quarta-feira, 24 de julho de 2013

Comendador Cristóvão José de Oliveira e a Romaria dos Pireneus

Celebração da missa de 19 de julho de 1927. 
Da esquerda para direita: ajoelhado, 
o comendador Cristóvão José de Oliveira 
e de costas, celebrando a missa, o padre Santiago Uchôa

A coluna nesta edição visita a bela história sacra da família Oliveira de Pirenópolis, especialmente iniciada com o comendador Cristóvão José de Oliveira que em 19 de julho de 1927 protagonizou a conhecida Romaria dos Pireneus, quando foi celebrada pela primeira vez no Brasil pelo padre Santiago Uchôa, uma missa a uma altitude próxima a 1390 metros. Posteriormente, no local da celebração da missa, o comendador Cristóvão José de Oliveira ergueu uma capelinha em homenagem ao Divino Pai Eterno.

Desde então, até os dias de hoje, é mantida a tradição pela família Oliveira, de no mês de julho, na primeira lua cheia, acampar nas encostas que dão acesso à capelinha para realizarem confraternização familiar e religiosa. São celebradas missas na capela de baixo “Nossa Senhora”, localizada na base do pico e na capela de cima, “Divino Pai Eterno”, no núcleo mais elevado dos Pireneus.

Foi por causa da sua religiosidade, da sua humanidade, do seu incansável filantropismo em prol da fé católica que Cristóvão José de Oliveira recebeu do Papa Pio XII, a Comenda São Gregório Magno.

Ex-prefeito de Pirenópolis, habilidoso carpinteiro e marceneiro, o município guarda em sua memória arquitetônica, o seu talento de construtor como a Casa da Câmara Municipal e Cadeia, construída em 1919 e que hoje abriga o Museu do Divino Espírito Santo.

Nascido em Pirenópolis, no dia 12 de setembro de 1882, na sua terra natal, faleceu em 24 de março de 1969.


Matéria de autoria do historiador Ubirajara Galli publicada no Caderno DM Revista, do jornal Diário da Manhã, 21.7.2013, p. 6.

Acervo de Joaquim Henrique de Sá

* * *

4 comentários:

  1. Que artigo espetacular, Adriano. O Bira soube explorar bem a história do comendador. Parabéns.

    ResponderExcluir
  2. É interessantíssimo pensar nos motivos que levaram o comendador a criar essa romaria, doando sua terras. Eram tempos difíceis, sem acesso ao local, e mesmo assim ele persistiu.

    ResponderExcluir
  3. Interessante também notar que o padre topou, apesar das dificuldades!

    ResponderExcluir
  4. Adriana Oliveira (via Facebook)25 de julho de 2013 às 12:34

    Adriano, quero agradecer pela matéria publicada sobre a festa do morro. Festa idealizada por meu avô que junto de seus filhos, entre eles meu pai, Caramuru, na época ainda criança, concretizou o sonho da construção da capela no pico dos Pireneus.
    Vou levar até meu pai uma cópia, pois tenho certeza que ele a guardará entre seu inúmeros "guardados".
    Obrigada.

    ResponderExcluir

Minhas leitoras e meus leitores, ao comentarem as postagens, por favor assinem. Isso é importante para mim. Se não tiver conta no Google, selecione Nome/URL (que está acima de Anônimo), escreva seu nome e clique em "continuar".

Todas as postagens passarão por minha avaliação, antes de serem publicadas.

Obrigado pela visita a este blog e volte sempre.

Adriano Curado