonita da festa é protagonizada por eles. Falo da entrega das lanças ao imperador, marco do fim dos ensaios e véspera do início das Cavalhadas. Esse acontecimento se deu na quinta-feira (28.05.2009), quando mouros e cristão se enfileiraram em frente ao casarão dos Siqueira, na rua Direita, e um a um se dirigiram ao festeiro, beijaram a vara com que ensaiaram por duas semanas as coreografias e a entregaram simbolicamente.
Adriano César Curado
Que pena que a Festa nos foi tão curta esse ano. A página está realmente bonita, parabéns.
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