Os ternos e românticos postais do passado. Traduziram o pensamento de uma época e se transformaram em uma singular forma de relacionamento entre as pessoas, há mais de cem anos. Eram lindos, com paisagens e pessoas, lugares; em grande maioria, bordados com flores e com enternecidas dedicatórias que eternizaram sentimentos. Esse, abaixo, é de 1919, de Antonio Americano do Brasil dedicado à sua futura esposa, Mirtes Caiado de Castro, na Cidade de Goiás. Há um dizer profundo, de "para sempre", que, infelizmente, muito pouco tempo depois se desfez, por conta da enfermidade do infeliz escritor e médico; seu retorno para o sertão goiano e sua morte prematura, por mãos assassinas. Mas há, indelével, nesse postal, em minhas mãos, um "para sempre" sentido na tessitura da emoção daquela hora. Que as lembranças dos velhos e esquecidos postais nos aqueçam, também, o coração nesses tempos do frio laconismo da comunicação virtual, tão rápida e efêmera pelo toque do "delete". Outros tempos...
Bento Fleury
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