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PROJETO
MINHA TERRA
COLÉGIO
ESTADUAL COM. CHRISTÓVAM DE OLIVEIRA
PIRENÓPOLIS
– GOIÁS
24 de
outubro de 2007
Entrevista
com Ita e Alaor
O que a
senhora sabe sobre a origem da peça teatral Pastorinhas, em
Pirenópolis?
R: “Essa
peça foi trazida pelo Telegrafista Alonso, na época da Festa do
Divino de 1922 e acabou se tornando uma tradição de Pirenópolis.
Como Alonso não queria deixar a peça na cidade, a peça teatral
Pastorinhas foi “furtada” por Joaquim Tomás de Aquino que copiou
as canções cantadas por Alonso e, com a ajuda de Propício de Pina
a peça teatral foi orquestrada”.
Qual o significado
religioso e cultural?
R:
“Pastorinhas é uma peça onde a Contramestra que pertence ao
cordão azul, está sendo seduzida por Lusbel, um homem bonito que na
verdade é o demônio. Mas a Contramestra sempre está rebatendo suas
tentações em forma de canções e com a ajuda do Arcanjo Miguel. A
peça também é um alto natalino que lembra o nascimento de Jesus e
as três virtudes: Fé ( na peça representada pela cruz e pela cor
azul ), Esperança ( representada pela âncora e pela cor verde ) e
Caridade ( representada pelo coração e pela cor vermelha ). A peça
contem 33 personagens onde quase todos cantam com a ajuda da
orquestra, composta por seis músicos; dois violinos; um trombone; um
violão; duas clarinetas e um cavaquim”.
Em que ano a senhora e
seu Alaor assumiram a direção?
R: “Já
faz vinte e três anos em que dirigimos a peça. Mas antes de nós,
que eu me lembre foi: Alonso, em seguida Luiz de Aquino Alves, depois
foi Braz Wilson Pompeu de Pina, depois a Neves Brandão e só então
nós assumimos a peça. Bom nós no começo não queríamos assumir a
peça, porque era muito trabalho e os gastos eram muitos. Mas depois
que assumimos a peça e vimos como essa peça ficou no palco,
percebemos que o trabalho é muito gratificante”.
Após
assumirem a direção os senhores acrescentaram algo a mais na peça
ou preservaram a original?
R:
“Acrescentamos sim. Depois que terminavam de apresentar a peça
original, eu sempre perguntava se o público gostou da peça. Bom
eles diziam que sim, só que era muito cansativo, pois a peça
original durava quatro horas. Então, nós aceleramos as músicas
mudamos alguns paços, não repetimos algumas canções e versos, mas
há sempre algo que não pode faltar”.
Quem são os autores
das músicas tocadas durante a apresentação?
R: “As
músicas eram cantadas por Alonso e por seu grupo. Mas depois o
Mestre Propício de Pina reescreveu e orquestrou a peça que
utilizava apenas instrumentos de sopro, que dava um som pesado a
peça. Depois José Joaquim do Nascimento refez a segunda orquestra
que é usada atualmente nas peças”.
Durante esses anos como
tem sido a repercussão das apresentações?
R: “De
apaixonar, com os violinos e o violão, a peça ganhou um som mais
suave e delicado”.
A peça já foi
apresentada fora de Pirenópolis?
R: “Sim. A peça já foi apresentada em São Paulo; Brasília; Goiânia;
Caldas Novas; Jaraguá; Goianésia e Goiás Velho”.
Que
mensagem vocês deixariam para os jovens, quanto a importância
histórica e cultural das pastorinhas?
R: “Os
jovens, adultos e todos os públicos se encantam com a peça
As Pastorinhas e eu espero que o bailado, o folclore, as romarias, as
danças e as serenatas que representam toda a Festa do Divino sejam
lembrados por todos”.
Neylon
Jacob de Barros
Ronypeterson Morais Miranda
Thársis
Gabryel Gomes
Alunos do Colégio Estadual Comendador
Christóvam de Oliveira
Que linda essa entrevista, Adriano, ficou uma postagem muito emocionante. Ai que saudades desses dois.
ResponderExcluirQuanta saudade... A Missa do Divino sem o solo de Dona Ita não é e nunca mais sera como antes, faz falta...rs
ResponderExcluirÉ maravilhoso quando você detampa a relembrar pessoas que atuaram na história goiana. Linda essa entrevista, o autor dela está de parabéns.
ResponderExcluirGrandes nomes merecem sempre serem lembrados.
ResponderExcluirAssisti esse casal tocando há uns quatro anos atrás. Fiquei triste quando soube da morte dela. Grandes artistas.
ResponderExcluirEsse casal e seus violinos mágicos fazem imensidão de falta nas festividades de Pirenópolis.
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