Pulsando forte bem no centro do País, exatos 200km de Brasília, está a secular Pirenópolis, um tesouro da memória nacional que dosa história e tradição cultural em casarões coloniais bem preservados e festas religiosas cultuadas com a sabedoria de quem enxerga a oportunidade de preservar suas raízes ao mesmo tempo em que atrai as atenções de turistas e fiéis brasileiros.
Fundada pelos bandeirantes no século XVIII, aos pés da serra dos Pireneus, em Goiás, a cidadezinha de 13 mil habitantes lembra a histórica Tiradentes mineira, com seu casario colorido, seu calçamento de pedras de granito e sua igreja Matriz, a mais antiga de todo o Estado.
Pirenópolis parece ter parado no tempo, com suas serestas, concertos de chorinho e um teatro centenário, o Theatro de Pyrenopolis, que reabriu suas portas em 2000, após um criterioso trabalho de restauração. A atmosfera nostálgica do lugar impregna os visitantes, que não podem deixar de conferir a beleza das peças de museus como o das Cavalhadas, onde estão indumentárias usadas na Festa do Divino.
O artesanato merece a atenção do turista, por oferecer uma rica gama de opções: a prata é cunhada em joias e objetos utilitários, como punhais e cortadores de papéis. As máscaras traduzem a força expressiva das Cavalhadas em miniaturas de papel machê que são distribuídas aos visitantes em cafés da manhã especiais, como o que é oferecido na Fazenda Babilônia. Madeira, cerâmica e pedra-sabão também são moldados em lembranças pelas mãos dos moradores.
Fundada pelos bandeirantes no século XVIII, aos pés da serra dos Pireneus, em Goiás, a cidadezinha de 13 mil habitantes lembra a histórica Tiradentes mineira, com seu casario colorido, seu calçamento de pedras de granito e sua igreja Matriz, a mais antiga de todo o Estado.
Pirenópolis parece ter parado no tempo, com suas serestas, concertos de chorinho e um teatro centenário, o Theatro de Pyrenopolis, que reabriu suas portas em 2000, após um criterioso trabalho de restauração. A atmosfera nostálgica do lugar impregna os visitantes, que não podem deixar de conferir a beleza das peças de museus como o das Cavalhadas, onde estão indumentárias usadas na Festa do Divino.
O artesanato merece a atenção do turista, por oferecer uma rica gama de opções: a prata é cunhada em joias e objetos utilitários, como punhais e cortadores de papéis. As máscaras traduzem a força expressiva das Cavalhadas em miniaturas de papel machê que são distribuídas aos visitantes em cafés da manhã especiais, como o que é oferecido na Fazenda Babilônia. Madeira, cerâmica e pedra-sabão também são moldados em lembranças pelas mãos dos moradores.
Com um bom guia, requisitado junto à Piretur, órgão responsável pelo turismo na cidade, é possível descobrir as belezas naturais da região, pródiga em cachoeiras como as chamadas Bonsucesso. As trilhas, às vezes íngremes, estão por toda parte, e podem levar a surpresas como o caminho percorrido pelos bandeirantes, este um trecho leve, uma hora a partir da estrada para a Serra dos Pireneus.
A Reserva Vargem Grande, o Santuário Vagafogo e o Mirante do Ventilador são opções de passeios mais demorados, que exibem a fauna e a flora do cerrado. São todos locais com infraestrutura para receber visitas durante o dia.
A Reserva Vargem Grande, o Santuário Vagafogo e o Mirante do Ventilador são opções de passeios mais demorados, que exibem a fauna e a flora do cerrado. São todos locais com infraestrutura para receber visitas durante o dia.
A luta entre cristãos e mouros travada durante a Idade Média volta à cena. São as Cavalhadas, manifestação cultural que reúne cavaleiros da região ricamente vestidos em grupos de cores específicas: azul e vermelho.
Antes, a Praça da Matriz, apinhada de gente, era testemunha desse combate religioso. Hoje, a cena que se repete todos os anos, 50 dias depois da Semana Santa, desde 1826, foi transferida para o Campo das Cavalhadas, onde, durante três dias, o público se aloja em camarotes, palanques e arquibancadas criados para a ocasião.
De origem lusitana, a festa evoca a histórica batalha de Carlos Magno, coroado no século IX pelo Papa Leão II, e os muçulmanos que invadiram a Península Ibérica. Para encená-la moradores se mobilizam em uma maratona cujos preparativos acontecem durante quase todo o ano, para a confecção das roupas e adereços destinados a cavaleiros e animais de raça. Os ornamentos são requintados e incluem penachos com plumas, mantos de cetim, casacos bordados com pedras e adereços de couro e prata.
A força expressiva desse espetáculo pode ser avaliada pelo fato de duplicar o número de pessoas que circulam por Pirenópolis normalmente. Até a população rural, estimada em 9 mil, dobra nos dias da batalha, o que significa um alerta para quem quiser se hospedar na cidade durante o evento: é bom fazer reservas com antecedência, ou se destinar a Anápolis, a 54km de distância.
Antes, a Praça da Matriz, apinhada de gente, era testemunha desse combate religioso. Hoje, a cena que se repete todos os anos, 50 dias depois da Semana Santa, desde 1826, foi transferida para o Campo das Cavalhadas, onde, durante três dias, o público se aloja em camarotes, palanques e arquibancadas criados para a ocasião.
De origem lusitana, a festa evoca a histórica batalha de Carlos Magno, coroado no século IX pelo Papa Leão II, e os muçulmanos que invadiram a Península Ibérica. Para encená-la moradores se mobilizam em uma maratona cujos preparativos acontecem durante quase todo o ano, para a confecção das roupas e adereços destinados a cavaleiros e animais de raça. Os ornamentos são requintados e incluem penachos com plumas, mantos de cetim, casacos bordados com pedras e adereços de couro e prata.
A força expressiva desse espetáculo pode ser avaliada pelo fato de duplicar o número de pessoas que circulam por Pirenópolis normalmente. Até a população rural, estimada em 9 mil, dobra nos dias da batalha, o que significa um alerta para quem quiser se hospedar na cidade durante o evento: é bom fazer reservas com antecedência, ou se destinar a Anápolis, a 54km de distância.
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Adriano Curado