quinta-feira, 5 de setembro de 2024

O casarão

Esse lindo e charmoso casarão aí da foto tem muitas histórias. Ele foi de Quim Pereirinha, que depois o doou para a filha Sinhá, que por sua vez casou com o Major Félix Jayme e ali o casal iniciou uma grande descendência. 

Eu me lembro de José Alexandre Afonso (Zé Barbeiro) residindo ali com dona Laís, em uma metade dela, e o Dr. Fernando na outra. No gabinete dentário do Dr. Fernando passei momentos pavorosos da minha infância, não por culpa dele (um grande dentista) mas devido aos medos de infância.

Hoje o casarão pertence à minha amiga @laisdoamaralafonso e está novinho outra vez. Um belo exemplo de preservação do patrimônio histórico em plena rua Direita.

domingo, 25 de agosto de 2024

Pão de queijo

Tive uma infância muito boa. As férias escolares eram enormes e mal terminavam as aulas eu corria para a fazenda do meu avô Zé Lulu. Lá tinha muito espaço e um universo enorme a ser explorado. Com cinco anos eu possuía meu próprio cavalo e labutava tangendo gado no adjutório ao vovô. Mas quando chovia, e naquele tempo chuva era mato, então a gente ficava confinado em casa. Ainda bem que era um casarão enorme, assoalhado de cedro, com janelões que deixava a luz entrar e bagunçar a imaginação da gente. Como demorava semanas para a estiagem chegar, a solução era lavar a roupa e pôr para secar em cima do fogão a lenha, ao lado das linguiças defumadas e dos queijos curados. Meu avô então ria e dizia: “menino, você está cheirando pão de queijo”.

sábado, 10 de agosto de 2024

A igreja dos Pretos


Quando o português Manoel Rodrigues Tomar chegou por aqui em 1727 e descobriu ouro no rio das Almas, mandou vir uma multidão de mamelucos paulistas e escravizados africanos para garimpar. Logo construíram ranchos e depois casarões. O tempo escoou e nasceu uma cidade chamada Meia Ponte, com um belo templo apelidado de Matriz. Ali os escravizados e descendentes não podiam entrar, e então eles se uniram e construíram uma capela no lado oposto, mas com a fachada voltada em desafio para a Matriz. Era a igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, que hoje não mais está lá.  
Esta obra da artista plástica Mara Velvet retrata tudo isso: o azul remete aos azulejos portugueses e a igreja dos Pretos se sobressai ao final da rua do Rosário. Quando se conta a história, a tela é vista com outros olhos.

domingo, 21 de julho de 2024

Nasce uma cidade

Era lá pelos idos de 1727 quando um grupo de portugueses descobriu um brilho dourado incomum na água de um rio e mandou trazer um exército de garimpeiros mamelucos de São Paulo. Logo o garimpo se firmou, o lugar se tornou muito movimentado e era preciso trocar os ranchos por casas mais sólidas. Vieram famílias inteiras com suas mudanças e o ouro trouxe abundância e barulho enquanto durou. Assim nasceu Pirenópolis e seu casario colonial.

Arte Mara Velvet 

domingo, 23 de junho de 2024

A coração sob espadas

Essa é uma cerimônia extinta da Festa do Divino. Acontecia no domingo à noite. O Imperador era sorteado mais cedo e após as cavalhadas os cavaleiros mouros e cristãos se perfilavam na Matriz e desembaiavam as espadas. Então o festeiro daquele ano passava por debaixo das lâminas com a coroa na cabeça e o padre o destituia do cargo e coroava o do ano seguinte. 

Na foto, de vermelho, está Zé Lulu como rei mouro e Fiíco da Babilônia como seu embaixador. De azul, Lalau como rei cristão e Dito Zafá, seu embaixador.

sexta-feira, 14 de junho de 2024

O tempo

Fico de cá assuntando essas ruas antigas de pedras desgastadas pelo passar do tempo, riscadas pelos cascos das montarias,  cavalos e mulas conduzindo sonhos, acariciadas pelo vento da Serra dos Pireneus. Vejo esses casarões de mãos dadas, entrelaçados pelo destino e condenados a passar a eternidade juntos. Daí me vem a curiosidade de saber quantos seresteiros vagaram por ali nas noites enluaradas, violão da algibeira à cata da janela onde repousa sua amada. Quantos enredos de muitas histórias já foram encenados nas madrugadas da vida e a borracha do tempo deixou para sempre no anonimato!

quinta-feira, 30 de maio de 2024

Procissão de Corpus Christi

Belos tapetes de flores na Procissão de Corpus Christi pela rua Direita em Pirenópolis. 

Foto: Nivaldo Click Fotos

sexta-feira, 17 de maio de 2024

A cidade está em festa

A cidade está em festa! Estouram no céu azulado da seca o pipoco dos fogos e as vidraças dos casarões tremem. Tem cavalhadas no campo e não demora para ver o povo subir em animada cantoria. O Imperador se prepara para o cortejo imperial e a banda ensaia pela derradeira vez. Cavaleiros e mascarados dividem o espaço nas ruas estreitas e à noite tem Pastorinhas no teatro. Enfim, a cidade está em festa!

terça-feira, 7 de maio de 2024

101 anos

Há exato um ano fizemos uma homenagem ao meu avô José de Pina (Zé Lulu) no dia do seu centenário. Ele interpretou por muitas décadas o rei mouro nas cavalhadas de Pirenópolis e então decidimos disponibilizar um espaço em nossa casa para expor seus pertences. Localizamos também os cavaleiros remanescentes de sua época e revivemos velhos causos de tempos idos. Foi muito gratificante. 

Saíram as folias

As folias saíram. Uma gira a zona urbana e a outra a zona rural. Muita cor, cantoria e fé. Ao final, os donativos arrecadados serão entregues ao Imperador. 

Foto: Conexão Piri 

sexta-feira, 26 de abril de 2024

Manhã de domingo

Adentra lentamente a luz do sol pela vidraça e sorrateiro vem  serpenteando em minha direção. Não me dou conta de suas intenções porque estou adormecido numa manhã de domingo. Mas ele é persistente e não desiste de sua pretensão. Então finalmente me alcança e sem a menor cerimônia derrama luz no meu rosto exposto. Abro os olhos meio perdido e ainda com os resquícios da serenata da madrugada. Fazer o quê? Vou lá na feira tomar suco de laranja com pastel.

domingo, 21 de abril de 2024

O Carmo

A velha igreja do Carmo, tão nostálgica e pequenina, para mim é a mais charmosa. Disseram os antigos que um minerador rico chamado Frota mandou construi-la para que sua família assistisse missa sem precisar ir até a Matriz. Hoje seu interior abriga um museu sacro.

terça-feira, 16 de abril de 2024

Recontando histórias

Entremeio a muro velho de adobe, casarões caducando e o verde dos quintais, vamos contando e recontando a história deste poético lugar.

segunda-feira, 15 de abril de 2024

As verônicas

Uma das atrações da Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis está na culinária. No Domingo de Pentecostes o festeiro (Imperador) sai pelas ruas da cidade em animado cortejo e recebe a população em sua residência servindo as verônicas (@veronicas_pirenopolis) como essas das fotos. Elas são uma espécie de alfenim feito de açúcar, moldado em forma de alumínio e com gravuras de temas religiosos. É um mimo precioso e bonito.

terça-feira, 9 de abril de 2024

Viva o agora

A paisagem nunca se repete porque o que vemos depende da luminosidade, dos contrastes e até do nosso humor. Por isso é que cada dia é um dia diferente e jamais teremos a repetição do hoje. Viva o agora sempre. Você ainda não tem o amanhã e o ontem já não importa mais.

segunda-feira, 1 de abril de 2024

As crenças e a cultura

As manifestações culturais nessas cidades históricas e antigas sempre estiveram atreladas à religiosidade de alguma forma. No caso da Semana Santa há a banda de música que toca velhas composições, o coral que interpreta canções que despertam na gente emoções singulares e os próprios ritos da igreja Católica. Daqui a pouco chega a festa do Divino e aí há uma mescla maior de folguedos que nos remete a tradições que vêm de séculos. E em torno de tudo isso está um templo, uma crença ou um dogma que necessita ser seguido.

Empadão no Natal

Uma curiosidade interessante sobre nossa cidade é que o pirenopolino antigamente só comia empadão no Natal. Não se achava sequer para comprar fora dessa data. Foi a chegada do turismo que mudou isso porque daí abriram comércio que oferecia o ano todo. E o nosso é diferente, por exemplo, do empadão da Cidade de Goiás, que é servido com muito caldo e se come com colher.

terça-feira, 12 de março de 2024

A Janela

As janelas dizem muito das casas e do astral de seus habitantes. Detrás dessa aí certamente que habitam pessoas felizes, plenas e realizadas. E a felicidade não cabe nos limites de nós mesmos, precisa ser compartilhada, divulgada e expandinda.

O Viajante


O viajante chegou da longa caminhada. Traz na bagagem o que viu e vivenciou e no corpo o pó da estrada. Apeou da montaria há pouco e está sedento por água fresca, afeto renovado e afagos familiares. Todos querem ouvir suas histórias, saber das novidades em terras distantes e trocar dois dedos de prosa. Mas ele quer apenas o sossego e o silêncio. 

Santa Dica

Eu valorizo as mulheres fortes, empoderadas e ousadas. E uma delas é Benedita Cipriano Gomes, também conhecida como Santa Dica. Ela era a líder espiritual de uma pequena comunidade, desafiou os coronéis, mudou a ordem política local e chegou até a formar um pelotão de soldados camponeses para combater na revolução paulista. Vale a pena conhecer sua história. Agora, em comemoração ao seu aniversário de 119 anos, será realizado um grande e merecido evento.

domingo, 10 de março de 2024

Os becos

Entre as estranhas novidades da modernidade está o fato de becos serem chamados de travessas. Mas isso não me importa porque para mim becos são becos e pronto. E é nos becos que a magia acontece...! Estreitos e convidativos, a meia luz amarelada das candeias insinuando mosaicos nos contornos, e quando aparece a lua então... meu Deus! Isso faz dos becos (ops! - travessas) o lugar preferido dos amantes enamorados, dos boêmios embriagados e dos nossos fantasmas mal exorcizados. 

terça-feira, 5 de março de 2024

Tempos de Outrora

Ah velhos tempos de antigamente...! Havia por aí um romantismo no ar, violões espalhavam no arrebol notas musicais em tom menor e poesias cruzavam o céu em revoadas de alegria! Pelas janelas espiavam olhos sedentos por novidades e volta e meia alguém aparecia para visita recebida com café e sequilhos. Era assim o tempo de outrora.

sexta-feira, 1 de março de 2024

O tempo da saudade


Houve um tempo em que as sinhás caminhavam por estas velhas ruas com sombrinhas rendadas e vestidos longos, os coronéis tramavam na alcova manobras políticas e a meninada corria descalça nas lúdicas brincadeiras de infância. Agora esse tempo se chama somente saudade!

Foto e texto: Adriano Curado 

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Os Escravizados


Esse quadro de Mara Velvet (@maravelvetart) me emociona a cada vez que o contemplo. Ele narra a saga triste dos nossos irmãos africanos que foram escravizados e forçados a trabalhar pelo enriquecimento de uma elite. Não lhes deram opções na vida e nem lhes perguntaram o que desejavam. Foram subjugados pela força do chicote e das armas. O legado do seu suor está por aí espalhado por este imenso Brasil e também por Portugal. Parabéns à artista pela sensibilidade e coragem de abordar esse espinhoso tema.

domingo, 25 de fevereiro de 2024

Imagem desafiadora

Tem imagens que desafiam a gente. O casarão é lindo mas está naquele meio termo entre luz e penumbra. Há árvores por todo lado e os raios solares entram pelas frestas das folhas. Então tem que ser malabarista para ajustar a lente da câmera. Foi o melhor que consegui nesse cenário.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Os Cocás

Minha avó Maria tinha uma fazenda e o vaqueiro um dia chegou com ovos de cocá (galinha d'angola). Pôs para chocar numa galinha e logo estava cheio de pintinhos para todos os lados. Eles cresceram e a população só aumentou. O bicho faz uma barulheira tremenda e é muito arisco. Um dia esse vaqueiro resolveu ir embora e disse que havia contado os cocás. Calculava uns 300. Falou então que faria uma promoção. Um real por cabeça. Minha avó olhou para ele, depois para os bichos e respondeu: não tenho interesse, pode levar com você. Estão lá até hoje e só aumentando. 

Tela da artista plástica Mara Velvet 

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024

Nevoeiro no Morro do Frota


O morro do Frota desapreceu por completo entremio à neblina que surgiu após a chuvarada da madrugada. Isso é a natureza que vive e segue seu ciclo. As bacias subterrâneas se enchem, transbordam e vão garantir que as nascentes continuem a fluir na seca que não tarda.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

A janela da alma

Pelas janelas da alma espiamos o mundo lá fora, pondo sentido nos vultos que transitam pela nossa vida e assuntando intenções diversas. Às vezes convidamos alguém a entrar, sentar-se à mesa e trocar dois dedos de prosa. Noutras trancamos as portas desconfiados e ariscos. Mas o sol sempre volta a brilhar e então abrimos outra vez a tal janela nos expondo ao mundo. Essa é a essência da vida!

Aqui é a terra

Aqui é a cidade dos becos apertados e ruas tortas, do calçamento de cacos de pedras extraídas logo ali naquele morro machucado pelas explosões. Aqui é a velha Meia Ponte de muitas histórias, algumas alegres e outras trágicas, dos tempos dourados da fartura do ouro até a chegada descontrola dos especuladores. Aqui é a terra dos descendentes das três raças e da arquitetura herdada dos arquitetos de além-mar. Aqui já foi cenário do extermínio de grandes nações indígenas e do martírio dos africanos escravizados. Somando tudo isso e muito mais podemos conhecer uma pequena fração de Pirenópolis. 

domingo, 18 de fevereiro de 2024

O Céu Mascarado


A mais nova obra de arte de Mara Velvet (@maravelvetart) se chama O Céu Mascarado e ainda está secando a tinta. O conceito dessa tela, muito além de sua beleza, é interessantíssimo por remete ao lúdico. A artista especula onde fica a fantasia dos atores da Festa do Divino Espírito Santo enquanto as festidades não se iniciam. E elas certamente ficam aí mesmo, no coração (o céu) de cada um de nós. 

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

O guerreiro

Acaricia seu corcel de lendas, ó destemido guerreiro, e saiba que a vitória é certa para aqueles que nela creem. Não importa a tamanho das tropas inimigas e nem seu poderio de ataque, se você se mantiver firme no seu propósito, alçará sua bandeira na mais alta torre do castelo a ser conquistado.

Imagem: óleo sobre tela da artista plástica Mara Velvet (@maravelvetart) exposto no Memorial do Centenário de Zé Lulu.

Texto e fotografia @adriano.curado

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Arrebatamento


O amor chega assim devagarinho,
Perspicaz, sorrateiro,
Avança pelas brechas do coração,
Semeia sutis sensações,
Plenitude de ampla emoção.
Quando damos fé 
Já se instalou confortavelmente
Na mente da gente.
Agora a casa é sua, cavalheiro!
Teremos festas, banda, alegria,
E no instante derradeiro,
Quando o sol ameaçar retornar,
Varrendo estrelas do firmamento,
Trancaremos as portas,
Nos livraremos das chaves,
Viveremos o arrebatamento.

Poema e foto: Adriano Curado 

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

A Rua Aurora

A rua Aurora é uma das minhas preferidas. Fica pro nascer do sol e antigamente era a primeira a receber as luzes da alvorada. Daí provavelmente vem seu nome. Aqui estão alguns dos mais belos casarões de Pirenópolis. Mas infelizmente a cidade para o preço pelo crescimento desordenado do turismo e a Aurora não saiu ilesa. Pouco a pouco as famílias estão se mudando e o comércio toma conta.

domingo, 11 de fevereiro de 2024

A rua do Rosário


A rua do Rosário é uma das mais antigas de Pirenópolis e nela se passaram importantes acontecimentos da nossa história. Quando a cidade ainda sofria com a poeira de suas vias de terra, ela já era calçada. Ali o homem mais rico de Goiás na época, o coronel Chico de Sá, construiu seu requintado solar. Quando os bares e restaurantes chegaram, a parte dela que vai do largo até a praça passou a ser chamada pelos turistas de rua do Lazer.

O desenho é da artista plástica Mara Velvet (@maravelvetart) e mostra a rua na atualidade.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

Um exemplo a ser seguido

Essa é uma jovem casa e foi construída recentemente. Está na rua Pireneus, fora do Centro Histórico de Pirenópolis-GO. Seu proprietário, que comprou um terreno vazio, poderia ter edificado aí uma construção moderna, mas optou por fazer algo que afinasse com o estilo colonial da cidade. Esse é um exemplo a ser seguido.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

Simplicidade

A beleza da vida não está nas coisas glamorosas ou espetaculares, mas sim na simplicidade que enche os olhos e muitas vezes passa despercebida.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Patrimônio Imaterial

As manifestações da cultura popular são a verdadeira riqueza de uma sociedade. Quando o povo espontaneamente expressa seus saberes e sua cultura através do folclore, seu meio social se engrandece e ganha vida. Por isso é preciso preservar também o patrimônio imaterial.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Abstrato

No geral Mara Velvet (@maravelvetart) é conhecida pelas pinturas da arquitetura e folclore da cidade de Pirenópolis. Mas ela é muito mais que isso. E um estilo seu que poucos conhecem mas eu gosto muito é o abstrato. A tela da foto enfeita a parede do meu escritório. Às vezes eu vejo nela o entardecer e noutras pessoas que caminham numa praia. O bom do abstrato é que o artista delega ao observador a oportunidade de interagir com a obra.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

O Fusca

O Fusca faz parte do cenário pirenopolino. Teve época que havia tantos que a cidade passou a ser apelida de capital nacional do Fusca. Tem até um mecânico que só conserta esse tipo de carro. É o Biti, que apesar dos 80 anos ainda pode ser visto na rua Nova labutando com essas relíquias.

Contei isso para dizer do simbolismo dessa tela de Mara Velvet (@maravelvet2023). E notem que na direção está um mascarado, que é personagem emblemático das Cavalhadas. Suspenso por balões eles sobem ao céu envoltos nas bandeirolas da festa do Divino Espírito Santo.

domingo, 21 de janeiro de 2024

O sobrado de Luiz Curado

Esse sobrado foi construído por meu tio-avô Luiz Fleury de Campos Curado. Ele morava no primeiro andar e no térreo funcionava sua casa comercial. Embora destoe do conjunto arquitetônico de Pirenópolis, é uma construção bonita e já faz parte da nossa história.

Veiga Valle em Meia Ponte

Nesta casa na rua Direita José Joaquim da Veiga Valle (1806-1874) morou com sua primeira esposa na então Meia Ponte. O nome dela era Francisca da Costa Abrantes e eles geraram cinco filhas: Ana, Flórida, Serafina, Antônia e Francisca. Quando se mudou para a Cidade de Goiás em 1841, Veiga Valle doou a casa para Francisca. 

Semana Veiga Valle

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

Os casarões

O sol reina soberano lá nas grimpas da abóbada celestial e cá abaixo, como que alheios ao restante do universo, os casarões fofocam o cotidiano da velha cidade. Que será que contam uns aos outros? Quais segredos inconfessáveis terão para compartilhar entre si? Não se sabe. São confidências encarceradas entre paredes de abode.

Pintura de Mara Velvet


domingo, 7 de janeiro de 2024

Os garimpeiros

Esse quadro de Mara Velvet (@maravelvet2023) vai ilustrar a capa do meu próximo livro. Eu vejo nele uma cena interessante retratando os primeiros momentos da história de Meia Ponte (hoje Pirenópolis), que nasceu de um garimpo ainda no século XVIII. Os garimpeiros de cabeça baixa se concentram na labuta com as bateias e sonham com o dourado do ouro que as águas do rio das Almas ocultam. Uma obra de arte nascida da sensibilidade de quem tem talento.

quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

Coreto abandonado


O coreto da praça Central de Pirenópolis, próximo a monumentos históricos, virou abrigo de moradores de rua. Ali eles pernoitam, fazem suas necessidades e espalham todo o lixo do que consomem. São alimentados pelas sobras dos restaurantes e recebem doações de roupas dos moradores da vizinhança. Outro dia um bateu aqui na porta de casa e pediu para carregar o celular (mais moderno que o meu) na tomada. Nem sei o que pensar disso.

A indígena


Este quadro foi pintado por minha esposa que tem o nome artístico de Mara Velvet. Ele é muito representativo por homenageia os indígenas, gente que já habitava estas terras muito antes do colonizador. 

Minha cidade

Como é linda a minha cidade, com seu casario colonial, suas ruas de pedras e sua gente hospitaleira! Muito orgulho de viver aqui.