Quando Bartolomeu Bueno da Silva, o filho, regressou a São Paulo do Piratininga, após vagar anos pelo sertão goiano e, possivelmente, passar pela região dos Pireneus, mapeando a região, já sabia onde estava o ouro. Por isso, na sua nova viagem para cá, quando fundou o povoado de Santana (hoje Cidade de Goiás), em 26 de julho (dia de Santana) de 1727, logo começou a enviar bandeiras exploratórias para a descoberta oficial das minas que ele já sabia onde estavam.
Uma dessas expedições foi a chefiada por Urbano do Couto Menezes e financiada por Manoel Rodrigues Tomar, que chegou a um manancial d’água onde o ouro aflorava no leito e rebrilhava ao sol. Era o dia 7 de outubro (dia de Senhora do Rosário) de 1727, e como o ouro era muito, Tomar decidiu que imediatamente se construíssem ranchos para abrigá-los das intempéries, pois já sabia que permaneceriam bom tempo por ali.
Dessa forma, não se deve confundir. Como a expedição era chefiada por Urbano do Couto Menezes, a ele é creditada a descoberta oficial das minas de ouro de Meia Ponte. Mas a Tomar se deve a fundação de Pirenópolis, uma vez que era ele o rico patrocinador da empreita e teria partido dele a ordem de se levantarem as primeiras habitações, ainda que improvisadas, no local.
Adriano Curado
Destaque: pintura de Johann Rugendas denominada: “Lavagem do minério de ouro, proximidades da montanha de Itacolomi” (1835). Imagem obtida no site Ensinar História.
Excelentes postagens! Tenho estudado sobre o barroco colonial goiano em linha pós-graduação. Como faço para entrar em contato? Um e-mail?
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