quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Inácio Pereira Leal

SÉRIE PATRONOS DA APLAM
INÁCIO PEREIRA LEAL
Patrono da Cadeira nº 07

Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Música



Inácio Pereira Leal (Pirenópolis 15.10.1832 – Cidade de Goiás ?), foi fazendeiro e pintor.

Casou em 18.05.1864 com a vilaboense Maria Felícia Godinho, filha filha de Antônio de Pádua Godinho e de Francisca Joaquina Vieira de Lima, com quem teve: João Magno, Inácio, Ana (Sinhá), o general Francisco Raul Estillac Leal e João.
           
Foi proprietário da Fazenda Arruda, no Município de Pirenópolis, e um dos maiores pintores de seu tempo. Era ele um conhecidíssimo e requisitado pintor no século XIX, mas pouco registro ficou da obra que executava. Sabemos, com certeza, que ele pintou o painel que enfeitava o teto da capela-mor da Igreja Matriz, entre as datas de 1.11.1863 a 31.10.1864, auxiliado pelo jovem Francisco Herculano de Pina.

Mudou-se para a Cidade de Goiás, onde faleceu.

Bibliografia:
Jayme, Familias, vol. III.
Jayme, José Sisenando. Pirenópolis, Humorismo e Folclore,, Edição do Autor, 1983.
Siqueira, Vera Lopes de. Tradições Pirenes., 2ª edição, Goiânia, Kelps, 2006.



terça-feira, 26 de novembro de 2013

Fotografia histórica

     Esta foto foi tirada de uma sacada no Hotel Pousada dos Pireneus, na década de 1980, e mostra uma Pirenópolis bem diferente da atual. Por isso o seu valor histórico.


Adriano César Curado


sábado, 23 de novembro de 2013

A solidão da arte


A arte da pintura pode ser um ofício solitário. Pelo menos para Pérsio Forzani, que com seus oitenta e dois anos de vida, ainda está na ativa, manejando com maestria seu pincel mágico. Por recomendações médicas, usa uma máscara cirúrgica para evitar contaminação com a tinta e reduziu o tempo contínuo de trabalho. Mas isso não o impediu de já quase finalizar mais um grande desafio: pintar os quadros de toda a Via-sacra para a Matriz. Sozinho em sua casa na rua Anduzeiro, Pérsio prossegue com sua silenciosa arte e enche de luz a alma pirenopolina.

Adriano Curado

terça-feira, 19 de novembro de 2013

O bebê nas minas de Meia Ponte




Não era fácil a vida dos bebês nas minas de ouro no século dezoito. E as dificuldades começavam antes mesmo do nascimento. As grávidas não contavam com acompanhamento médico adequado, não tinham uma alimentação rica em nutrientes e geralmente trabalhavam bastante: carregavam peso, cozinhavam, passavam em ferro à brasa, equilibravam potes cheios etc.

A exceção eram as sinhás, esposas dos ricos proprietários de escravos e donos das lavras. Mas essas eram poucas. Na sua maioria, as mulheres trabalhavam muito.


Depois de conhecerem a luz pelas mãos de uma parteira, os recém-nascidos ainda corriam o risco da rejeição, principalmente se provinham de alguma relação não oficializada pela Igreja. A roda dos expostos que existiam em algumas santas casas de misericórdia naqueles tempos é prova disso.

Se tudo fosse bem na gestação, no parto e no lar, o bebê podia ainda sofrer as doenças que assolavam as minas insalubres. O local era infestado por ratos, insetos e outros seres peçonhentos. Doenças como difteria, chagas e febre amarela eram comuns, agravadas pela falta de higiene do povo da época. A dengue ainda não se manifestara, embora o primeiro lote de aedes aegypti já zumbisse nos porões dos navios negreiros africanos. Quando os primeiros habitantes se instalaram aqui, as crianças menores dormiam em jaulas para escapar dos morcegos vampiros.


Tudo que foi escrito acima vale apenas se o recém-nascido fosse uma criança livre. Se nascesse escravo, seu destino era cruel. Separado da mãe antes do desmame, era vendido para mercadores de gente e nunca mais voltava ao lar.


Outro ponto contra os bebês era o constante deslocamento da população das minas, que vivia atrás de locais prósperos. Mal o ouro esgotava em um local e eles já partiam para outro mais promissor. E as viagens eram sofríveis. Estradas que não passavam de picadas, transporte em mulas ou carroções. Faltavam pontes e chovia demais.

Havia também as superstições, o medo de mandingas, as discutíveis tradições orais etc.

O modo de vida nas minas de ouro no século dezoito eram semelhantes em todos os lugares. A realidade vivida em Minas Gerais se aproximava à de Goiás, e portanto de Meia Ponte. Os estudos realizados, desta forma, aproveitam-se para todos os sítios.


Por tudo isso, eu concluo que a decisão de ter um filho em Meia Ponte à época da mineração se tornava uma aventura. Mas as famílias eram numerosas, o que compensava as perdas de vidas naqueles tempos difíceis. A altíssima taxa de mortalidade infantil constituía uma triste realidade.

Adriano Curado


Fonte:
ABREU, Jean. O corpo, a doença e a saúde: o saber médico luso-brasileiro no século XVIII.
2006. Tese (Doutorado) Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006.
______. A colônia enferma e a saúde dos povos: a medicina das “luzes” e as informações sobre as enfermidades da América portuguesa. História, Ciências e Saúde, Manguinhos, v. 14, n. 3, jul./set. 2007.
ALMEIDA, Carla B. Medicina mestiça: saberes e práticas curativas nas minas setecentistas. São Paulo: Annablume, 2010.
BOXER, Charles. A idade do outro no Brasil. Dores de crescimento de uma sociedade colonial. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2000.

FURTADO, Júnia. Barbeiros, cirurgiões e médicos na Minas colonial. In: Revista do Arquivo Público Mineiro, ano XLI, jul./dez. 2005.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

A torre


Ó coração que dispara no peito! É só ver essa torre que aponta para o infinito, essa palmeira que parece sua proteção, e as bandeiras que esvoaçam à sua frente, ora vermelha (quando vem a Festa de Pentecostes) ora azul (quando chega a reverência à Senhora do Rosário)! Se eu viver cem anos, ainda assim vou me deslumbrar com essa paisagem.

Adriano Curado

Pão de queijo da Fazenda Babilônia


Quem não gosta de pão de queijo? E este tem história. Todos ingredientes são dá própria região: polvilho caipira, ovo caipira, queijo da própria fazenda, e sem falar da centenária gamela da minha querida vó. Comer deste pão de queijo é voltar ao tempo através do sabor. Comida faz parte da história.

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Senhora do Rosário.


Lá no topo do altar-mor, ornada por rosas e flores, lá está ela: a imagem de Nossa Senhora do Rosário. Já sobreviveu ao fogo, à água, aos cupins e ao tempo implacável. E está ali desde a época dos garimpos, quando nossa Pirenópolis se chamava Minas de Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte. É a mesma imagem de quase três séculos atrás mas parece jovem, revigorada, como se o relógio não corresse para ela. Independente da religião que se professa, dos credos que se leva na algibeira, não há como deixar de admirar uma imagem tão pura e perfeita, e olhá-la com atenção é deixar-se levar pelas páginas amareladas da história.

Adriano Curado

sábado, 9 de novembro de 2013

O grande pintor


Chova ou faça sol, lá está ele: Mirim Santos. Natural de Ouro Preto/MG, veio para Pirenópolis trabalhar na primeira restauração da Matriz e nunca mais foi embora.

Sua capacidade de interpretar o cotidiano de Pirenópolis através das tintas é impressionante. E ele pinta uma cidade totalmente sua, particular, vista através do olhar especialista de quem só vê arte.

Mirim pinta em vários locais de Pirenópolis, mas seu ponto preferido é junto à Igreja Matriz, onde geralmente é visto no início da manhã, por conta da posição do sol.

O impressionante é que ele retrata a mesma paisagem há mais de uma década e nunca repete um quadro sequer. Eu comparo sua arte com a fotografia. Podemos fotografar repetidas vezes um objeto, mas a foto nunca será a mesma.

Ele é membro da Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Música; e recebeu o título de Cidadão Pirenopolino concedido pela Câmara Municipal. Além disso, como mestre capoeira, desenvolve um trabalho assistencial com crianças carentes da região.

Por tudo isso, este blog lhe presta merecida homenagem.

Adriano Curado

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Gatos da Divina


Tem um ditado muito interessante que diz: por causa dos santos se beija pedra. Dois gatinhos lindos estavam a rondar a minha casa, andando de lá pra cá. Não sou amante de gatos, mas por causa do santo, que é minha amiga Divina, já estou beijando pedra, já gosto deles e estou com pena de separá-los. 

Uma é fêmea, o outro é macho. Já pensou quando esses pestinhas crescerem quantos gatos teremos? Será um tal de dizer: 

― Você quer um gatinho? Ele é de raça. É siamês. São lindos, venha escolher um para você. 

Imediatamente, respodem:

Só se for macho. 

Coitadas das fêmeas, são elas que perpetuam a vida. Não desprezando os machos, pois eles completam a continuação da espécie. Assim também projeto a minha vida. Já são 13 netos, uma bisneta e outro a caminho, que defendo com muito carinho e amor. 

Ita Pereira



segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O casarão rosa


Sou um apaixonado por história, e me fascina o cotidiano das pessoas. Gosto de investigar como viviam, com quem se relacionavam, o que comiam, com que roupa gostavam de se mostrar em público.

Este casarão rosa da fotografia, imponente e elegante na rua Direita, hoje moradia de minha amiga Lais Amaral, já foi um movimentado centro de decisões políticas. O destino de Pirenópolis foi decidido muitas vezes ali, quando seu morador era o influente coronel Félix Jayme, um dos líderes da República Velha. Mas lá também morou o Edgar Jayme, o Zé Barbeiro, e o Dr. Fernando com seu movimentado consultório odontológico. 

As casas captam um pouco da alma de seus moradores, e em suas paredes ficam encrustados os respingos das cenas que ali aconteceram. Daí a importância da preservação do patrimônio arquitetônico de um sítio histórico, que é autêntico livro de história  aberto e com as páginas sempre prontas para a leitura.

Este casarão, em particular, tem muitas histórias para contar.

Adriano Curado

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Maria Eunice Pereira e Pina



SÉRIE BIOGRAFIAS
MARIA EUNICE PEREIRA E PINA




Maria Eunice Pereira e Pina (Pirenópolis 16.06.1930 – 24.11.2005) foi escritora, poetiza, grande incentivadora da cultura pirenopolina, fundadora do Museu das Cavalhadas, do Jornal Nova Era e da Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Música.


Os filhos Luiz Armando e João Luiz.
Foto: acervo do Museu das Cavalhadas
Era filha de João Luiz Pereira e Sílvia Leite. Estudou no Colégio Padre Gonzaga e na Escola Normal Nossa Senhora do Carmo, ambos em sua terra natal. Casou-se com Sebastião Pompeu de Pina (Tãozico) em 26.6.1946, e tiveram: Eduardo Pompeu de Pina; João Luiz Pompeu de Pina; Maria do Carmo de Pina Mendonça; Luiz Armando Pompeu de Pina; Sílvia Conceição de Pina; Célia Fátima de Pina (Jayme, p. 260).


Interior do Museu das Cavalhadas

O Jornal Nova Era
Maria Eunice e José Reis fundaram em 1989 o jornal Nova Era, que circulou em Pirenópolis de outubro de 1989 a abril de 1998, quando encerrou suas atividades no número 35. Sua finalidade era puramente cultural. Não possuía caráter político-partidário e nem visava qual tipo de lucro. Sua arrecadação com patrocínio era ínfima e mal dava para as despesas. O jornalista José Reis foi o idealizador do projeto, e com ele colaborou de forma decisiva Maria Eunice Pereira e Pina.


Interior do Museu das Cavalhadas

A Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Música
No dia 26 de março de 1994, na casa de Maria Eunice, foram traçados os planos iniciais para a concretização do projeto da Academia, e ela, com uma pequena aposentadoria, arcava sozinha com as despesas e ainda achava tempo para tocar o Museu das Cavalhadas, selecionar artigos para o Jornal Nova Era e dar atenção para a família. E no dia 16 de abril de 1994, depois de alguns ajustes, Arnaldo Setti, José Jayme e José Mendonça Teles concluíram a lista de patronos e acadêmicos. Precisamente às 17h00, no Museu das Cavalhadas, foi declarada fundada a Aplam. Maria Eunice ocupava a Cadeira n° 04, Patrono José Joaquim da Veiga Valle; e é a Presidente de Honra da entidade.


Maria Eunice no Museu.
Foto: Acervo do Museu das Cavalhadas

O Museu das Cavalhadas
Na casa onde morou Maria Eunice, localizada na Rua Direita, n° 39, no Centro Histórico de Pirenópolis, está localizado o fabuloso Museu das Cavalhadas, que foi aberto ao público em 1976. Podemos dizer que a Festa do Divino entrou na vida de Maria Eunice aos poucos, quando seus filhos Luiz Armando e João Luiz, ainda jovens, decidiram participar das Cavalhadas e aprontavam no quintal de onde hoje é o museu. A mãe os ajudava na custosa arrumação dos cavalos, no cuidado com a roupa engalanada, no trato com os ajustes finais aqui ou acolá.


Exemplar do Jornal Nova Era

O portão aberto, a localização central daquele quintal, a simpatia dos membros daquela família, tudo isso atraiu público. Primeiramente os pirenopolinos, e atrás deles os turistas. Maria Eunice tinha que dividir a atenção com a aprontação e os insistentes pedidos para tirar fotos, fornecer dados sobre a festa, emprestar material de pesquisa. Notou ela, então, que a cidade estava carente de um local voltado para a memória das Cavalhadas. Neste instante, o museu invadia sua casa, sua vida, sua intimidade, e passaria em breve a fazer parte de sua própria existência.

Interior do Museu das Cavalhadas

Tudo começou com a exposição das roupas dos filhos numa salinha na entrada da casa, mas com pouco tempo começaram as doações e o museu não parou mais de crescer. Invadiu casa adentro, diminuiu os espaços da família, e aquela simples residência passou a ser uma casa de cultura.

Luiz Armando e João Luiz participaram das Cavalhadas por duas décadas e isso estabeleceu laços fortes entre aquela família e a Festa do Divino Espírito Santo. Tanto que, após deixar de ser cavaleiro, João Luiz decidiu investir no futuro da festa e criou assim as Cavalhadas Mirins. O museu conserva hoje significativa parcela da memória das Cavalhadas de Pirenópolis e da Festa do Divino como um todo, o que compõe o contexto cultural da cidade. Se tivesse mais espaço e alguma ajuda financeira fora da família, preservaria ainda mais a riqueza cultural goiana, pois seu acervo poderia ser muito maior. Seu público hoje é composto de turistas nacionais e estrangeiros, e não é raro ver grandes concentrações de excursões de estudantes e pesquisadores na porta da casa.


Entrada do Museu das Cavalhadas

Com a morte de Maria Eunice em 2005, a família se cobriu com o mesmo manto de altruísmo que sempre a orientou. Resolveram entre si preservar a casa e todo o acervo do museu. Lá mora hoje sua filha Célia, uma pessoa fabulosa e entusiasmada, que contagia a gente com aquele mesmo carisma que sempre foi a marca de sua mãe. Sozinha, sem ajuda, resiste bravamente aos obstáculos que a vida lhe impõe. Célia cursa turismo, quer ver o acervo ampliado e sonha com a casa transformada toda em museu.

O Museu das Cavalhadas se inseriu nos cadastros do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) em 2009 e desde então participa de programas nacionais de museus, o que amplia bastante o alcance do compartilhamento de informações e experiências.


Interior do Museu das Cavalhadas 

Produção literária:

Participação em antologias:
1. Poemas, trovas e crônicas no Anuário dos Poetas do Brasil, Organização de Aparício Fernandes, Rio de Janeiro: Folha Carioca Editora Ltda., 1979 e 1982.
2. Colheita (A voz dos inéditos), Organização Gabriel Nascente. Goiânia: Inigraf, 1979.
3. Corumbá (Episódios e Comentários), Organização Renato Báez. Org. Renato Báez, São Paulo: Resenha Tributária, 1979.
4. Genealogia e Opiniões, Org. Renato Báez, São Paulo: Resenha Tributária, 1983.
5. Primavera em Trovas - Arthur F. Batista - São Paulo - 1981.
6. Saudade em Trovas - Arthur Francisco Batista - SP - 1983.
7. Luz nas Trevas (4° Vol. da Coleção Arnês), Org. José Pinheiro Fernandes, Rio de Janeiro: Editora Valença, 1985.
8. Ficções de Hoje... Realidade de Amanhã (10° Vol. da Coleção Arnês), Org. José Pinheiro Fernandes, Rio de Janeiro: Editora Valença, 1991.

Obra publicada:
PINA. Maria Eunice Pereira e. Devaneios de uma pirenopolina. Goiânia: Kelps, 1993. (poesia)

Considerações finais:

Convivi muitos anos com Maria Eunice e posso testemunhar seu desprendimento pessoal em prol da cultura. Eu a considero a Cora Coralina de Pirenópolis. Nossa cidade deve bastante a ela e à sua família. Seu filho Luiz Armando foi duas vezes prefeito, e como cavaleiro das Cavalhadas ajudou a modernizá-la, foi rei mouro por muitos anos. João Luiz também foi cavaleiro e depois criou e organiza até hoje as Cavalhadas Mirins. Célia mantém vivo o sonho da mãe e idealiza melhorias no Museu das Cavalhadas. Por tudo isso, Maria Eunice merece figurar entre nossos biografados.

Adriano Curado

Fonte:
Arquivo da Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Música
Arquivo da Biblioteca Piraí, em Pirenópolis.
Acervo do Museu das Cavalhadas.
CARVALHO, Adelmo. Pirenópolis – Coletânea 1727-2000, História, Turismo e Curiosidades. Goiânia: Kelps, 2000.
JAYME, Jarbas. Famílias Pirenopolinas, Vol. I, Goiânia: Editora UFG, 1971.

Entrevista:
Maria Eunice Pereira e Pina (em 2000)
João José de Oliveira (em 2000)
Célia Fátima de Pina (em 2013)


Agradecimentos: Pollyana Pina, Célia Fátima de Pina, Luiz Armando Pompeu de Pina, João Luiz Pompeu de Pina e João Guilherme Curado.