É época
de Pentecostes, instante de reflexão e preces, para receber o
Espírito Santo. E foi certamente para celebrar esse momento tão
único, que os antigos deram início aos festejos de viva cor e
alegria cá em Pirenópolis.
A
festividade encarna em cada pirenopolino, reacende no espírito
aquela vontade incontrolável de tocar o folclore para frente,
mostrar ao filho do filho os ensinamentos que recebemos dos pais e
avós.
É
emocionante, é de uma pureza singular, sem igual, a multicolorida
farra dos Mascarados de Pirenópolis. Saem pelas ruas vestidos de
alegria e entusiasmo, são eles os confeitos que aguçam o paladar e
enchem os olhos da gente.
A magia
toma conta da Festa do Divino de Pirenópolis. Cada participante é
um ente indispensável no sucesso do evento – a criança que
desperta de madrugada para zabumbar na Banda de Couro, o idoso que se
locomove com dificuldade e vai aplaudir o espetáculo, os cavaleiros
das Cavalhadas que se desdobram sob sol forte, as cozinheiras
anônimas que auxiliam o Imperador, o fogueteiro, os músicos da
Fênix, o bispo que celebra a missa sacra, a Irmandade do Santíssimo
Sacramento, as doceiras, os pregadores de bandeirolas, e tantos outros.
Mas a
Festa do Divino não seria jamais a mesma sem a espontaneidade do
povo. No Campo das Cavalhadas, com chuva ou sol, lá está a plateia
alegre e barulhenta, que agita bandeirolas azuis e vermelhas, acena
lenços e joga beijos.
Eu me
emociono com esse espetáculo popular, com essa alma pirenopolina que
recepciona de coração aberto a presença do Espírito Santo.
Adriano
César Curado
O texto e as imagens fazem um conjunto perfeito. Você é mesmo um grande artista, Adriano, meus parabéns pela singular postagem.
ResponderExcluirEssa festa é mesmo maravilhosa. Pena que este ano não deu para ir. Mas eu viajei nas fotografias que você postou e na pequena história com que narrou tão linda festa.
ResponderExcluirAdorei a postagem.
Escritor Adriano, essas suas fotos são muito boas, um registro admirável da festa pirenopolitana.
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