sábado, 11 de dezembro de 2010

Grupão Amarelo

Faixa negra na frente do grupão

O Colégio Estadual Joaquim Alves de Oliveira, que os pirenopolinos carinhosamente apelidaram de Grupão Amarelo, fica na praça da Matriz, bem na esquina. Antigamente ali ficava o casarão que pertenceu a Absalão Lopes, proprietário da fazenda Babilônia.




O casarão à esquerda pertenceu a Absalão Lopes
demolido pelo Estado de Goiás para construção do colégio


Recentemente estenderam uma faixa preta com a afirmativa de que o colégio faz parte do patrimônio de Pirenópolis. A princípio não entendi do que se tratava, mas ao ler um artigo de Uiara Pereira de Pina, no Diário da Manhã, dia 29.11.2010, intitulado “E mais uma vez, o que só Pirenópolis pode mostrar!”, é que passei a notar na gravidade do assunto. Segundo Uiara, o colégio será desativado e transformado em um centro cultural. Não entendi bem o que quer dizer “centro cultural”, mas o simples fato de despejar o colégio daquele prédio não me parece correto.




O mesmo ângulo da fotografia do casarão

Eu estudei no Grupão Amarelo por muitos anos, quando cursava o antigo primário (hoje ensino médio), e até trepei numa das árvores do pátio para escapar duma vacinação em massa, daquelas com pistola de ar, que mais tarde foi banida por espalhar doenças.




Cortejo do Divino em frente ao colégio
Foto de 2010, Arquivo da Biblioteca Pyraí


Em minha memória estão muitas histórias ocorridas nos corredores do colégio, e tenho certeza de que praticamente todos os pirenopolinos com menos de cinquenta anos passaram por ali. O Joaquim Alves é da década de 1950, e antigamente era pintado com a cor padrão da Secretaria de Educação, um amarelo meio açafrão, daí ficou o nome Grupão Amarelo.




Escrevo estas linhas com base no diz-que-diz que rola por Pirenópolis e na artigo de Uiara de Pina, mas não sei bem a extensão dos acontecimentos. Se alguém tiver mais notícias, por favor, avise-me para que possa atualizar a página e esclarecer melhor a população.



6 comentários:

  1. Caro escritor, o que aconteceu com o grupão amarelo foi uma tentativa de despejar a escola e ali instalar, para aproveitar uma verba federal, um local destinado à cultura. Algo artificial, tipo o museu das Cavalhadas lá na beira rio, que só tem banner. Pedro Lira

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  2. Pirenópolis é assim mesmo, quando vc acha que já piorou tudo, aparece mais alguma novidade. Eduarda

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  3. A cultura, no caso do colégio, é apenas fachada para investir verbas que não sabem onde aplicar e, caso não apliquem, têm que retornar à origem. Falta o quê? Planejamento. O dinheiro vem sem um projeto consistente, sem um estudo de impacto, e depois fica essa correria na base do "salve-se quem puder".

    Camilla Sampaio Lima

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  4. Quando o Estado se volta contra o cidadão que deveria proteger é porque a coisa está feia...! Fernanda

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  5. Não é nada disso, gente, o que aconteceu é que faltam alunos em todos os colégios, por causa da reformulação do estudo que está esvaziando as salas de aula estaduais e sobrecarregando as municipais. Rosa Maria Sampaio

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  6. então Pirinópolis é uma cidade privilegiada, né?! em todo Brasil faltam escolas e professores, mas em Piri sobram escolas, que inclusive são fechadas! Conta outra...

    Camilla Sampaio Lima

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