segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Manhã de Carnaval



     O tempo parece meio enfezado, com cara de poucos amigos, forte probabilidade de chuva, mas isso não desanima os foliões. Fila de carros descem pela Av. Joaquim Alves, e eu não sei como se acomodará tanta gente.

     Mais tarde, quando a noite se achegar, o álcool já terá se instalado confortavelmente no cérebro e os foliões ficarão engraçados, brigões, animados etc., conforme o caráter de cada um. Haverá proibição de circulação com copos de vidro e garrafas, mas não será possível controlar a obediência à norma, pois não há efetivo policial suficiente para isso.

     Ainda bem que tocarão o som lá na Rua Direita, aquele do chamado “Carnaval Cultural”, ou essa gente ficaria desocupada a vagar pela cidade. E mente vazia é oficina do diabo.

     Não é recomendado passear em cachoeiras nessa época. A não ser que se esteja disposto a disputar um metro quadrado (ou cúbico) dentro dos poços empanturrados de gente.

     Mas é Carnaval, gente. Deixemos os problemas de sempre para outro dia, as dívidas para a Quarta-feira de Cinzas e as leis para quando voltarmos ao status de cidadãos responsáveis.

Adriano César Curado

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