Celebração
da missa de 19 de julho de 1927.
Da esquerda para direita: ajoelhado,
o comendador Cristóvão José de Oliveira
e de costas, celebrando a
missa, o padre Santiago Uchôa
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A coluna
nesta edição visita a bela história sacra da família Oliveira de
Pirenópolis, especialmente iniciada com o comendador Cristóvão
José de Oliveira que em 19 de julho de 1927 protagonizou a conhecida
Romaria dos Pireneus, quando foi celebrada pela primeira vez no
Brasil pelo padre Santiago Uchôa, uma missa a uma altitude próxima
a 1390 metros. Posteriormente, no local da celebração da missa, o
comendador Cristóvão José de Oliveira ergueu uma capelinha em
homenagem ao Divino Pai Eterno.
Desde
então, até os dias de hoje, é mantida a tradição pela família
Oliveira, de no mês de julho, na primeira lua cheia, acampar nas
encostas que dão acesso à capelinha para realizarem
confraternização familiar e religiosa. São celebradas missas na
capela de baixo “Nossa Senhora”, localizada na base do pico e na
capela de cima, “Divino Pai Eterno”, no núcleo mais elevado dos
Pireneus.
Foi por
causa da sua religiosidade, da sua humanidade, do seu incansável
filantropismo em prol da fé católica que Cristóvão José de
Oliveira recebeu do Papa Pio XII, a Comenda São Gregório Magno.
Ex-prefeito
de Pirenópolis, habilidoso carpinteiro e marceneiro, o município
guarda em sua memória arquitetônica, o seu talento de construtor
como a Casa da Câmara Municipal e Cadeia, construída em 1919 e que
hoje abriga o Museu do Divino Espírito Santo.
Nascido
em Pirenópolis, no dia 12 de setembro de 1882, na sua terra natal,
faleceu em 24 de março de 1969.
Matéria
de autoria do historiador Ubirajara Galli publicada no Caderno DM
Revista, do jornal Diário da Manhã, 21.7.2013, p. 6.
Acervo de Joaquim Henrique de Sá |
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Que artigo espetacular, Adriano. O Bira soube explorar bem a história do comendador. Parabéns.
ResponderExcluirÉ interessantíssimo pensar nos motivos que levaram o comendador a criar essa romaria, doando sua terras. Eram tempos difíceis, sem acesso ao local, e mesmo assim ele persistiu.
ResponderExcluirInteressante também notar que o padre topou, apesar das dificuldades!
ResponderExcluirAdriano, quero agradecer pela matéria publicada sobre a festa do morro. Festa idealizada por meu avô que junto de seus filhos, entre eles meu pai, Caramuru, na época ainda criança, concretizou o sonho da construção da capela no pico dos Pireneus.
ResponderExcluirVou levar até meu pai uma cópia, pois tenho certeza que ele a guardará entre seu inúmeros "guardados".
Obrigada.