Hoje é o último dia da Festa do Divino de Pirenópolis. Começa a bater um certo desespero na gente, sensação de que esta terça-feira vai correr muito rápido e, quando é fé, já não há mais nada que festejar. O povo vai mais cedo para o Campo das Cavalhadas, quer aproveitar os instantes finais. Tem gente com tamborete e caixa de isopor na cabeça, outros carregam sacolas com as guloseimas, e não faltam aqueles que sobem com as mãos vazias para filar no camarote alheio.
O terceiro dia das carreiras é um torneio alegre e festivo. Tem as argolinhas medievais e tem a disputa de tirar máscaras com espada ou tiro. Mas têm também as belas carreiras da troca de rosas e dos lenços que acenam nossa esperança.
Não tarda e o campo ficará silente, apenas com os esqueletos dos camarotes a nos lembrarem que ali, naquela arena improvisada, celebramos o espetáculo da nossa cultura e revivemos a tradição que herdamos dos mais velhos.
Adriano Curado
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