Aí está ele, o velho Alferes da Folia do Divino, que com abnegação de total entrega se deixa levar pela tradição na busca do esplendor coletivo. Poucos o notam quando, inflada pelos foliões de atalho, a Folia adentra pela avenida principal da cidade. Mas quem tem a oportunidade de acompanhar essa espécie de "irmandade" pelos pousos, de fazenda em fazenda, na cata de donativo para o Imperador, sabe o valor do Roque de Fontes.
Seu semblante já está cansado, sobrecarregado pelas labutas em tantos anos de devoção ao Espírito Santo. Ele substituiu seu Otávio, que morreu durante a festa há mais de duas décadas. E agora, durante uma semana, os foliões deixam a vida profissional, a família, o lazer e se dedicam em tempo integral a girar a folia. Só mesmo pela fé inabalável e pela vontade de prosseguir com essa tradição centenária faz com que persistiam, apesar das adversidades.
Adriano Curado
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