AOS
LEITORES DO BLOGUE.
Esta
semana surgiu uma discussão no facebook, pela enésima vez, sobre os
abusos do som automotivo. No calor das postagens, um jovem do Alto do
Bonfim chamado Rawston fez um desabafo que me tocou. Como esse blogue
é democrático, as opiniões contrárias também têm sua vez:
“Os
jovens de Pirenópolis precisam é de espaço para poderem exercer
sua juventude, ter lazer, poder desfrutar também das coisas que eles
gostam. A cidade é para os visitantes e não para os moradores. Os
jovens, o que fazem? Se escondem para poder festar ou ficam em casa
no computador, na frente da televisão.
Ninguém
tem acesso a nada. Não tem lazer. Aí qual é a consequência?
Jovens usando drogas, brigando, sendo presos cometendo delitos,
morrendo na volta para casa na festa que aconteceu na fazenda, porque
dentro da cidade não pode, vai incomodar.
Jovens
precisam de informação, cultura antes de tudo. Duvido que a grande
maioria saibe dessa Lei do Silêncio. Quem faz um trabalho de
informação? Quem ajuda? Ninguém, né? É melhor mandar coibir e
autuar estes contraventores, prender é mais fácil, né? Eu penso
assim!
Adriano
Curado, o que falta é informação, trabalho de conscientização.
Eu também não gosto dos abusos de som automotivo, sei que prejudica
a saúde e também os casarões antigos. Mas aqui na cidade estão
implantando a Lei do Silencio. A policia chega, manda desligar o som, não importa onde esteja e qual o volume.
Pirenópolis
por ser uma cidade em sua história extremamente conservadora de
princípios tradicionais/culturais e religiosos, mas muitas vezes
expulsa os jovens que procuram uma outra forma de fazer cultura, de
se divertir.
O som
automotivo não é um acréscimo cultural, mas para quem gosta é a
melhor coisa do mundo, e nós também temos que ser respeitados. Não há espaços e nem políticas públicas voltadas
para os jovens. Se estão fora da lei, têm que haver uma ação,
concordo plenamente com isso. Só não concordo do COIBIR E AUTUAR,
simplesmente. Sempre foi assim. Manda a polícia lá, manda prender,
eles estão errados. No meu ver, antes de tudo deve-se levar
informação, para criar uma consciência pacífica. Se faz tudo no
COIBIR e AUTUAR, muitas vezes gera revolta, aí não é bom para
ninguém.
Sou
jovem e me sinto como um refém aqui na cidade. Tudo que aparece de
novo está corrompendo as raízes da história. Eu tenho um grupo de
RAP e faço um trabalho com jovens e adolescentes do Bonfim, embasado
no movimento HIP HOP. Sofremos muito pré-conceito por não ser uma
cultura tradicional e religiosa da cidade. Isso é ruim, gera
revolta. Tudo evolui, por que não Pirenópolis?
Estou
gostando dessa discussão, temos muito a ganhar com essa conversa.”
RAWSTON
MINHA
REFLEXÃO:
Quando
decidi escrever neste blog, minha intenção sempre foi a de melhorar
a qualidade de vida da população pirenopolina e também
salvaguardar sua cultura e tradição, sempre de olho no futuro de
Pirenópolis. Mas onde está o futuro da Terra dos Pireneus?
Obviamente que está na juventude, nessa moçada que hoje recebe o
bastão da história e tem a obrigação de passá-lo para frente.
Uma
sociedade que não ouve e orienta seus jovens está fadada a
desaparecer. Esse moço chamado Rawston reclama do ciclo fechado que
é Pirenópolis, uma espécie de “elite” que, para ele, só sabe
coibir e autuar. Ele até compreende que o som automotivo incomoda e
estraga os casarões, mas disse que gosta e que gostaria de um espaço
para isso.
A
postagem de hoje é diferenciada para abrir caminho a uma discussão,
na busca de um meio-termo. Temos que trazer a juventude para o nosso
lado (dos que querem preservar nossa rica cultura), pois amanhã não
estaremos mais aqui e são os moços de hoje que incentivarão os jovens do futuro.
Adriano
César Curado
Eu até concordo com o Rawston sobre a falta de opção de diversão voltada para o pirenopolino. A cidade tem seu foco apenas em atrair mais e mais turistas, porém volta as costas aos nativos.
ResponderExcluirEsta semana a Prefeitura Municipal anunciou com pompas o exposição em Nova York em homenagem à cidade. Ou seja, já não há estrutura física nem para abrigar o turista daqui de perto, querem agora botar o carro adiante dos bois e lançar Pirenópolis no cenário internacional.
Sabe o que isso significa? Falta de uma política pública efetiva e voltada para a realidade pirenopolina. Chama o mundo para cá e depois vê o que acontece.
No caso do Rawston, ele não está sem razão. Enquanto os gestores públicos só pensam em propagandear o nome de Pirenópolis, numa fome cada vez mais crescente de verbas, o povo local fica desamparado. Imagine que não há, de fato, lazer à altura das economias pirenopolinas. O povo que mora na cidade é pobre, não pode frequentar a rua do Lazer e seus preços extorsivos. Não tem uma boate, um salão com boliche, uma quadra de esportes aberta da todos sem restrição.
Você está certo, Rawston, mente vazia é oficina do diabo. E aí está uma das tantas razões para o crescente uso de drogas, de gravides adolescente, de embriaguez ao volantes, etc. Mas não se esqueça disso quando chegarem as eleições deste ano.
Eu não concordo com você quando ao som automotivo. Ele é, de fato, prejudicial para o sossego, a saúde e o patrimônio histórico de Pirenópolis. Em cidades onde há campeonatos como esses, os participantes se reúnem em galpões com adaptação acústica e aí se revezam sem perturbar os que não gostam da atração.
Como em Pirenópolis não há espaço assim, ficam circulando pela cidade, disparando alarme de carros, atrapalhando a missa na igreja, incomodando que quer descansar.
Isso não é certo. Estamos no século 21, onde o bom senso deve prevalecer. O direito de um termina onde começa o do outro. E é por isso que chamam a polícia, que há brigas e discussões.
Sua discussão é importantíssima e deve ser levada a sério.
Parabéns ao Adriano Curado, administrador do blogue, que nos permitiu discutir isso.
Eu não concordo nem um pouco com esse pensamento do Rawston. Esse negócio de não poder fazer nada em Pirenópolis porque é tradicional e não aceita novidade é balela. Quem nasce numa cidade histórica como Pirenópolis tem que pagar o ônus por isso. Não é a mesma coisa viver, por exemplo, em Jaraguá, onde o som automotivo corre solto, e em Pirenópolis, que tem os casarões e igrejas antigos a serem preservados.
ResponderExcluirAgora, quanto à falta de diversão dos jovens, isso é uma realidade que pode e deve ser mudada, só depende de boa vontade política, o que é algo que parece está longe de nossa cidade.
Sou a favor de polícia pegar sim esses carros circulando e incomodando as pessoas, multar e apreender o som. Faz isso uma vez e acaba esse inferno na cabeça da gente. Se querem ouvir som alto até ficarem surdos, vão para o meio do mato. Na cidade, não dá.
Outra coisa, cultura em HIP HOP pirenopolina? Isso é enlatado americano que a televisão quer empurrar na gente goela abaixo. Se você, Rawston, quer mesmo fazer algo para melhorar a qualidade de vida da juventude de Pirenópolis, ensine samba, por exemplo, que é um ritmo nosso e tem raízes no Brasil. Seus conceitos estão errados, por isso você se vê discriminado.
Meu nobre escritor Adriano César, neste momento, também me chamou a atenção os escritos do jovem Rawston. Gostaria de sugerir à ele, obviamente com a sua permissão: "a quem de direito a criação de uma Secretaria Municipal Especial da Juventude", seja pelo executivo local,ou através de Vereadores.(repito que até o momento não conheço nenhum projeto apresentado e aprovado/ou em vigor de vereador desta legislatura na cidade) Ao que me parece,ele procura fugir dessa visão caótica que se tem dado aos programas sociais(se é que eles existem) uma vez que durante o seu desabafo, a ideia que foi passada é que a juventude está sendo encarada de uma forma única, sem que haja respeito e sem nenhuma forma social ou qualquer outra de separação dos jovens no seu mister, como por exemplo: lazer, espaços culturais,um local de encontros e interação para essa juventude, que diga-se de passagem, são extremamente capazes de desenvolver qualquer atividade artistica, cultural, e são bastante inteligentes.
ResponderExcluirJovem é jovem, seja ele quem for, de onde venha, o que faça... seja ele branco, preto, amarelo, azul e pelo menos o Estado nos passou essa visão, e nós, simplesmente aplaudimos essa forma de encarar o jovem e dar a eles seu direito de serem jovens. Mas, todos nós, devemos agir com responsabilidade, com civilidade, respeitando sempre ao nosso próximo, ou seja, o direito dos outros. Já debatemos exaustivamente o problema do som estremecedor dos carros, isso traz para todos os moradores todo tipo de transtornos, e mais ninguém quer isso. Portanto, caro Adriano, devemos nós, que levamos noticias ao povo, ombrear com as causas boas do povo.Para isso, todos os jovens também devem contribuir para a construção de uma Juventude sadia.Com objetivos de impulsionar o desenvolvimento integral e sustentavel da juventude Pirenopolina;
Garantir a Equidade de Oportunidades e Fomentar a Cultura de Paz;
Promover a Cidadania Ativa e a Cultura Juvenil.
Os eixos prioritários para ações estratégicas
A) Impulsinar a Emancipação dos Jovens Pirenopolinos;
B) Promover a Equidade de Oportunidades e as Políticas Afirmativas;
C) Fomentar a Cultura de Paz e da Não Violência ;
D) Fortalecer a Participação Autônoma e Promover a Cidadania Ativa;
D) Apoiar a Livre Expressão e o Desenvolvimento da Cultura Juvenil.
Com este extenso texto, e já te pedindo desculpa pelo alongamento do mesmo,espero ter contribuído de alguma forma como cidadão preocupado com os nossos jovens. Abraço no amigo.
Meu nobre escritor Adriano César, neste momento, também me chamou a atenção os escritos do jovem Rawston. Gostaria de sugerir à ele, obviamente com a sua permissão: "a quem de direito a criação de uma Secretaria Municipal Especial da Juventude", seja pelo executivo local,ou através de Vereadores.(repito que até o momento não conheço nenhum projeto apresentado e aprovado/ou em vigor de vereador desta legislatura na cidade) Ao que me parece,ele procura fugir dessa visão caótica que se tem dado aos programas sociais(se é que eles existem) uma vez que durante o seu desabafo, a ideia que foi passada é que a juventude está sendo encarada de uma forma única, sem que haja respeito e sem nenhuma forma social ou qualquer outra de separação dos jovens no seu mister, como por exemplo: lazer, espaços culturais,um local de encontros e interação para essa juventude, que diga-se de passagem, são extremamente capazes de desenvolver qualquer atividade artistica, cultural, e são bastante inteligentes.
ResponderExcluirJovem é jovem, seja ele quem for, de onde venha, o que faça... seja ele branco, preto, amarelo, azul e pelo menos o Estado nos passou essa visão, e nós, simplesmente aplaudimos essa forma de encarar o jovem e dar a eles seu direito de serem jovens. Mas, todos nós, devemos agir com responsabilidade, com civilidade, respeitando sempre ao nosso próximo, ou seja, o direito dos outros. Já debatemos exaustivamente o problema do som estremecedor dos carros, isso traz para todos os moradores todo tipo de transtornos, e mais ninguém quer isso. Portanto, caro Adriano, devemos nós, que levamos noticias ao povo, ombrear com as causas boas do povo.Para isso, todos os jovens também devem contribuir para a construção de uma Juventude sadia.Com objetivos de impulsionar o desenvolvimento integral e sustentavel da juventude Pirenopolina;
Garantir a Equidade de Oportunidades e Fomentar a Cultura de Paz;
Promover a Cidadania Ativa e a Cultura Juvenil.
Os eixos prioritários para ações estratégicas
A) Impulsinar a Emancipação dos Jovens Pirenopolinos;
B) Promover a Equidade de Oportunidades e as Políticas Afirmativas;
C) Fomentar a Cultura de Paz e da Não Violência ;
D) Fortalecer a Participação Autônoma e Promover a Cidadania Ativa;
D) Apoiar a Livre Expressão e o Desenvolvimento da Cultura Juvenil.
Com este extenso texto, e já te pedindo desculpa pelo alongamento do mesmo,espero ter contribuído de alguma forma como cidadão preocupado com os nossos jovens. Abraço no amigo.
Do jeito que esse moço expõe, o mundo é um lugar sem regras, visando apenas a diversão de poucos em detrimento de muitos. Não concordo em nada com ele. O som automotivo não tem mais espaço no mundo civilizado e por isso deve ser extinto em breve. O cerco se fecha por todos os lugares, não há saída. É melhor procurar outra diversão para passar o tempo.
ResponderExcluirE por falar em diversão, ficar esperando que a administração pública crie lazer satisfatório para ele é uma ilusão sem limites. O jovem é que tem que encontrar seu limite e seu espaço. Isso está dentro da pessoa, não dependente de mais ninguém.
Meu grande amigo Dr. Adriano Curado, é bem verdade que preferências não se impõe, principalmente aos jovens. Não há como forçar um adolescente ou jovem a apreciar seja lá o que for. A discussão a respeito do som automotivo extrapola a esfera da perturbação do sossego e o risco de dano aos casarões. O problema reside no fato de que o jovem de hoje não assimilou a cultura, as artes, a música e por alguma razão perdeu a referência de si mesmo. Talvez a ineficiência dos pais e principalmente do Estado ao educar as crianças e os jovens explique tal fato. Talvez o Estado e os adultos de hoje estejam reclamando a deficiência de um fruto que não prosperou por inépcia da semeadura que lhes cabiam.
ResponderExcluirPor mim prendiam esses carros com som automotivo e vendiam para investir em educação no trânsito.
ResponderExcluirSinto profundamente ter que ser sincera neste assunto,mas diversão nada tem a ver com um volume sonoro que arrebentam os tímpanos.
ResponderExcluirDivertir tem a ver com dançar,ir ao cinema,ao teatro,namorar,ir a festas,entrosamento entre pessoas afins,mas para isso ouvir música num volume decente é o que basta.
Divirtam-se jovens,mas repeitem a maioria da população pirenopolina,que gosta de música,mas num volume decente e saudável.
neusa couto
Bom de prender esses contraventores todos e prender o som. Aí acaba esse inferno na vida da gente. Tenho ÓDIO de som automotivo!
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