domingo, 23 de junho de 2019

As Cavalhadas de Palmeiras estão melhor que nunca


Há  alguns anos, por motivos profissionais, não ia às Cavalhadas de Palmeiras de Goiás, minha terra natal.

Estive ontem, 22/06/2019, nas festividades e fiquei imensamente satisfeito com o que vi e vivi.

As Cavalhadas foram introduzidas nessa cidade no ano de 1908, portanto apenas três anos após a transformação da antiga Vila de Alemão em municipio.

Suas origens carecem de estudos, pois há características bastante divergentes da acontecida em Pirenópolis, de onde vieram muitas das famílias que tornar-se-iam operosas e tradicionais na  cidade.

Os festejos se deram ocasionalmente na década seguinte, tendo ocorrido em 1917, ano em que, por melindre da 1a. Guerra Mundial, Alemão passou a se chamar Palmeiras.

Em 1953, Aloísio Pompeo de Pina, pirenopolino residente em Palmeiras, organizou a festa, paralisada havia anos.

De acordo com o escritor Adriano Curado, na década de 1960, Palmeiras de Goiás foi em socorro de Pirenópolis, sua cidade-irmã, emprestando a indumentária para o reinício das cavalhadas na antiga Meia-Ponte, igualmente paralisadas por alguns anos.

O retorno definitivo da festa de origem espanhola (e portuguesa) se deu em 1975,
sob coordenação de Cid Gomes e Cristóvão Rodrigues de Souza, dentre outros.

Há, portanto, 45 anos que essas festividades profano-religiosas acontecem ininterruptamente em Palmeiras de Goiás.

Além do aspecto religioso, relacionado com o Divino Espirito Santo, há a parte profana, com seus 1.976 mascarados, todos numerados e cadastrados. Eles são uma atração à parte, sempre pedindo dinheiro e fazendo mil brincadeiras.

Para efeito de comparação, Pirenópolis possui cerca de 300 mascarados; e Santa Cruz - cujo prefeito estava presente hoje em Palmeiras - trinta.

O espetáculo cavalariço, de rara beleza, é embalado pela Corporação Musical XIII  de Maio, de Corumbá de Goiás, que conta com 40 músicos, dentre eles, Ramir Curado, historiador e membro do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG).

Nesse momento, cinco da manhã, aguardo a banda para a alvorada musical, na casa de minha mãe, Luzia Gomes de Sá, cujos avós migraram de Meia-Ponte para a freguesia de Alemão na década de 1870.

O prefeito Vando Vitor, antigo cavaleiro, e fundador da Orquestra de Violeiros no município é  um dos mais entusiasmados.  A prefeitura fornece toda a infraestrutura  para a festa popular.

Palmeiras está de parabéns!

Texto e fotos de autoria de Nilson Jaime



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