segunda-feira, 29 de abril de 2013

O telhado



     Chaminé comprida que exala o cheiro singular da comidinha de roça e se equilibra na longa fila de telhas envelhecidas! E eu me pergunto quantas almas já habitaram debaixo desse teto e quantos conflitos, alegrias, exaltações, confidências, já foram trocadas! Quanta chuva já percorreu a estreita bica de telhas! Ou seriam lágrimas que correm? Mas no dia em que ruir esse telhado centenário, os gritos, as aflições, os medos, todos eles sairão por aí, como um barco que vaga sem motor à procura de porto seguro.

Adriano César Curado

2 comentários:

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