É
madrugada ainda
mas
o sono gostoso
que
o povo desfruta
é
abalado pela banda,
e
antes que impere a razão,
já
lá vamos nós também
na
correria atrás da alvora.
E
tome fogos na amplidão da noite!
O
vozerio do povaréu
faz
abrir os janelões
e
assomam faces sonolentas,
meio
que assustadas ainda,
quase
sem acreditar
no
alvoroço dessa alvorada.
E
quando a banda incansável
subir
a rua do Bonfim,
eis
que já quase toda cidade
engrossa
a fila de foliões
que
segue com frio e fome
tropeça
nas pedras traiçoeiras
dos
paralelepípedos
e
ainda sorri de encantamento.
Essa
é a magia singular
que
a alvorada festiva
tem
o poder de despertar
entremeio
à confusas vielas
da
velha vila dos garimpeiros.
Adriano
César Curado
Muito bom
ResponderExcluir