Eis a
terra de meus pais, de meus avós, de todos aqueles que me precederam
nesta longa caminhada espiritual. Sou um privilegiado por pertencer
ao seleto grupo dos que conhecem Pirenópolis, sua gente, seu casario
secular, suas ruas de infinitas histórias.
Nas madrugadas festivas, quando dobram os sinos em alegria incomparável, somos hipnotizados pela moçada da velha banda e seguimos sonolentos pelas alvoradas extravagantes.
Nas noites de quietude, quando a lua cria figuras sinuosas e traiçoeiras no pé-de-moleque, um violão convoca um cavaquinho, que intima uma flauta, que convida um seresteiro.
E quando a vida finalmente me tornar história, que o pó deste perecível corpo se funda ao adobe de algum muro ornado por multicoloridas e perfumadas flores do campo.
Nas madrugadas festivas, quando dobram os sinos em alegria incomparável, somos hipnotizados pela moçada da velha banda e seguimos sonolentos pelas alvoradas extravagantes.
Nas noites de quietude, quando a lua cria figuras sinuosas e traiçoeiras no pé-de-moleque, um violão convoca um cavaquinho, que intima uma flauta, que convida um seresteiro.
E quando a vida finalmente me tornar história, que o pó deste perecível corpo se funda ao adobe de algum muro ornado por multicoloridas e perfumadas flores do campo.
Eis aqui a minha amada terra.
Adriano
César Curado
Adriano, sua prosa poética é simplesmente espetacular. As palavas se enfileiram numa composição carismática e cativante. Meus parabéns pela linda postagem de hoje.
ResponderExcluirTodos temos que honrar a terra onde fincamos nossos sonhos, porque ela retribuirá com a máxima do amor.
ResponderExcluirMoço, mas que postagem linda essa...!
Todos somos um pouco da aldeia em que fomos lançados à luz.
ExcluirLinda postagem, adorei.
Sua poesia derrama do texto, faz a gente imaginar essa cidade por detrás da própria história que a circunda. Lindo, lindo mesmo. Agora, só espero que você demore muito ainda a se tornar adobe dos muros antigos! – KKK
ResponderExcluirSeu amor por sua terra é invejável! Quantos de nós almejamos idolatrar as Terras parisienses, ou qualquer outra grande metrópole brasileira, deixamos nossas raizes e nos filiamos a de outros que nem ao menos nos abraçam!
ResponderExcluirO Amor é sempre muito nobre, em toda e qualquer extensão!
Ame, mas ame de verdade que nunca vai te odiar!
Parabéns!
Vocês são muito felizes por pertencer a esta linda Pirenópolis. Eu fui criada sempre em cidade grande, com muito cinza do concreto, muita fumaça da poluição, sem uma identidade com que ter afinidade.
ResponderExcluirQuem tem a sorte de possuir uma cidade como essa para chamar de “sua” deve levantar as mãos aos céus e agradecer bastante.
E você, Adriano, sabe bem desenhar com tintas de palavras seu berço cultural. Meus parabéns, essa é das melhores mensagens que já li na Net.
Porque há lugares, meu Deus,
ResponderExcluirque têm de ser mantidos.
E é preciso que tudo isto continue,
Quando já não for como agora,
Mas melhor.
Charles Péguy
O homem tem que se apegar ao seu rincão, ainda que seja um torrão de terra, para manter uma identidade com que seguir vida afora. Sua postagem foi muito bem escrita, pois aborda a essência do ser humano. Meus parabéns.
ResponderExcluirParabéns pela sua excelente postagem, que defende a luta pela cultura nativa contra o imperialismo dos enlatados que nos empurram diariamente. Valorizando sua terra você se torna uma pessoa muito mais forte.
ResponderExcluirPerfeita a postagem. Parabéns.
ResponderExcluirGostei da sua postagem bairrista porque conta um pouco de todos nós. A aldeia é o próprio homem. Meus parabéns pelo seu blog lindo, que enche os olhos de quem ama Pirenópolis, a cidade dos sonhos!
ResponderExcluirNossa terra é nosso sangue.
ResponderExcluirQue belo texto, escritor. É poesia pura. Meus parabéns, você escreve muito bem.
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