sexta-feira, 31 de dezembro de 2021

Feliz Ano Novo

O blogue Cidade de Pirenópolis deseja a todos seus leitores um feliz 2022.

terça-feira, 28 de dezembro de 2021

A rolha à deriva

Temos que aproveitar este momento de renovação e expectativa para pensar a vida. Embora ainda estejamos em um pandemia, a Ciência já nos dá esperança na volta à normalidade. Mas temos que tomar pé da situação e segurar nas rédeas do destino. 


Não podemos viver como uma rolha à deriva na amplidão das águas do infinito. Inclusive, até mesmo as rolhas, quando colocamos sobre elas uma agulha imantada procurar o Norte magnético da Terra. 

Planeje, pese os pós e os contras e arrisque. A felicidade não tem preço. 

quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Concerto de Natal




Não percam hoje no Cine Pireneus um concerto beneficente. A entrada é um quilo de alimentos não perecíveis. E não se esqueçam de máscara. Nos vemos lá!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

Final de ano

Chegou o final de ano. Ainda estamos desconfiados por conta dessa pandemia. Mas isso não nos impedirá de celebrar a vida e a oportunidade de recomeçar. Há muita esperança de um ano bom para nós em 2022. E no Natal, que a paz desça sobre o lar de todos nós. 

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

𝐏𝐈𝐑𝐄𝐍Ó𝐏𝐎𝐋𝐈𝐒, 𝐂𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄 𝐃𝐄 𝐁𝐀𝐑𝐑𝐎 𝐂𝐎𝐍𝐒𝐓𝐑𝐔Í𝐃𝐀 𝐒𝐎𝐁𝐑𝐄 𝐏𝐄𝐃𝐑𝐀

 

𝗣𝗼𝗿 𝗘𝘃𝗲𝗿𝗮𝗹𝗱𝗼 𝗟𝗲𝗶𝘁𝗲

Minas de Nossa Senhora do Rosário já era um arraial em crescimento quando foi batizada em 7 de outubro de 1727. Mas, ainda apenas um início de povoado nos fundos do sertão, sem estrada nem ponte, se engendrava longe do rei e da lei. Estavam ali os primeiros ocupantes daqueles ermos em busca do abundante ouro das margens do rio das Almas.

Manuel Rodrigues Tomar se proclamou o fundador do arraial e se intitulou Guarda-mor daquelas Minas de Meia-Ponte, conduzindo portugueses e distribuindo as datas mineiras. Pelo seu controle o minério era remetido para Salvador e, de lá, para Portugal. Seu “arbitrarismo” chamou a atenção do Governador da Província, que o acusou de contrabandista e sonegador. Tomar foi preso e expulso da Terra dos Goyazes.

Desde a origem o território que hoje conhecemos como Pirenópolis foi espaço de conflitos, de história e de estórias. Os regimes do sertão do cerrado, entre secas e águas, entre o diabo e Deus, entre o local e o metropolitano, entre a riqueza e a subsistência, não houve nada que não houvesse, inclusive muita violência. Ademais, ergueram igrejas, casarões, dilatados quintais, comércios e ruas, como se aguardassem um futuro auspicioso.

Homens e mulheres meiapontenses sempre lutaram para ser um lugar.

O ouro declinou no final do século dezoito, mas a cidade se manteve inercialmente em seu ritmo comercial, dinamizado por gente como Joaquim Alves de Oliveira, o Comendador. Este construiu sua riqueza ao erguer o Engenho São Joaquim, abrir comércio e financiar tropa de mulas, que vendia açúcar, algodão e couro em Mato Grosso, Bahia, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, enquanto abastecia Meia Ponte com “cousas” de fora. Se valeu do poder financeiro que as famílias ainda conservavam desde a febre do ouro.

Em 1832 o local se tornou Vila de Meia Ponte, todavia este foi um momento pouco alvissareiro, pois já se divisava a decadência em seu horizonte. Se, antes, o ouro do rio das Almas havia desaparecido pelos portos brasileiros, inundado Portugal e abastecido os cofres do ingleses, agora a revolução industrial na Europa determinava novos caminhos que os meiapontenses nem sonhavam.

De fato, a distância de outros centros econômicos dificultou muito a manutenção de um vigor comercial. Estradas ruins, isolamento, escassa comunicação. Pouco antes da metade do século, a bela Meia Ponte, de cidade pujante, desapareceu das vistas dos grandes centros como uma colmeia no fundo de um tronco encanecido. Não por acaso o homem rural tomou o cetro de “imperador” dos nobres citadinos nas festas do Divino.

Os estudos historiográficos mostram que em 1850 a Vila de Meia Ponte disputava a hegemonia da criação de gado com a Vila Boa (que se tornou depois a Goiás Velho), passando a se destacar os grandes pecuaristas da região. Enquanto a cidade gloriosa do tempo do ouro se tornava apenas história, renascia, em renovada tradição, seu vínculo com a terra ao seu redor, com os fazendeiros que, na verdade, sempre estiveram ali, desde o início para abastecer os aventureiros da mineração.

Os primeiros anos do século vinte não alteraram o status econômico de Pirenópolis, mantendo-a muito mais agropecuária do que urbana em termos de atividades, trabalhos e profissões. A concentração de renda se tornou, então, um traço forte daquela sociedade. A construção da capital estadual, Goiânia (1934), e da capital federal, Brasília (1960), por sua vez, fez com que a exploração das lajes de quartzito (pedreira) ganhasse uma nova escala de produção, abrindo enormes oportunidades para os pirenopolinos.

Enfim, a cultura colonial meiapontense foi forte o bastante para fixar a identidade arquitetônica e prolongar a educação clássica-cristã durante mais de um século, somando-se à própria decadência financeira da maioria das famílias que também obrigou a cidade a manter seu perfil peculiar. Pirenópolis foi edificada como uma casa de taipa de pilão construída sobre pedra de cantaria. Não seria errado se dizer que ela ainda se serve dessas características ancestrais, mesmo hoje, em pleno século vinte e um.

𝗘𝘃𝗲𝗿𝗮𝗹𝗱𝗼 𝗟𝗲𝗶𝘁𝗲 é Economista.

Pérsio Forzani, em encantamento

 

Pérsio Forzani, o mais expressivo e decantado artista plástico de Pirenópolis, despediu-se da matéria ontem, 6 de dezembro, 2021. A notícia bateu como um murro de baixo pra cima, feito um murro no queixo para arrancar a cabeça; lembrei-me de de um dos nossos últimos encontros. Aqui está a crônica, enfeixada por um poema especial para a festa aí narrada e que, caso eu me disponha a produzir um novo livro de poemas, este não será olvidado. 


Quando a Tocha Olímpica passou por Pirenópolis (2016),
Pérsio foi um dos indicados a  portá-la, com solenidade...

As mãos, sem firmeza, pediram ajuda; o sobrinho
Jerônimo, solícito, acudiu.



Pérsio, o de Pirenópolis






Imagino que quase todos os jornalistas tiveram, ao escolher o ofício, o mesmo estímulo que eu: a curiosidade ante o fato e o desejo de contá-lo. Mas isso, feito sem o efeito da boa escrita, é coisa de fofoqueiros. A diferença está justamente no amor ao texto.
Desculpem-me os leitores por essas costumeiras divagações quando me ponho a escrever. Produzir uma crônica é um dos meus grandes prazeres e não posso simplesmente imaginar que um gol é apenas um pênalti, sempre o concebo como uma articulação demorada, ziguezague que começa lá na área de defesa, evolui-se no meio do campo e se conclui na área adversária, no excitante desafio a zagueiros e goleiro, no balé de corpos e pernas, no malabarismo improvisado em frações de segundo para ver balançar a rede e erguer-se a torcida... (Poxa! Até para pedir desculpas eu divago; tudo bem, a culpa é da Copa do Mundo!).


O que me motiva, hoje, é Pérsio Forzani, artista plástico com documentos que nos mostram um homem de 79 anos. Na sexta-feira, dia 4 deste junho de 2010,  Pérsio foi homenageado em Pirenópolis, sua cidade de nascer e viver sempre. Não se tratou, porém, de uma festa antecipada das oito décadas, mas dos setenta anos em que Pérsio se dedica à arte de desenhar e pintar. Luiz Antônio Godinho, ao telefone, passa-me um recado:
– Você também está escalado para saudar Pérsio...

Quem exigia? José Nominato Veiga, idealizador da festa que envolveu desde este poetinha até o prefeito Nivaldo Melo, passando por pessoas de destaque na cidade, como o artista Elder Rocha Lima e o desembargador Joaquim Henrique de Sá.



Pois é! Pérsio, de tanta vivência, tem no olhar um brilho instigante: é a luz da juventude. As pernas, imobilizadas e contidas pela pólio na tenra infância, não o impediram de jogar futebol quando menino, como contaram os amigos e o vice-prefeito Tassiano Brandão, companheiros naquela infância. Falou-se lá em outros números: são mais de três mil telas espalhadas pelo mundo, a maior parte mostrando Pirenópolis. Num só projeto, há cerca de vinte anos, Pérsio reproduziu quatrocentas casas históricas da cidade. A encomenda foi do saudoso professor José Sizenando Jaime para sua obra em dois volumes sobre as vetustas construções da antiga Meia-Ponte do Rosário.


E eu, movido pela emoção ao ser convocado, juntei camisa, calça e outras peças numa maleta, convidei a cantora Regina Jardim a acompanhar-me à terra de seu tataravô Veiga Vale e, antes de sair, concebi um poema em homenagem ao amigo e ídolo, assim: 






Pérsio Forzani (o homem que pinta poesia)


Espalho-me ao tempo 
ao sol que define os dias, 
à Lua que benze as noites.


Nos anos mais verdes, 
colhi serenatas plantadas nas ruas
de pedras, sem régua ou compasso.


Ouvi versos cantantes 
e acordes dolentes; vi moças bonitas
nas janelas, silentes...


Era um tempo de estrelas 
e risos sem censura. A gente vivia
vertigens, e era feliz.


Sol, luar, orvalho! 
No verde, mais luz; mais vida
sob os astros.


Meus olhos desenham os morros, 
perfis sob azul infinito, moldados 
aos traços das línguas dos rios.


A ponte, o amor clandestino. 
Carmo, Bonfim, Matriz do Rosário, 
Lembranças de eu-menino...


Meus olhos colheram paisagens, 
Memória transforma em saudade, 
Pincel faz arte e riqueza.


Terra e gente meia-pontense:
Hino e presépio, história em imagem:
Obras de Pérsio, joias da terra.


Publicado originalmente em http://penapoesiaporluizdeaquino.blogspot.com/



Luiz de Aquino, poeta e
admirador, esperançoso
de reencontrá-lo no
outro Plano.

A Rolinha

 Quietinha ali na grimpa da frondosa árvore, já quase camuflada entremeio às flores que contrastam com o imaculado céu azul, lá está a rolinha sentada no ninho, e não tarda para que logo os filhotes saiam da proteção dos ovos para os perigos do mundo cá fora.

Adriano Curado

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Falece Pérsio Forzani


 

Infelizmente faleceu hoje o pintor pirenopolino Pérsio Ribeiro Forzani. Nossa solidariedade a toda sua família. 

sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

Última apresentação

Não percam essa excelente peça teatral. Eu recomendo. Vamos prestigiar a nossa cultura. 

Começa dezembro


 

Inicia se o último mês do ano. Tempo de festas, de esperança em melhoras no ano vindouro. E no nosso caso, que ainda vivemos em uma pandemia, fé no extermínio total desse vírus maldito.