sábado, 16 de maio de 2009

Festa do Divino 4



     A Festa do Divino de Pirenópolis não seria a mesma sem duas manifestações culturais importantíssimas: a DANÇA e o TEATRO. Desde o século 19 que ali se apresentavam inúmeros espetáculos dessa natureza, em especial durante as comemorações de Pentecostes, quando então ficava ao livre arbítrio do imperador autorizar ou não a apresentação. Mas nem só durante as festas ocorreram encenações desse tipo, tanto que o primeiro prédio de teatro da cidade foi construído ainda em 1860, pelo comendador Manuel Barbo de Siqueira. 

     O segundo teatro foi erguido em 1899 por Sebastião Pompeu de Pina e ainda existe no largo da Matriz, embora completamente restaurado por iniciativa da Sociedade dos Amigos de Pirenópolis (SOAP). 

     Em 1919 o padre Santiago Uchôa levantou o prédio que seria o terceiro teatro local, que mais tarde recebeu o nome de Cine-Teatro Pireneus, na rua Direita, prédio que desabou, virou ruína e mais recentemente também foi restaurado pela SOAP. Todos esses prédios abrigaram muitas peças de dramaturgia e dança, servindo assim como uma espécie de ponto de encontro da população.

     No que se refere à peças teatrais, muitas foram apresentadas durante a Festa do Divino, a exemplo do drama Demofonte (maio de 1837, junho de 1878 e maio de 1969), o drama Aspásia (junho de 1837), o drama Fantasma Branco (junho de 1867 e maio de 1885), bem como Estátua de carne, O poder de ouro e Graças a Deus (em maio de 1874).

     No que diz respeito à dança, podemos ressaltar as danças folclóricas, os torneios de catira, a complicadíssima encenação da contradança com suas fitas multicoloridas trançadas, além das coreografias do congo e da congada.

     Num misto entre o teatro e a dança, a principal manifestação é a peça As pastorinhas, que pela sua importância cultural, merecerá um texto apartado.

Bibliografia:
BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O Divino, o santo e a senhora. Rio de Janeiro: Funarte, 1978.
JAYME, Jarbas. Esboço histórico de Pirenópolis. 2 v. Goiânia: Imprensa da UFG, 1971
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Adriano César Curado

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