terça-feira, 9 de outubro de 2012

Alvorada festiva



É madrugada ainda
mas o sono gostoso
que o povo desfruta
é abalado pela banda,
e antes que impere a razão,
já lá vamos nós também
na correria atrás da alvora.

E tome fogos na amplidão da noite!

O vozerio do povaréu
faz abrir os janelões
e assomam faces sonolentas,
meio que assustadas ainda,
quase sem acreditar
no alvoroço dessa alvorada.

E quando a banda incansável
subir a rua do Bonfim,
eis que já quase toda cidade
engrossa a fila de foliões
que segue com frio e fome
tropeça nas pedras traiçoeiras
dos paralelepípedos
e ainda sorri de encantamento.

Essa é a magia singular
que a alvorada festiva
tem o poder de despertar
entremeio à confusas vielas
da velha vila dos garimpeiros.

Adriano César Curado

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