quinta-feira, 27 de junho de 2013

Duas palmeiras


     Duas palmeiras espiam curiosas por sobre a copa das árvores. Será que vislumbram no horizonte do tempo o futuro de Meia Ponte? Ou será que apenas reverenciam o Rei Sol em mais um dia de plenitude e paz? Já são gigantes aquelas palmeiras, já são vistosas e deslumbrantes. Lá nas vertiginosas alturas, no meio de suas folhas, descansam pássaros multicoloridos, e periquitos algazarreiam no prenúncio da alvora. Foram testemunhas silenciosas das festanças barulhentas nas manhãs de alvorada, mas também presenciaram o repique triste dos sinos enlutados. Não sei o destino delas, se serão vitimadas por um raio desgarrado ou se algum desavisado lenhador as tombará. Mas sei que agora, cá do alto do monte, elas estão infinitamente belas.


Adriano César Curado

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