terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Ita e Alaor de Siqueira




Foto: educared.org
     Numa noite memorável, a cidade de Pirenópolis, através da Secretaria Municipal de Cultura, prestou merecida homenagem ao casal Ita e Alaor de Siqueira, que completa 60 anos de feliz casamento.

 
 
     Qualquer um que tenha acompanhado a vida cultural de Pirenópolis nas últimas décadas conhece dona Ita e seu Alaor, pessoas que se dedicam com afinco a preservar nossa cultura e a valorizar as tradições.

 
     Completaram Bodas de Diamante. Não tiveram filhos, mas geraram muitas gerações de crianças interessadas em participar das peças teatrais de nossa terra. Alaor faz o primeiro violino e dona Ita o segundo, e não há evento sem a presença dessas figuras singulares.


 
     O dr. Wilson Pompeu de Pina era quem cuidava da peça teatral As Pastorinhas, uma tradição na Festa do Divino de Pirenópolis, e após sua morte, dona Ita e seu Alaor assumiram o compromisso de continuar a apresentá-la todos os anos. E foram bem democráticos na seleção do elenco, pois deram oportunidade para moças de todas as classes sociais e aparência física, embora rigorosos nos itens afinação e dança.


 
     Infelizmente, no ano passado dona Ita sofreu um violento AVC que imobilizou um lado do seu corpo e a impossibilitou de tocar seu instrumento. Sozinho, o nonagenário Alaor de Siqueira diz que não toca, pois ela, sua amada, é a inspiração maior. Mas dona Ita é pessoa determinada e se recupera rapidamente com a ajuda da fisioterapia. Tenho certeza de que, em breve, teremos a grata surpresa de assistir novamente as apresentações desse casal exemplar.


 
      Na noite de sábado (29.1.2011), o Teatro de Pirenópolis lotou para o sarau em homenagem ao casal. Falaram o prefeito Nivaldo Melo e o dr. Pompeu Christovam de Pina. Houve apresentação de parte de As Pastorinhas, além de vários cantores e músicos. Uma beleza.



     Pirenópolis tem que valorizar suas joias. Acho o pirenopolino muito ausente dos reais valores de sua terra e bastante voltado para as novidades que vêm de fora.


Adriano César Curado

7 comentários:

  1. Caro Adriano César,

    Antigamente quando a família tinha valores é lógico que era a base da sociedade,toda geração nova das famílias aprendiam ,guardavam e colocavam e prática esses valores,que são fundamentais na família e sociedade,o respeito aos mais velhos,aos pais, aos avós,ninguém gritava,discutia com seus pais,respeitavasse as ordens,nas escolas os professores eram respeitados,enfim o respeito,a união,a honestidade,a lealdade,hoje não se respeita nem os pais o que diremos da sociedade,já na minha época era raro saber de jovens cometendo tanto delito,jovens classe média,ou seja hoje em dia não são só os jovens os culpados,os pais largam seus filhos para viajarem sós,saem e não sabem onde os filhos estão ,não sabem muitas vezes nem quem são os amigos,ou seja vejo que muitos da minha geração pecaram e estão pecando por que julgaram que a educação que receberam foi muito rígida e abrirão demais as portas para seus filhos estão pagando pelos seus próprios erros.Uma família com valores ira gerar jovens com valores,uma sociedade com valores.

    Realmente precisamos resgatar esses valores. Quem sabe, conta histórias!

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  2. Concordo plenamente com o Cícero, da postagem acima. É preciso resgatar valores e assim construir uma sociedade melhor que a de hoje. Se não cuidarmos dos nossos jovens, que futuro terá esta sociedade tão um norte a seguir?!

    A postagem sobre dona Ita e seu Alaor de Siqueira é bastante importante e é também uma forma de resgatar valores. Pessoas como eles, que não tiveram filhos e portanto se dedicaram com absoluta doação à cultura, pessoas assim dificilmente são encontradas nos dias atuais. Hoje querem mais é cuidar da própria vida, comer enlatados para diminuir o trabalho e assistir novelas e BBB's, para não pensar muito.

    Mas este belo casal foi bem além, e o filho que Deus não lhe deu foi o teatro, o amor à música (são + de 50 composições!) e o eterno incentivo à preservação da cultura pirenopolina. Por isso a importância deste texto que o poeta Adriano Curado tão bem compôs para retratar a homenagem que a prefeitura de Pirenópolis lhes prestou.

    Pessoas como dona Ita e seu Alaor deveriam ser um marco da cultura goiana, mas acabam esquecidos e reduzidos a quase nada. Você duvida? Então jogue o nome deles no google e veja se tem algum sucesso.

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  3. Hoje só querem saber do que vem da televisão, uns programas enlatados cuja finalidade é tão somente a destruição da família e o fim dos bons costumes. Pena que a atual geração pouco se importa com cultura pura!

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  4. Foi linda a homenagem, eu estive lá. Eles merecem e Pirenópolis precisava contempla-los com tal distinção.

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  5. foi linda a homenagem.

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  6. Sou patricia e moro na Espanha, sou afilhada de Ita e Alaor, sempre tive um carinho muito grande por meus padrinhos, desejo tudo de bom a eles...
    Infelismente nao vou poder estar no brasil para dizer adeus a minha querida madrinha Ita, mais ela sempre vai ficar em minha memoria e em meu coraçao!!! Desejo ao meu padrinho Alaor, toda força do mundo, sei que nao vai ser fácil continuar sem ela, maisdeus esta convosco.
    Grande abraço...

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  7. Realmente uma mulher de valor....Fico sem palavras, pois sou de familia de pirenopolis e sei como fara falta o som de seu violino....
    Deus de forças a Alaor seu eterno companheiro!
    Ita de Siqueira, jamais sera esquecida!

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