quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Histórias não contadas



    Há muita magia de encatamento nas ruas sinuosas de Pirenópolis. É um mistério que transcende séculos, encrustado nas entranhas dos moradores ao sopé da Serra dos Pireneus.

     Talvez na alma dessa gente ainda viva o espírito inquieto dos bandeirantes, o banzo dos negros africanos escravizados ou o terror dos índios escorraçados.

     Talvez.

     Mas o fato é que seus becos de casarões centenários guardam histórias não contadas, amores não realizados ou, quem sabe, apenas ocultem sonhos simples de uma vida tranquila.

Adriano César Curado

4 comentários:

  1. UIARA PEREIRA DE PINA3 de agosto de 2012 às 17:01

    Primo, muito interessante sua postagem, existem várias histórias da "Casona" que ainda não escutei, mas sei de muitos namoros que por lá aconteceram, de muitos mascarados paquerando as primas, até mesmo já soube que tem um porão debaixo do piso de madeira, mas nunca descobrimos se é verdade.Muito interessante sua postagem, vale a pena ler os causos vamos lá gente, vamos postar...

    ResponderExcluir
  2. Eu também gostaria de ouvir os causos não contados de Pirenópolis, aqueles que ficaram guardados a sete chaves e que ninguém ousou contar.

    Linda sua postagem, meus parabéns.

    ResponderExcluir
  3. Muito boa, muito oportuna esta matéria, meu amigo Adriano! De fato, existe um silêncio hipócrita na história nacional sobre os negros escravos. Consta, por exemplo, que no Rio Grande do Su, quando a Guerra do Paraguai, em 1864, a população negra era de aproximadamente 50%, seguida dos índios (mais de 40%), restando apenas menos de 10% de brancos senhores. O Exército do Império mobilizou as "minorias" (?), oferecendo liberdade e cidadania aos que retornassem dos combates. O resultado é o que sabemos, a população negra, descendente daqueles escravos soldados, é mínima no sul do país. O mesmo se dá com o índio, que foi igualmente varrido da região - em parte pela Guerra do Paraguai, outra parte trucidada nos conflitos com os imigrantes europeus, especialmente alemães e italianos.
    No nossa caso, sabemos que o indígena foi algo de genocídio pelos bandeirantes e, depois, "absorvido" pela cultura do branco. Quanto aos negros, sua pergunta é procedente: aonde foram parar os negros libertados em 1888? Os senhores de escravos, durante o processo de decadência, possivelmente vendeu o que foi possíve, mas como a demanda era mínima, certamente cometeu genocídio também com o seu "plantel" (?) de escravos.
    É preciso perguntar mesmo! Que os novos historiadores, categoria de intelectuais formados nas universidades goianas, venham a pesquisar esse mistério.
    Meu abraço,

    Luiz de Aquino

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Suas perguntas ainda merecerão uma boa resposta. Postagem que me tocou.

      Excluir

Minhas leitoras e meus leitores, ao comentarem as postagens, por favor assinem. Isso é importante para mim. Se não tiver conta no Google, selecione Nome/URL (que está acima de Anônimo), escreva seu nome e clique em "continuar".

Todas as postagens passarão por minha avaliação, antes de serem publicadas.

Obrigado pela visita a este blog e volte sempre.

Adriano Curado