segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Onde está a Polícia Militar?


Minha amiga Jaqueline foi abordada por criminosos, todos armados e de cara limpa, quando entrava em seu comércio. Era pouco mais de onze da manhã e seu ponto comercial fica próximo à Ponte de Pedra, no Centro Histórico de Pirenópolis. O lugar é bem movimentado e a cidade está repleta de turistas de férias.

Jaqueline passou por maus bocados nas mãos dos criminosos, obrigada a entregar seus pertences, celular, carro, carteira com dinheiro e documentos etc. Naquele momento não passou sequer uma viatura policial ou mesmo aqueles agentes que andam de bicicleta pela cidade. Ela ficou por considerável tempo na mira dos bandidos e não foi socorrida.

Felizmente, os meliantes (para dar um charme policial ao texto) foram embora e nada aconteceu com ela. Mas o drama de minha amiga é também a aflição de todos nós pirenopolinos. Onde está a Polícia Militar?

Na tenebrosa noite de réveillon, o reduzido efetivo militar ficou claramente acuado diante da imensa população de turistas na cidade. A coisa fugiu do controle. Bêbados acenavam com perigosas garrafas de vidro, que facilmente virariam arma. Dezenas de carros com som automotivo descontrolado ribombavam eco na velha Matriz de Senhora do Rosário. Os casarões tremiam, os hóspedes das pousadas reclamavam. E a todas essas a pergunta se repete: Onde está a Polícia Militar?

Pois eu respondo a essa pergunta. Está nas ruas mesmo, se desdobrando dia e noite, percorrendo as tantas vias e becos (ops! agora é “travessa”) desta velha cidade. A PM trabalha demais e em turnos curtos. O problema é o reduzidíssimo número do efetivo. Faça o teste, se de mim duvida. Sente-se em uma praça e observe o tempo que demora para passar uma viatura policial. É provável que você fique ali a tarde toda.

O 32º Batalhão de Polícia Militar de Pirenópolis não atende apenas nossa cidade, abarca uma área imensa que tem que ser policiada. Sem contar a amplitude incalculável de toda a zona rural. Daí para o bandido planejar um assalto, como o de Jaqueline e executá-lo em plena luz do dia, é só um salto.

Por medo da criminalidade, nossa cidade começa a se precaver. Já há câmeras espalhadas pelas fachadas centenárias dos casarões e sobre os velhos muros de adobes brotaram cercas elétricas. Os nativos não estão errados. E para piorar as coisas, há uma invasão de moradores de rua e pedintes que deixam a gente com cisma.

O que precisa ser feito para resolver isso é aumentar o efetivo e melhor equipá-lo. Cadê aquelas caminhonetes da PM que têm em Goiânia? Manda uma meia dúzia para Pirenópolis com todo moderno equipamento. Espalha equipes em ronda ostensiva em maior número pela cidade, promova blitz para checar documentos e condições dos veículos, aborde os suspeitos.

Esperamos que o novo gestor público goiano olhe para a Terra dos Pireneus!

Adriano Curado

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