terça-feira, 30 de maio de 2017

A cidade sitiada


Infelizmente, a calma e tranquila Pirenópolis está sitiada pela bandidagem. Frequentemente somos surpreendidos por notícias de atos de violência e as vítimas são pessoas conhecidas, amigos ou parentes nossos. E os crimes ocorrem em plena luz do dia, sem qualquer preocupação em se esconder. Há relato de gente feita refém que passou pelo posto da Polícia Rodoviária Estadual e nenhum policial abordou o veículo.

Semana passada uma equipe fotográfica, que trabalhava no Morro dos Pireneus, foi assaltada e teve todo o equipamento levado. Aqui na cidade, a paz está perturbada por assaltos violentos em que a vítima é amordaçada, agredida fisicamente e tem seus pertences roubados. Fato é que tem um grupo, ou grupos, agindo cada vez mais ousadamente, e essa farra precisa ter fim.

Como advogado militante na cidade eu me sinto no dever de sugerir soluções. O bandido fica coibido se topar com viaturas da PM em ronda. Nas entradas da cidade, que se façam blitz para averiguar o interior dos veículos, principalmente porta-malas. Nessas abordagem policiais, é bom ter um agente que conheça os moradores da cidade, assim, se notar algum estranho como acompanhante, deve abordá-lo.

E que dizer da falta de cadeia? Essa é uma questão mais complexa, que deve abranger uma mobilização política para forçar o Governo de Goiás a agir. Cabe também uma ação judicial proposta pelo Ministério Público, pois o Estado tem a obrigação de fazer o novo presídio. Não ter uma cela por perto dá ao bandido a sensação de impunidade e o estimula ao crime.



Você sabia que a Delegacia de Polícia de Pirenópolis só abre no horário de expediente? É isso mesmo. Fecha sexta-feira e só reabre na segunda à oito. Se houver alguma ocorrência no final de semana, a vítima tem que se dirigir ao plantão em Anápolis. Então eu sugiro uma plantão, com delegado e agente trabalhando sábado, domingo e feriado, porque o crime não escolhe hora para atuar.

Essas são apenas algumas sugestões minhas para melhorar nossa qualidade de vida. Do modo como está não dá para continuar. Ou a cidade se mobiliza para dar fim a essa violência ou isto aqui se transformará nos violentos núcleos populacionais do entorno do Distrito Federal. É essa a comunidade que queremos?



Adriano Curado

3 comentários:

  1. Apoiado Adriano, precisamos defender Piri!

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  2. Ana Maria Coutinhoi30 de maio de 2017 às 14:18

    Eu já fui vítima de assalto em Pirenópolis. Foi no ano passado num sábado à tarde, bem na porta da Matriz. Ao chegar para registrar ocorrência na delegacia, deparei com a porta fechada. Tive que ir em Anápolis. Um absurdo. Cidade sem lei.

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  3. Quanto a polícia some das ruas, a bandidagem toma conta. É assim desde tempos antigos. O que precisa ser feito é pôr as autoridade para agir e cuidar do povo. Todos em Piri estão amedrontados com a onde de violência que tomou conta da histórica cidade. Isso é a proximidade do entorno que atrai bandidagem. Morei dois anos em Luziânia e era um inferno o tempo todo, com bandido saltando o muro da casa da gente. Não podemos deixar acontecer o mesmo com nossa querida Piri. Vamos agir, gente.

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