Antigamente em quase todos os lares pirenopolinos havia um presépio. E toda noite um grupo de pessoas se reunia ali para rezar o terço e cantar músicas natalinas.
Tinha presépios famosos na cidade. Sinhá de Félix Jayme, Sinhazinha de Luiz Augusto Curado, Lalá do Mestre Propício. Famosíssimos os da casa de Chico de Sá e Cristóvão de Oliveira. O presépio de Odilon de Pina se destacava porque tinha um mojolinho que jogava água pelo calabouço.
E havia os presépios das pessoas pobres, que não podiam comprar muitos personagens. Um exemplo é Luzia, mãe do professor Ermano da Conceição. Ela só tinha o Menino Jesus, a Virgem Maria e São José. Então semeava arroz e enchia os lugares vagos. Também espalhava frutas para vender e com o dinheiro comprar azeite para os candeeiros. Eles iluminavam o presépio de 25 de dezembro a seis de janeiro, quando se desmancha presépio.
Mais recentemente havia o famoso presépio do Ico, que ocupava uma sala inteira da casa.
Esse da foto é do presépio aqui de casa. Foi comprado nos anos 1950 na loja do meu tio-avô Luiz Curado. É simples mas continua sendo armado há mais de sessenta anos sem nunca falhar.
Adriano Curado
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