A Festa
do Divino de Pirenópolis não seria a mesma sem duas manifestações
culturais importantíssimas: a DANÇA e o TEATRO.
Desde o século 19
que ali se apresentavam inúmeros espetáculos dessa natureza, em
especial durante as comemorações de Pentecostes, quando então
ficava ao livre arbítrio do imperador autorizar ou não a
apresentação.
Mas nem só durante as festas ocorreram encenações
desse tipo, tanto que o primeiro prédio de teatro da cidade foi
construído ainda em 1860, pelo comendador Manuel Barbo de Siqueira.
O
segundo teatro foi erguido em 1899 por iniciativa de Sebastião Pompeu de Pina e
ainda existe no largo da Matriz. Em
1919 o padre Santiago Uchôa levantou o prédio que seria o terceiro
teatro local, que mais tarde recebeu o nome de Cine-Teatro Pireneus,
na rua Direita.
No
que se refere à peças teatrais, muitas foram apresentadas durante a
Festa do Divino, a exemplo do drama Demofonte (maio de 1837, junho de
1878 e maio de 1969), o drama Aspásia (junho de 1837), o drama
Fantasma Branco (junho de 1867 e maio de 1885), bem como Estátua de
carne, O poder de ouro e Graças a Deus (em maio de 1874).
Em relação à dança, podemos ressaltar as danças folclóricas,
os torneios de catira, a complicadíssima encenação da contradança
com suas fitas multicoloridas trançadas, além das coreografias do
congo e da congada.
Num
misto entre o teatro e a dança, a principal manifestação é a peça
As pastorinhas.
Bibliografia:
BRANDÃO,
Carlos Rodrigues. O Divino, o santo e a senhora. Rio de
Janeiro: Funarte, 1978.
CURADO,
Glória Grace. Pirenópolis: Uma cidade para o turismo.
Goiânia: Oriente, 1980.
JAYME,
Irnaldo. Furacão histórico. Anápolis: Ed. Cristã
Evangélica, 1970.
JAYME,
Jarbas. Esboço histórico de Pirenópolis., Tomos I e II.
Goiânia: UFG, 1971.
Adriano
César Curado
Caro Adriano César, realmente um povo sem história não é nada.A dança, pode-se dizer, é um fato folclórico completo, pois possui todas as suas principais características. É a manifestação espontânea de uma coletividade, sendo portanto coletiva e aceita pela sociedade onde subsiste. Tem como cenário normal as ruas, largos, praças públicas e possui estruturação própria através da reunião de seus participantes e ensaios periódicos. As danças brasileiras, não só pela quantidade e variação, como pela sua freqüência, são as expressões mais fiéis de nosso espírito musical. Portanto, parabéns pelo seu post, que como sempre nos faz participar dele com muita alegria,
ResponderExcluirEssa Pirenópolis é mesmo muito rica em cultura. Quando penso que já esgotou todo o repertório cultural, você vem com essa novidade. Não sabia das peças teatrais, parece que antigamente o povo era mais festivo. Parabéns pela postagem, ficou ótima.
ResponderExcluirAdriano Curado, com tanta história assim não é de admirar seja sua cidade tão comentada por todos os lados.
ResponderExcluirMês passado eu estava no bistrô Chez L´Ami Jean, em Paris, e na mesa ao lado um casal francês comentava que havia conhecido Pirenópolis, em Goiás, e que tinha se deliciado com a gastronomia local. Olha, Adriano, não sei se você conhece Paris, mas ouvir isso de um francês é a coisa mais difícil do mundo.
Linda essa sua postagem sobre dança e música. Ficou perfeita e completa.
OBRIGADO A TODOS VOCÊS QUE SEMPRE COMENTAM AS POSTAGENS DESTE BLOG. É POR LEITORES ASSIM QUE VALE A PENA CONTINUAR COM AS PUBLICAÇÕES. SENTI SUA FALTA, CÍCERO.
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