domingo, 9 de janeiro de 2022

Tão bela e tão frágil!


 Tão bela e tão frágil!

Minha cidade já idosa

Ainda tem o charme

Das dama antigas 

Dos velhos salões,

Dos saraus talentosos,

Orquestras e chorinhos,

Dos licores e sequilhos 

Suspiros e poesias. 

 Tão bela e tão frágil!

Minha pequenina cidade

Sabe histórias das histórias

Que o povo de outrora contava

E a memória caduca do tempo

Fazia constar no fascinante e

Multicolorido livro das lendas!

Caminho pela ruas vacilantes,

Corro a palma da mão 

No adobe desgastado dos muros,

Bato palmas na soleira vazia,

E tudo isso na busca de mim mesmo,

Na tentativa inútil de descobrir

Porque amo tanto minha Meia Ponte!

 Tão bela e tão frágil!

 

Adriano Curado

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