quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Pérsio Ribeiro Forzani ( I )

Fotografia de Pérsio na atualidade,
extraída do site www.pirenopolis.tur.br/persio-forzani

PÉRSIO RIBEIRO FORZANI

Membro da Academia Pirenopolina de Letras,

Artes e Música (Aplam)

Ocupante da Cadeira nº 07

Patrono Inácio Pereira Leal



Fotografia de pintura de Pérsio de 1997,
extraída do site www.pirenopolis.tur.br/persio-forzani


Pérsio Ribeiro Forzani (Pirenópolis, 8.2.1931) começou a pintar com carvão no adobe dos muros aos oito anos de idade e, apesar da deficiência física, aprimorou-se nos estudos para aventurar-se na tinta a óleo e pincel. Deu certo. Atualmente, suas milhares de telas se espalham pelo mundo todo.



Fotografia da primeira pintura de óleo sobre tela de Pérsio,
extraída do site www.pirenopolis.tur.br/persio-forzani


O tema de suas pinturas é sempre a cidade de Pirenópolis, que retrata em traços que são característicos de sua arte. Você pode nunca ter visto uma determinada tela de Pérsio, mas se a encontrar em alguma parede, é capaz de afirmar com certeza a autoria.



Reprodução da capa da Revista Meya Ponte nº 10, da Aplam


Seu tema é sempre a amada Pirenópolis, na atualidade ou quando se chamava Meia Ponte. Reproduzindo fotografias e descrições da cidade de antigamente, seu trabalho é, além de arte, instrução que nos mostra a história goiana.



Fotografia de pintura de Pérsio de 2005,
extraída do site www.pirenopolis.tur.br/persio-forzani


Ele é uma criatura dócil, que recebe qualquer pessoa em sua casa e não faz distinção entre ricos e pobres, mendigos ou embaixadores. Sim, todos frequentam a casa humilde de Pérsio. Lá dentro, quase nenhum móvel se vê. Na sala, uma mesa simples com tamboretes. No quarto de pintura, o cavalete e alguns bancos. No quarto de dormir, cama velha mas bem cuidada, um guarda-roupas e uma cômoda com um oratório que tem o interior pintado por ele.



Reprodução da capa da Revista Meya Ponte nº 06, da Aplam

A pintura de Pérsio foi homenageada numa exposição realizada no casarão histórico que é a sede da Celg em Pirenópolis, bem em frente à Matriz, no dia 25.11.2005. Foi uma noite memorável, com direito a sarau, discursos emocionados e, principalmente, com a presença de muitos jovens interessados em conhecer esse ilustre pirenopolino. Pela grandeza desse evento, será tema de um artigo em separado.



Fotografia de pintura de Pérsio de 2008,
extraída do site www.pirenopolis.tur.br/persio-forzani


Uma outra grande homenagem para Pérsio foi feita no Teatro de Pirenópolis, dia 4.6.2010, num sarau abrilhantado por músicos e poetas pirenopolinos ou ligados à velha cidade. A ideia foi da Secretaria de Cultura de Pirenópolis, na pessoa do secretário Gedson, com apoio de José Nominato Veiga (Zezé de Catirina), zelador do prédio do teatro e, obviamente, do prefeito Nivaldo Melo.




Fotografia de pintura de Pérsio,
extraída do site www.pirenopolis.tur.br/persio-forzani


No grande sarau, foi destaque a linda poesia que Luiz de Aquino compôs para o homenageado e que peço vênia para transcrever:


“Pérsio Forzani (o homem que pinta poesia)


Espalho-me ao tempo

ao sol que define os dias,

à Lua que benze as noites.


Nos anos mais verdes,

colhi serenatas plantadas nas ruas

de pedras, sem régua ou compasso.


Ouvi versos cantantes

e acordes dolentes; vi moças bonitas

nas janelas, silentes...


Era um tempo de estrelas

e risos sem censura. A gente vivia

vertigens, e era feliz.


Sol, luar, orvalho!

No verde, mais luz; mais vida

sob os astros.


Meus olhos desenham os morros,

perfis sob azul infinito, moldados

aos traços das línguas dos rios.


A ponte, o amor clandestino.

Carmo, Bonfim, Matriz do Rosário,

Lembranças de eu-menino...


Meus olhos colheram paisagens,

Memória transforma em saudade,

Pincel faz arte e riqueza.


Terra e gente meia-pontense:

Hino e presépio, história em imagem:

Obras de Pérsio, jóias da terra.”




Reprodução da capa da Revista Meya Ponte nº 07, da Aplam


Foi Pérsio Forzani quem criou e pintou o simbolo da Aplam.



Síbolo da Aplam


by
Adriano César Curado

7 comentários:

  1. Prezado escritor e poeta Adriano César Curado, achei simplesmente sublime a doce homenagem que você presta aqui ao Pérsio Forzani. Ele é um pintor inigualável e merece que sempre o promovamos e incentivemos. Sua iniciativa é salutar porque Pirenópolis tem um defeito grave, que é esquecer vultos importantes e exaltar os de somenos brilho. Poderia citar aqui inúmeros exemplos de gente, competente e talentosa, que passou ao ostracismo e outras, medíocres e levianas, que foram realçadas aos pícaros da glória. Por isso é preciso sempre relembrar os que de fato merecem aplauso e confetes, ainda que a modéstia os impeçam de se auto-promoverem. Parabéns pelo texto e pelas imagens anexadas.

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  2. Pessoa de grande energia espiritual e brilho incomparável esse pintor Pérsio Forzani. Meus parabéns pela matéria.

    Solange Alves Cunha

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  3. Adorei a matéria. E as pinturas são maravilhosas! Onde eu posso comprar um quadro desses?

    Janeth

    janethmariano@rocketmail.com

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  4. Parabéns pela matéria, grande homenagem a este verdadeiro artista que temos em nossa querida Pirenópolis...adorei também as postagens das fotos.Parabéns...Wanessa.

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  5. Pérsio Forzani é imortal, inigualável e insubstituível, merece nossas eternas homenagens e agradecimentos.

    Vilma de Siqueira

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  6. Forzani é uma pessoa notável e um artista completo. Tenho um quadro dele cá na minha parede.

    Salomão Vieira

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  7. Sempre passo na porta de sua casa, o vejo sentado, simpático, sempre me cumprimenta com um sorriso alegre.. e eu retribuo com carinho.
    Ontem estava montado uma exposição em sua homenagem durante a Flipiri, então entrei na casa dele, tive uma longa conversa sobre coisas que sua memória ainda afiada o faziam lembrar com detalhes..
    Fico cada dia mais impressionada, Sr. Persio Fozani, é um homem incrível, de uma sensibilidade ímpar, retrata nossa bela cidade em suas telas, tão carinhosamente detalhadas com suas mãos caprichosas...
    Tive ontem uma lição de vida!
    Como o mesmo me disse : tenho problemas nas pernas, minhas mãos e cabeça ainda funcionam muito bem, então faço meu trabalho.

    As vezes nem problemas temos e desistimos de realizar um bom trabalho, cansamos da "mesmice", das dificuldades, da falta de colaboração do próximo... Seria mesmo necessário tanto para sermos úteis?

    Lição de vida, de caráter, de simplicidade...

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