sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

A tradição do presépio

A tradição de montar presépios por aqui vem de muito tempo e vai passando de uma geração a outra. Uns têm peças caras e sofisticadas, já outros se arranjam como podem na simplicidade do cotidiano. 

Meu saudoso amigo José Sisenando Jayme contava que, no Natal, se pintava a fachada das casas e as calçadas eram capinadas. E dentro sempre havia a representação do nascimento de Jesus. 

Tinha presépios chiques, como o de dona Sinhá de Félix, de Sinhazinha de coronel Luiz Augusto, de dona Sinhá de Quim Gomes, de dona Lalá de Propício, Chico de Sá, Cristóvam de Oliveira. Destacava um presépio de Odilon de Pina com um monjolinho trabalhando o tempo todo, jogando água pelo calabouço.

E havia o presépio das pessoas pobres como Luzia, mãe de Hermano da Conceição. Ele fez um ranchinho de palha e dentro pôs o Menino Jesus, Nossa Senhora, São José e, de bicho, apenas um jumentinho, feitos de madeira talhada a canivete. E completava o vazio que sobrava com um arrozal (semeado de véspera) plantado em caixotes de marmelada.

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Adriano Curado