sexta-feira, 29 de junho de 2012

Festa do Morro dos Pireneus 2012

Netinho Maia - Pico dos Pireneus, 2011


Festa do Morro dos Pireneus 2012

     A Serra dos Pireneus está localizada em Pirenópolis, Goiás, e o seu mais alto morro atinge 1.385 metros acima do nível do mar. É o ponto mais alto do Centro Oeste brasileiro. Depois de contornar em caracol esse pico, chega-se à igrejinha de pedra dedicada à Santíssima Trindade. Mais tarde, o espetáculo da lua cheia inunda a alma com a presença de Deus.

Programação da festa 2012:
    • 30.06.2012 (sábado):
      • 17h: saída da procissão da Igreja do Bonfim para os Pireneus;
      • 21h: início do tríduo na Capela do Largo;
      • 22h: recepção dos romeiros na barraca do festeiro.
    • 01.07.2012 (domingo):
      • 19h: segundo tríduo na Capela do Largo.
    • 02.07.2012:
      • 19h: terceiro tríduo e final da novena na Capela do Largo;
      • 20h: levantamento de mastro e confraternização (chá com quitandas pirenopolinas).
    • 03.07.2012:
      • 10h: Santa Missa na Capela do Largo.
      • 12h: almoço da barraca do festeiro.
      • 18h: Santa Missa na Capela do Pico dos Pireneus.
      • 19h: Contemplação do Luar.

Centro cultural e econômico



     "Diferentemente das Minas Gerais, o ciclo do ouro em Goiás durou pouco. O que ocorreu em Luziânia se repetiu em Pirenópolis, com milhares de garimpeiros indo embora. No entanto, a antiga Meia Ponte manteve um núcleo urbano considerado populoso para a época porque era importante centro de distribuição de mercadorias entre o longínquo Centro-Oeste e o rico Sudeste, nos séculos 18 e 19. Além da cana-de-açúcar, fazendas pirenopolinas produziam algodão para exportação nos anos 1800. Com isso, atraíam comerciantes e intelectuais, o que tornava a sua vida mais glamorosa que nos demais povoamentos goianos.

     Ainda no século 19 e com o nome de Meia Ponte, Pirenópolis tornou-se o berço da música e da imprensa goianas. Lá surgiu o primeiro jornal do Centro Oeste brasileiro, o Matutina Meiapontense. Somente em 1890, a cidade passou a se chamar Pirenópolis — o município dos Pireneus, nome dado à serra que a circunda. Mesmo com a inauguração de Goiânia e de Brasília e a consequente povoação do Centro-Oeste, a cidade ficou isolada durante grande parte do século 20, sendo redescoberta nos anos 1970, quando começou a virar destino turístico.

     Hoje, Pirenópolis é famosa pelo turismo e pela produção do quartzito, a “pedra de Pirenópolis”. Ambos movem a economia local. Mas muito do período da corrida ao ouro ainda se mantém vivo na cidade. Ela não experimentou o boom populacional de Luziânia nas últimas três décadas e preservou grande parte do seu casario. “A cidade tem 250 imóveis com vários níveis de preservação que remontam do período colonial, art decô e eclético, além de 250 que chamamos de falsos históricos, híbridos, que remetem à aparência do colonial”, destaca o chefe do escritório técnico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Pirenópolis, Paulo Sérgio Galeão."

Texto publicado no encarte Brasil Colônia, do Correio Braziliense.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Festa da Rua Aurora


A posição da Matriz



     Há uma lenda de que o local da instalação da Igreja Matriz foi determinado pela proximidade da residência daquele que mais contribuiu para a obra. Mas pode não ter sido bem assim.

    É que a posição do velho templo cria a impressão, na perspectiva de quem sobe a rua do Rosário, de que ele é bem maior. Na verdade, de baixo para cima suas dimensões parecem extraordinariamente bem mais avantajadas.

     Quem sabe tal impacto visual tenha passado pela mente dos arquitetos, quando eles procuravam um sítio para erguer a Matriz. Ou talvez tudo seja mera coincidência e o acaso criou essa ilusão de ótica. 

     Fato é que, já cansado da luta com a ladeira do Rosário e com pouco oxigênio no cérebro, parece ao aventureiro que as torres da igreja roçam no céu.

Adriano César Curado

terça-feira, 26 de junho de 2012

Programa “Tô de folga”


     O programa Jornal Hoje em seu quadro “Tô de folga”, que mostra os melhores pontos turísticos do país, teve como tema as trilhas e turismo de aventura da cidade de Pirenópolis.

   "Pirenópolis, cidade histórica que surgiu em Goiás no ciclo do ouro, é repleta de casarões do século XVIII, todos bem conservados. Hoje, porém, o que atrai turistas para a região são os esportes de aventura.

     A cidade conta com 80 cachoeiras, com todos os níveis de dificuldade. Entre as atrações está um rapel, com mais de 50 metros de altura, passeio de tirolesa e, no meio da mata fechada, um circuito de arvorismo. Outra opção são as trilhas pelos morros da região. No caminho, plantas típicas do cerrado, como a canela-de-ema, uma florzinha roxa."


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Leishmaniose

 


     A situação de Pirenópolis é preocupante, quando o assunto é a incidência da doença chamada Leishmaniose. Profissionais da área da saúde já alertam há um bom tempo sobre o crescimento dos casos na região, contabilizando várias vítimas nos últimos anoa, inclusive com manchete no portal de notícias G1.

     A doença é transmitida pelo mosquito Palha, que é encontrado em matas bem fechadas ou campos sujos do Cerrado. O mosquito pica o cachorro que, ao ser infectado, torna-se um hospedeiro da Leishmaniose. Se o mosquito picar o animal e depois uma pessoa, espalha a infecção. No ser humano, a doença pode acometer o baço, o fígado, a medula óssea e, por fim, destruir praticamente todas as células sanguíneas.

     O problema maior no combate à doença é que, uma vez infectado, o cachorro não tem cura e precisa ser sacrificado. Mas o apego das pessoas aos animais faz com que a doença do animal não seja comunicada aos agentes de saúde. Ou seja, preferem manter o cachorro em casa, apesar dos riscos de desenvolver a doença.

     Sem que toda a população canina de Pirenópolis seja examinada (por amostragem) e os doentes sacrificados, não haverá controle da Leishmaniose. No ritmo em que cresce a estatística de infecção, nossa cidade poderá sofrer uma epidemia em breve espaço de tempo.

Adriano César Curado