Lembro-me
bem da antiga passagem que dava no fundo do Colégio das Freiras,
hoje Aldeia da Paz, e que o pirenopolino chamava de “Ponte de
Balanço”. Uma enchente a levou no final dos anos de 1980, e mais
tarde, através de iniciativa do Iphan, foi construída a Ponte
Pênsil dona Benta.
Mas a
velha Ponte de Balanço ficou guardada em minha memória. Eu era
menino e passava ali com medo, evitando olhar para baixo, pois ela
ficava muito acima do leito do rio das Almas. Só que sempre aparecia
um engraçadinho para balançar o assoalho da ponte (daí o apelido)
e deixar a gente apavorado.
Ali
também era um ponto de encontro dos namorados. Ficavam agarradinhos
com os olhos no por de sol logo à frente. Não havia iluminação no
local, então acho que eles gostavam quando escurecia.
Meu tio
Luiz Augusto embalava a bicicleta lá no Beco de Luiz Curado,
atravessava a Avenida Neco Mendonça (por sorte nunca foi atropelado)
e adentrava pela ponte sem se preocupar com os centímetros que
separavam os cabos de aço do guidão.
A cidade
se modifica, mas as boas lembranças ficam.
Adriano
César Curado
Eu caí dessa ponte uma vez e quebrei o braço lá nas pedras do rio.
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