Pentecostes é uma
importante celebração do calendário cristão, onde se comemora a
descida do Espírito Santo sobre os apóstolos de Jesus Cristo. O
Pentecostes é celebrado 50 dias depois do Domingo de Páscoa.
Historicamente, o dia
de Pentecostes ocorre no 7º dia depois do dia da Ascensão de Jesus,
pois ele ficou 40 dias, depois da ressurreição, ministrando os
derradeiros ensinamentos aos discípulos. Assim, se somarmos esses 40
dias mais os 3 em que ficou na sepultura, teremos 43 dias. Os 7 dias
restantes são aqueles em que os discípulos permaneceram no cenáculo
até a descida do Espírito Santo.
O Pentecostes judaico
se refere à colheita e comemora a entrega dos 10 Mandamentos no
Monte Sinai, 50 dias depois do Êxodo. Diferente dos cristãos que,
como vimos, celebram a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos.
A celebração do
Divino Espírito Santo originou-se na promessa da rainha D. Isabel de
Aragão, por volta de 1320, que prometeu peregrinar pelo mundo com
uma coroa tendo uma pomba no alto e assim arrecadar donativos em
benefício da população pobre. Ele queria alcançar uma graça
especial, que era a concórdia entre seu esposo, o rei D. Dinis, e
seu filho, o príncipe D. Afonso. A graça foi alcançada e ela
cumpriu a promessa.
Tamanho foi o empenho
da rainha, que se criou uma fervorosa devoção ao Espírito Santo,
culto que se espalhou por terras portuguesas, especialmente no
arquipélago dos Açores. De lá, espalhou-se para outras áreas
colonizadas por açorianos, como a Nova Inglaterra, nos Estados
Unidos da América e diversas partes do Brasil. Tornou-se aos poucos
uma cerimônia onde uma criança era coroada e doava comida ao povo
(fartura) e tinha o poder de libertar um preso (perdão).
Veio ao Brasil através
dos colonizadores portugueses e foi registrada pela primeira vez em
Pirenópolis no ano de 1819, quando Joaquim da Costa Teixeira foi
sorteado Imperador do Divino. Alguns acham que a festa chegou muito
antes em Meia Ponte. Em 1826, quando o padre Manuel Amâncio da Luz
foi sorteado Imperador, começaram as apresentações das Cavalhadas.
As celebrações em
culto ao Espírito Santo são espalhafatosas, com muitas cores,
barulho, brilho, sinos, fogos. O Imperador distribui pãezinhos
bentos, alfenins e verônicas ao povo. Mas seu poder já foi bem
maior, época em que só ocorriam Cavalhadas se ele consentisse e
patrocinasse, por exemplo. Também em nossa terra ele tinha o poder
de soltar um preso da cadeia pública.
Adriano Curado
Fonte:
CURADO, Glória Grace.
Pirenópolis; Uma Cidade para o Turismo. Goiânia, Oriente, 1980.
Título
JAYME, Jarbas. Esboço
histórico de Pirenópolis. 2 v. Goiânia: Imprensa da UFG, 1971.
MARTINS, Francisco
Ernesto de Oliveira. SANTOS, João Marinho dos. A festa nos Açores.
Açores: Serafim Silva,
1992.
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