Neste pequeno espaço
dedicado à cidade de Pirenópolis, já travamos boas batalhas em
prol de nossa cultura e nossas tradições. A imensa discussão sobre
a numeração dos Mascarados das Cavalhadas em 2011, por exemplo,
rendeu centenas de comentários numa postagem da época.
Outra briga boa que
vencemos foi o banimento do som automotivo da cidade. Antes das
insistentes campanhas pela sua proibição, era comum ver campeonatos
desses sons bem na Praça da Matriz, em pleno Centro Histórico de
Pirenópolis. Ligava-se para a polícia e o atendente respondia: “Os
jovens têm direito de se divertirem”. E eu não tenho direito ao
repouso, e os casarões históricos podem ruir? Essa foi uma
discussão longa e cansativa, até que entrou no inconsciente
coletivo que som automotivo em cidade turística não é saudável.
Hoje a polícia multa, apreende, prende. Vencemos!
Caminhões continua em trânsito no Cento Histórico |
Mas perdemos muitas
campanhas também. Creio que a maior delas foi o tráfego de veículos
pesados no Centro Histórico. Não sei por qual motivo, a atual
administração retirou os tocos que evitavam que esses veículos
adentrassem nas ruas centrais. Agora vemos ônibus imensos que,
desorientados, entalam nas vielas antigas. Também caminhões
transitam livremente e abalam as paredes de adobe e taipa dos
casarões e templos. Esta briga, portanto, ainda não vencemos.
O Fachadismo foi empregado na reconstrução do Cine-teatro Pireneus |
A bola da vez, agora, é
a campanha contra o Fachadismo arquitetônico, que é a moda de se
derrubar a casa toda e deixar apenas a fachada. Para os órgãos que
têm a obrigação de fiscalizar e preservar, está de bom tamanho um
reforma nesses moldes. Mas para o pirenopolino, não. Então fincamos
um novo marco de lutas, vejamos se conseguimos alterar esse modismo
ilegal.
Altares originais da igreja Matriz de Pirenópolis |
Está também em
andamento a corrente pela reconstrução dos altares da igreja
Matriz, luta que conta com o apoio da cidade toda, sem restrições
de peso.
Por todas essas, na
contabilidade dos ganhos e perdas, creio que este site tem cumprido
sua finalidade. Além do mais, tornou-se ele material de pesquisa
para estudantes e historiadores, e não raramente recebo mensagens de
pessoas que querem tirar dúvidas sobre a história pirenopolina. Que
nossa luta continue por muito tempo ainda.
Adriano Curado
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