quinta-feira, 20 de abril de 2017

Os sinos da Matriz


Que triste ver nossa Igreja Matriz sem seus sinos. Antes do incêndio de 2002, havia ali dois deles feitos de bronze e que duraram dois séculos sem precisar nem de afinação. Após o incidente fatídico, compraram outros que os substituíssem, mas como na atualidade tudo é descartável, os sinos já racharam e estão inutilizados. Terão de ser fundidos e reutilizados em outro objeto.

Enquanto isso a Matriz está silenciosa, pensativa, triste. Como se já não bastasse aquele relógio inútil na torre que não marca hora alguma.

No Domingo de Páscoa, início da contagem para a Festa do Divino, Herculano teve que improvisar dois sinos na carroceria de uma caminhonete, senão o repique festivo passaria em branco.

Até quando esse descaso com a cultura pirenopolina persistirá?

Adriano Curado

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Adriano Curado