HISTÓRIA
DO COLÉGIO ESTADUAL
SENHOR DO BONFIM
Pesquisa
e texto: Maria Joselita Veiga Pompêo de Pina (02.05.1996) e
Alexandre Oliveira (21.09.2011).
Criada em
1963, por iniciativa do Doutor Wilson Pompêo de Pina, a Escola
Reunida do Senhor do Bonfim enfrentou vários obstáculos.
A escola
começou na Sacristia da Igreja Nosso Senhor do Bonfim, para atender
as crianças do bairro. As professoras Rosa d’ Abadia e Colandy de
Carvalho foram as primeiras a lecionar. Rosa Lecionava de manhã e
Colandy à tarde, para uma turma de iniciantes, o pré. Até então
só funcionavam duas salas o 1° e o pré.
As
professoras, por acharem o local pouco cômodo, pediram ao Dr. Braz Wilson que arrumasse um lugar mais agradável para elas e
também para os alunos, já que na sacristia era escuro, apertado e
pouco arejado. Foi então alugado um cômodo na casa de José Basílio
de Oliveira Filho. A casa tinha um quintal bastante grande e com
diversas variedades de árvores frutíferas. Tinha também muita
poeira e terra vermelha, o que dificultava a limpeza na sala de aula.
Diante
desses fatos, as professoras resolveram voltar para a sacristia da
igreja, após mais ou menos dois meses de experiência. Na igreja
ficaram mais algum tempo, até que o padre da época, frei Primo
Carrara, não mais permitiu a continuação das aulas devido o mau
comportamento dos alunos. Nesse tempo saiu a professora Rosa d’Abadia
e entrou em seu lugar Maria Dalva de Sá Carvalho (dona Dalvinha).
Com a
insistência do padre, alugaram um cômodo na casa de Emílio de
Carvalho. O cômodo tinha a porta para o beco. Ali permaneceram até
que a delegada de ensino não mais permitiu
seu funcionamento naquele lugar. Conta dona Dalvinha que foi o
período mais triste da escola, principalmente para os alunos que
eram pequenos, pois tiveram que ir terminar o ano letivo no Alto da Lapa, Escola Estadual Professor Ermano da Conceição.
O Dr.
Braz Wilson, preocupado, levou o problema ao conhecimento de Dr.
Geraldo Abadia de Pina, que na época era secretário de Estado do
governador Mauro Borges Teixeira. Através do secretario da Educação
e Saúde, Padre Ruf, conseguiram uma verba estadual para a compra de
um terreno e a construção da escola para o bairro do Alto do
Bonfim.
A verba
foi repassada ao prefeito da época, Luiz Abadia de Pina, e em tempo
recorde o prédio foi construído. Em 1964, no inicio do ano escolar,
o grupo já estava pronto, com duas salas de aulas, secretaria,
cozinha e sanitários. Ele foi construído atrás da Igreja Nosso
Senhor do Bonfim. Começava uma nova época para a Escola Reunida do
Senhor do Bonfim e para os moradores do bairro.
Maria
Dalva era professora e também a responsável pela escola, vieram
outros professores e novos alunos, mas a escola não tinha direito a
diretora, devido ao numero de alunos. Achando difícil fazer as duas
coisas, Dona Dalvinha passou a responsabilidade para dona Ecy de
Carvalho, que também foi trabalhar no novo grupo e ficou até 1969,
quando assumiu Terezinha Nascimento. Terezinha não era professora e
nem diretora legalizada na escola. Ela veio para fazer um trabalho
com os moradores do bairro, para que colocassem seus filhos na
escola, já que só a minoria frequentava a mesma.
No ano
de 1970, com resultado de seu trabalho, conseguiram matricular 204
alunos. Com esse número de alunos a Escola Reunida Senhor do Bonfim
passou a Grupo Escolar Senhor do Bonfim, com direito a diretora. A
situação do grupo só foi regularizada, com toda a papelada pronta, em novembro de 1970, quando Terezinha Nascimento foi legalizada como
diretora da escola.
Esta
pesquisa foi reproduzida aqui com cortes. Quem deseja ler o
original deve acesssar: http://cesb123.blogspot.com.br/
Esse texto é um exemplo para o Brasil de hoje, com tanta gente desonesta na administração pública e gestores desinteressados.
ResponderExcluirAqui temos a luta de uma comunidade pelo direito à educação. Voluntários, professores, alunos, todos juntos em prol da educação, enfrentando as piores condições para ministrar aulas. Casa emprestada, sacristia de igreja, nada os deteve.
E o exemplo maior da grandiosidade das pessoas da época é a facilidade com que foi liberada a verba pública e a rapidez de sua aplicação da obra. Imagine se fosse hoje! Levaria anos e o dinheiro não daria para a conclusão.
Parabéns pela sua excelente postagem, Adriano. A casa novo título você surpreende pela diversidade do site.
Eu estudei nesse colégio e quero agradecer vc, poeta Adriano, pelas lindas memórias que ressurgiu em mim. Eu chorei igualzinha criança. Deus lhe pague por esta postagem.
ResponderExcluirBoa noite!!!
ResponderExcluirVânia, eu trabalhei aí em 2006...
Por favor me envie uma declaração de tempo de serviço.
Nome: Viviane S. Gomes
Email: vivianesouza.df@gmail.com
Boa noite!!!
ResponderExcluirVânia, eu trabalhei aí em 2006...
Por favor me envie uma declaração de tempo de serviço.
Nome: Viviane S. Gomes
Email: vivianesouza.df@gmail.com