sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Direito ao Silêncio ( II )



Cartaz da Prefeitura Municipal de Anápolis no combate ao uso abusivo de aparelhagem sonora, principalmente som automotivo e veículos de propaganda.

Não estamos sozinhos nesta guerra, de batalha em batalha venceremos e viveremos numa cidade que respeita o Direito ao Silêncio.

Quando isso acontecer, certamente não ouviremos mais as reclamações dos turistas sobre os incômodos que passam em nossa terra, situações que muito envergonham a nós, pirenopolinos, e atrasam o desenvolvimento da nossa cidade.

by Adriano César Curado, escritor, poeta e historiador. 
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17 comentários:

  1. Caríssimo escritor, tenho acompanhado com atenção sua luta para fazer valer o Direito ao Silêncio na cidade de Pirenópolis e lhe digo que brevemente conseguirá colher alguns frutos. Veja que a cidade de Anápolis, que sempre foi considerada a capital nacional do som automotivo, agora se dobrou à Lei do Silêncio. De tanto serem multados e verem seus veículos apreendidos, os jovens barulhentos desistiram e migraram para outros centros, entre eles sua cidade, Pirenópolis. Note que a maioria das placas dos carros que tocam som automotivo é de Anápolis!

    Mas a luta deve ir muito além da implantação do Direito ao Silêncio, deve ser um marco para uma nova era de educação e obediência civil. Os jovens de hoje não têm mais limites, são pessoas que na receberam em casa a educação necessário para se tornarem cidadãos exemplares, e é por isso que não respeitam o próximo, que ligam o som automotivo na porta duma casa sem nem se importarem com os moradores que estão lá dentro. Quando isso aconteceria há uns 20 ou 30 anos atrás?!

    A geração de hoje, infelizmente, deve ser tratada com multa e boletim policial para que lhes seja imposto o limite que seus pais não lhes ensinou. Quanto a isso não há solução. Mas podemos fazer muito pelos jovens de amanhã. Li outro dia um texto seu em que você dizia que é preciso ensinar as crianças a serem pirenopolinas. Bem, eu vou muito além e digo que essas mesmas crianças devem aprender o sentido da palavra “civilização”. Por que vivemos em sociedade? Por que não moramos sozinhos no meio do mato? E se estamos no meio social, que devemos fazer para tornar aprazível o convício com nossos semelhante?

    Proponho que se vá as escolas e se ensine às crianças como é ser um cidadão de verdade. Se isso acontecer, amanhã o Direito ao Silêncio será naturalmente respeitado, pois cada indivíduo compreenderá bem o espaço que ocupa no meio social.

    Essa é minha humilde opinião.

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  2. A exemplo de outros comentários aqui nesta coluna do caro cidadão Adriano César Curado, demonstro outra vez a minha indignação repudiando a crise moral que envolve hoje plêiades de homens públicos, acomodados em cargos e vantagens financeiras.

    Quando idealizada, há décadas, a obrigatoriedade do ensino da moral e do ci­vismo, a administração pública e a moralidade profissional já padeciam de con­vulsões éticas.

    A expectativa era a de que, hoje, já adultos aqueles jovens, que então receberiam os ensinamentos da moral e do civismo, viessem a compor uma geração de homens de bem.

    O projeto, porém, fracassou por insuficiência cul­tural dos seus executores. O ideal era a fusão dos princípios da legalidade com os da moralidade e do civismo, para preservar a segurança jurídica do cidadão, fortalecer a defesa da dignidade humana e realizar uma sociedade justa e solidária.

    O comentário do Ricardo no post acima, clareia também sua indignação a cerca do problema. Propõe que se vá as escolas. Concordo plenamente com ele.

    Para se ter uma idéia, tal matéria abordava diversos assuntos temas como educação, consciência, caráter, virtudes, vida social, direitos e deveres, dentre muitos outros.

    Mas há outra questão que deve ser levantada, a simples volta do ensino desta matéria solucionaria os problemas de nosso país? Não, mas a médio prazo teríamos uma mudança significativa.

    Na minha opinião, e já como sugestão seria um encontro das pessoas cidadãs da comunidade com os poderes públicos locais, para uma reflexão de que cidade queremos!

    Já dizia minha avó : Quem chega primeiro ao "corguinho", toma água limpa.

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  3. Ana Paula Machado de Oliveira4 de fevereiro de 2011 às 16:48

    Eu tenho por mim que vocês dois aí em cima vivem num mundo de ilusão, idealizaram uma realidade que jamais existirá. Aplicar Moral e Cívica nas escolar? Se valesse mesmo hoje não haveria tanto político corrupto por aí, pois tenho certeza de que aprederam essa disciplina nas escolas. No mais, não acredito na melhora desta sociedade e nem na evolução do ser humano.

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  4. Se tá ruim com uns poucos reclamando, imagina sem ninguém? Imagina se todos nós nos prostássemos derrotados. Aí é que o bicho pegaria. Eu acredito na melhoria, sim. Basta haver vontade, querer. Infelizmente, hoje, nossa autoridade, ou melhor, seu mandante padrinho, não quer cumprir a lei e promover a ordem e o progresso. Parece que sua política é aquela que o velho comendador denunciou em seu jornal: a manutenção do atraso. Mas nós queremos melhorias e vamos reivindicar.
    Mas pensem bem: antes era pior. A humanidade vem melhorando. À pouco tempo atrás prendia-se e matávasse por ser contrário ao poder. Mais um pouco, esquartejava e mais um pouco atrás, crucificava. Não desanime não. Talvez as coisas não aconteçam no tempo que gostaríamos que acontecesse. Mas as coisas mudam. E para melhor. É só querer.
    Acho a idéia do encontro de cidadãos, uma boa idéia. Sugerimos (o CONDEMA) ao prefeito a criação de um Conselho da Cidade, como determina o Estatuto das Cidades. Este deve ser misto, com representantes da sociedade e do poder público, e deve ter poder normativo. Porém, duvido muito que o prefeito consiga fazer este conselho ou, se fizer, pôr ele para funcionar a contento. Então vamos nos organizar. A sociedade civil estando organizada, ela tem muito poder sobre as decisões do governo. Mas tem que ter disposição, iniciativa, contingente e dedicação. Eu estou dentro. Sugiro até um nome para este primeiro encontro: A Cidade que Queremos.

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  5. Eu também acredito numa sociedade melhor, mas suas bases devem ser levantadas nos moldes da iniciativa privada. Do poder público pouco se pode esperar. E digo isso não com o intuito de criticar o atual prefeito, mas sabedora que sou da falência do Município brasileiro. Enquanto o Congresso Nacional não aprovar a reforma tributária, que por lá tramita faz tempo, a arrecadação municipal não melhora e, por consequência, menos serviços são disponibilizados à população. Não se esqueça de que moramos, mesmo, é no município, nele estão nossa casa, a praça ao lado, a rua por onde transitamos todos os dias. Em especial o Município de Pirenópolis, este é particularmente endividado, por conta de empréstimos contraídos nas décadas passadas e parcelados ao infinito.

    Mas se a iniciativa privada de fato se organizar, como propõe a feliz sugestão acima, podemos fazer muito por Pirenópolis. O dinheiro vem para qualquer projeto bem elaborado – com princípio, meio e fim – e há verbas para todos os planos, quer do governo federal, quer das leis de incentivo à cultura.

    O autor deste blog tem seu valor ao se preocupar com a melhoria da qualidade de vida da população e também da preservação do patrimônio histórico. E Pirenópolis já perdeu demais do patrimônio herdado do antigos! Se não segurarmos o pouquinho que resta, as futuras gerações só conhecerão a história através dos livros.

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  6. Clayton Éverton Soares10 de fevereiro de 2011 às 14:21

    Não gosto de carros que passam com som alto e disparam alarme dos outros e perturba a galara que tá no travesseiro. Mas acho que tinha que arrumar uma parada aí pros mano ligar o som.... se faz isso fica todo mundo bem e as polícia não precisa prender ninguém.

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  7. Eu vou a Pirenópolis sempre, na qualidade de turista, e muito me perturba o som exagerado dos carros. Esses motoristas bem que poderiam diminuir o volume um pouquinho, porque o turista necessita descansar para melhor usufruir dessa tão linda cidade.

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  8. Muito me entristece ler tais palavras referentes à minha Pirenópolis querida!

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  9. Aparício M. Apolinário16 de fevereiro de 2011 às 09:06

    Sabe o que é interessante? Postaram já tantos comentários aqui e nenhum foi a favor do som automotivo na cidade de Pirenópolis. Isso não é de se refletir?

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  10. Michelle Danyelle de Moraes17 de fevereiro de 2011 às 11:47

    Olá, sou estudante de Direito e gostaria de saber se o Direito ao Silêncio está entre os direitos difusos e coletivos.

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  11. Marco Antônio P. Vasconcelos21 de fevereiro de 2011 às 20:59

    Semana passada eu estava em Pirenópolis e ali na praça Central vi quando uma viatura da Polícia Militar parou e pediu para que o proprietário de um carro diminuísse o volume imenso do som.

    O motorista, um jovem de talvez menos de 20 anos, prontamente obedeceu. Mas foi a viatura virar na esquina e eis outra vez o som em altíssimos volumes.

    Não presenciei a sequência dos acontecimentos, se ficou por isso mesmo ou se os policiais voltaram. Mas aquela imagem me marcou bastante, já que, na minha juventude, quando uma autoridade pública se manifestava a gente atendia prontamente e fim de história.

    Hoje, pensou eu, que juventude é essa que se forma sem o respeito a uma farda, que não se importa em perturbar o sossego das pessoas? Que cidadão formaremos para o futuro deste país?

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  12. Maristela S. da Cunha1 de março de 2011 às 11:17

    Vamos aguardar a chegada do Carnaval, para ver se a prefeitura e a Polícia Militar dão conta do recado!

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  13. Maristela S. da Cunha11 de março de 2011 às 08:30

    Pois o Carnaval foi a merda de sempre, com som automotivo aqui no módulo esportivo perto de casa. Ninguém dorme nesta cidade, é batida de música eletrônica a noite toda!

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  14. João Fernando de Lima Filho25 de março de 2011 às 17:32

    A PM não dá conta nem de prender bandido, vai conseguir acabar com som automotivo???!!!

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  15. Jacira de Sousa Lima8 de abril de 2011 às 14:06

    Achei este espaço para discusão e adorei, pois sou contra qualquer tipo de barulho que incomode os outros e acho que essa conduta deve ser punida com rigor. No caso de Piri eu acho que já melhorou bastante, a repreensão tem sido forte e o resultado disso é que os barulhentos, com aqueles carros infernais, foram para outros lugares. Parabéns pelo espaço aberto para discutir um assunto de tanta importância, mas que pouca gente aborda.

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  16. Patrocínio da Silveira Neto12 de abril de 2011 às 08:31

    Se todos os problemas do mundo fossem apenas barulho, resolveríamos botando todos surdos!

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  17. Andrielly Raquel de Sousa e Silva7 de junho de 2011 às 15:17

    Roubos, furtos e outros crimes graves não são mais a maior demanda da Polícia Militar (PM) nas noites de sexta-feira e sábado em São Paulo. Nesses dois dias, as ocorrências mais recebidas pelo telefone 190 estão relacionadas ao barulho: segundo dados do ano passado, corresponderam a 60% dos chamados. Em dias normais, esse índice é inferior a 10%. Segundo a corporação, 231 mil ligações foram recebidas em 2010, uma média diária de mais de 600 telefonemas ou 26 chamados por hora.

    Na lista das maiores queixas estão latidos, cantos de pássaros, festas na madrugada, bailes funk, gritos e até batuque com caixas de fósforo que são ouvidos através das paredes. No ano passado, os casos classificados como perturbação de sossego cresceram 226% em relação a 2006.

    O ritmo frenético das ligações faz a polícia reforçar a equipe de atendentes. “Empregamos nos fins de semana 50 policiais a mais, só por conta das ocorrências de perturbação de sossego”, explica o capitão Emerson Massera Ribeiro, porta-voz da corporação. Segundo o oficial, perturbação do sossego é contravenção penal, cuja pena é de prisão de 15 dias a 3 meses ou multa. “Como é considerada de menor potencial ofensivo, geralmente acarreta penas alternativas.”
    Por AE | Agência Estado – ter, 7 de jun de 2011

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