segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Irnaldo Jayme

SÉRIE PATRONOS DA APLAM
Irnaldo Jayme

Irnaldo Jayme (Pirenópolis, 19.11.1950 – 02.07.1976) foi jornalista, escritor e historiador.

Filho de Agnaldo Jayme e Irene e Oliveira Jayme, herdou de seus antepassados aquela intelectualidade que é própria dos pirenopolinos. Bom escritor, interessou-se logo pela história de sua terra e assim compôs um livro que é referência bibliográfica para quem deseja estudar a história goiana: “O furacão histórico”.

O jornalismo o encantava, e nessa atuação, em 1965 fundou o jornal O Combate; em 1976, O Mensageiro. Além disso, escreveu para vários jornais de alcance nacional, como Correio Braziliense, O Popular e Diário de Notícia.

Foi membro da Associação Goiana de Imprensa e da União Brasileira de Escritores (Goiás).

No cinema, atuou como assistente de produção no filme “Leão do Norte”, dirigido por Carlos del Pino. Na música, compôs a letra do Hino Oficial de Goianésia, com música de Max Melazo.

Foi brutalmente assassinado em 02 de julho de 1976, dentro do prédio do Teatro de Pirenópolis, onde à época havia um bar, e essa tragédia pôs fim à sua brilhante carreira, em prejuízo da cultura goiana.

Publicou o livro: O furacão histórico, Anápolis: Editora Cristã Evangélica, 1969.

Embora tenha sido um intelectual de grande atuação, seu nome não é mais lembrado pelos pirenopolinos mais jovens, o que mostra a necessidade de levantamento de toda sua obra, para novas publicações.

Foi homenageado com o nome de uma rua no Jardim Boa Vista, em sua terra natal. É Patrono da Cadeira n° XXIII da Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Música.

Hino Oficial de Goianésia

Ao ribombar de um brado varonil
Que pelos horizontes ecoou
Acendeu-se no centro do Brasil
Uma tocha que jamais se apagou

Nas solitárias matas pela sorte
Lançada em solo fértil uma semente
Germinou célebre, vibrante e forte
E surgiu Goianésia imponente

Um gigante nas matas dormitava
Em um lugar onde Deus o colocou
Nas matas que o silêncio abrigava
Quando um forte grito o acordou

E pelo seu progresso assustador
Foi este bravo rincão designado
Numa consagração ao seu labor
Município modelo do Estado


Fonte:
JAYME, Jarbas. Famílias Pirenopolinas (Ensaios Genealógicos). Goiânia, Editora Rio Bonito, 1973. Vol. V.
MARTINS, Mário Ribeiro. Escritores de Goiás. Rio de Janeiro: Master, 1996.
TELES, José Mendonça. Dicionário do Escritor Goiano. Goiânia: Kelps. 3ª ed. 2013.

5 comentários:

  1. Rosalino da Silva Dias11 de fevereiro de 2014 às 09:18

    Ver a foto do Irnaldo é lembrar do meu primeiro ídolo ! É lembrar quando minha mãe fritou casca de batatinha para tira-gosto e ele gostou muito e sugeriu se não seria interessante experimentar fritar casca de banana. Foi uma péssima ideia ! Ficou muito ruim ! Ver a foto do Irnaldo , é lembrar do maior atirador manual de pedras que já vi! Ver a foto do Irnaldo é lembrar de um livro seu que na contracapa tinha uma foto que se não me engano é essa mesmo e nessa página continha uma frase que até hoje não esqueci: "Se for crime combater o crime, sou a personificação do Pecado; mas se for santidade o acatamento a verdade, sou Santo!" Ver a foto do Irnaldo , é lembrar do poeta, escritor, humorista, jornalista , e prá minha surpresa e orgulho , compositor ; orgulho pois, não sabia que era dele a letra do hino de Goianesia! Ver a foto do Irnaldo , é lembrar que ainda hoje existe pessoas capazes de matar por motivos fúteis na maioria das vezes gente inocente e as vezes indefesas ! É lembrar que ainda existe assassino que tem o azar de matar uma pessoa como Irnaldo! Azar porque esse assassino ,mesmo que cumpra sua pena jamais será esquecido por nós ! Não sei se eu seria capaz de perdoa-lo! Ver a foto do Irnaldo, é ter vontade de chorar ... chorar...chorar.....chorar. ( desculpem se disse alguma coisa que talvez não tenha agradado alguém , mas a emoção é tão forte que prefiro continuar a chorar...chorar... chorar...chorar. Ao ver a foto do Irnaldo)

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  2. Meu querido e saudoso amigo Irnaldo, nunca me esquecerei de você! Que seja sempre envolvido pela Luz Divina em todos os momentos de sua vida espiritual. Que sua morada seja sempre ao lado do nosso Pai Maior!

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  3. Foi um bravo! Belíssima e justa homenagem, Adriano Curado!

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  4. Fico muito agradecido ao Adriano Curado pela homenagem ao meu irmão, o jornalista e escritor Irnaldo Jayme. Aceito do desafio de organizar os seus escritos para publicação. Agradeço ainda o emocionado depoimento do Rosalino Silva Dias, bem como os depoimentos positivos de Fátima Maria Fleury e amigo e primo Luiz de Aquino.

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  5. Caro Adriano Curado. Peço licença, incorporar ao verbete de Irnaldo Jaime, no livro FAMÍLIA JAIME/JAYME: GENEALOGIA E HISTÓRIA, o tocante depoimento de Rosalino Silva Dias. NILSON GOMES JAIME

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