sexta-feira, 1 de julho de 2011

Bidoro

SÉRIE BIOGRAFIAS

SEBASTIÃO PEREIRA
(BIDORO)



     Sebastião Pereira (Pirenópolis, 14.1.1928 – 2.2.2008) foi um grande músico pirenopolino, membro da Banda Fênix, do Coro e Orquestra Nossa Senhora do Rosário, da Orquestra Sinfônica de Goiás e fiscal arrecadador estadual de Goiás.


Em apresentação já idoso

     Conhecido como Bidoro, era o sexto de 14 filhos (8 mulheres e 6 homens) de José Pereira e Auristela Dijanira Pereira. Desde pequeno se manifestou como criança prodígio, pois subia em mesa e cadeira para pegar escondido a viola que o pai tinha dependurada na parede, com cordas de tripa, para dedilhar e assim aprender a tocar sozinho.


Bidoro ao centro, em foto de João Basílio

     Bidoro se casou com Wilmia Luzia de Pina (Mica), no dia 25.09.1954, num sábado. O casamento civil foi as 16h00 e o religioso uma hora mais tarde, com direito a banda de musica na festança. O casal teve 5 filhos, na seguinte ordem cronológica: Ana Selmia Pereira, Wilmia do Rozario Pereira de Carvalho, José Wilsom Pereira, Henrique Tadeu Pereira e Guilherme Pereira.


Em apresentação na visita de JK a Pirenópolis

     Sua mãe, Dijanira, tocava um pouco violão e, ao ver que o filho se interessava por música, ensinou para ele algumas notas. Daí para a frente, Bidoro pode ser considerado um autodidata, pois passou a dedilhar o braço do violão orientado unicamente pelo impecável ouvido. O desenvolvimento do seu dom artístico foi estupendo, e ele, curioso como era, começou a estudar sozinho a teoria musical. Seu pai, José Pereira, por ser comerciante, ia sempre a São Paulo comprar mercadorias para a loja e trazia partituras para o filho.

Bidoro na juventude


    O gênio em seu interior era impulsivo e indomável, então Bidoro o libertou, deixou que a música fluísse naturalmente pela sua alma artística. E foi assim que, sem nenhuma orientação técnica, guiado apenas pela curiosidade e pelo talento, passou a tocar, além do violão, contrabaixo, cavaquinho, gaita e bandolim, tudo de ouvido, seguindo aquela velha intuição que consagrou Pirenópolis como “o berço da música goiana”. Mais tarde, tocou rebecão por bastante tempo no coro da Igreja Matriz, nas novenas e missas solenes. Como membro da Banda de Música Fênix, tocava bombardino. Bidoro foi também membro da Orquestra Sinfônica de Goias, quando Braz Wilson Pompeu de Pina Filho era regente.


Em 1970, Bidoro toca guitarra no Conjunto Clóvis Roberto

     Quem teve o prazer de desfrutar de sua companhia engraçadíssima, sempre de bom humor e com um trocadilho na ponta da língua, não se esquece mais. Como inesquecível era também vê-lo “tocar” em uma folha de roseira, da qual tirava um som incrível, interpretando lindas canções.


Com a filha Ana Sélmia

     Quando ainda jovem, Bidoro era bastante requisitado pelos rapazes pirenopolinos, que desejavam impressionar suas amadas com belas serenatas. Então ele interpretava com seus dedos ágeis, o cancioneiro popular em moda na época, sempre com malabarismo de ritornelo entre uma posição e outra. O sucesso foi tanto que ele passou a tocar também em festas particulares nas casas.


Casa na Rua Nova onde morou Bidoro

     Certo dia, contratado para uma festa em casa de umas moças na Rua do Carmo, ele foi convidado para ir tocar. Mas como ficava sem graça, pois era só ele e o violão, seu pai, José Pereira, adaptou no braço do instrumento uma gaita, e Bidoro, sem sapato, colocou um chocalho no dedão do pé para fazer o acompanhamento. Dizem os antigos que foi um bailão animado, embora muito engraçado.


Com a família na década de 1980

     Em Pirenópolis, Bidoro se consagrou como um grande violonista, intérprete de inesquecíveis apresentações. Por esse motivo era contratado para tocar em casamentos e outras festas também em outras localidades, como Jaraguá, Goianésia, Caldas Novas, Anápolis e Goiânia. E foi esse sucesso que o levou a tocar para Juscelino kubitschek, quando era presidente da Republica e esteve em Pirenópolis, no princípio da década de 1960, ao lado de Ita e Alor de Siqueira, com quem faria uma longa parceria musical.



Bidoro, Ita e Alaor
     
     Ita e Alaor de Siqueira, após a morte de Wilson Pompeu de Pina, passaram a coordenar o tradicional teatro de revista chamado As Pastorinhas, que todo ano está inserido na programação da Festa do Divino, e Bidoro era membro efetivo da orquestra que sempre acompanhada as apresentações.



Tocando com o irmão Aleixo (acordeon) no Araguaia

     Foi contrabaixista do conjunto musical Clóvis Roberto, e também no conjunto Entre Parentes, do irmão Aleixo Pereira, grande músico ao acordeom. A convivência dos irmãos Bidoro e Aleixo era linda, eles se entendiam com um olhar quando tocavam juntos. Amanheciam o dia tocando e saboreando uma boa pinguinha. Às vezes eles discordavam nos tons, mas era muito engraçado, porque se acertavam logo. Nas reuniões da família Pereira, os dois eram a festa, Aleixo com suas piadas e Bidoro com caretas, criticando as moças feias que passavam. E vez por outra Bidoro dizia: “preciso molhar a garganta”, e dava uma talagada na pinga ou no uísque, bebidas que muito apreciava, mas sem exageros.

     Bidoro e Aleixo marcaram gerações pirenopolinas ao interpretar antigas valsas, boleros e tangos consagrados. Cantavam em dueto madrugadas adentro, invertiam as vozes, brincavam com os instrumentos. Pirenópolis tem talento de sobra!

Bidoro e Euler Amorim

     Quando Bidoro ia a alguma festa que não fora contratado ou convidado a tocar, se por ali havia um conjunto ou alguém tocando, ele dava um jeitinho de cantar ou de fazer acompanhamento no violão alheio, tamanha sua paixão pela musica. Tinha um ouvido privilegiado e notava na menor desafinação, então torcia o nariz e podia-se ler em seu olhos a vontade de intervir, mas como era extremamente educado, ficava em silêncio. Esse bom ouvido lhe dava gabarito inclusive para afinar piano.


Curtindo o Araguaia

     Para finalizar, lembro de um causo verídico que se tornou folclore em Pirenópolis. Certa vez, quando as filhas de Bidoro eram solteiras, um grupo de rapazes resolveu homenageá-las com uma serenata. Lá pelas tantas, eis que aparece o dono da casa, vestido de pijama e com uma cara enrugada. Os rapazes, apavorados, pensaram em correr, mas Bidoro os tranquilizou: “Calma, gente. Está tudo muito bom, vocês cantam bem, mas dá aqui o violão que vou afiná-lo”. Então tomou o instrumento dos moços, afinou rapidamente, devolveu e completou: “Pronto, podem continuar”. E voltou para a cama.


Bidoro, Clóvis, Aleixo, Ita e Alaor

     Bidoro era cardíaco, usava marcapasso no coração, e disso morreu, aos 80 anos bem vividos, no dia 2 de fevereiro de 2008. Deixou muita saudade em Pirenópolis e é merecedor de figurar entre os biografados neste blog.


Observações:

- Este texto é baseado na biografia que Ana Selmia de Pina, filha de Bidoro, escreveu e gentilmente me enviou. A ela, minha grande amiga, meus agradecimentos.

- As fotos aqui publicadas foram gentilmente cedidas por dona Mica, viúva do Bidoro, e pertencem ao acervo da família Pina Pereira.


Adriano César Curado

24 comentários:

  1. UIARA PEREIRA DE PINA1 de julho de 2011 às 11:59

    Poxa primo querido!Eu não tenho nem palavras para dizer sobre o que acabo de ler.Aliás as palavras me faltam agora e só sobressaltam as lágrimas. Mas enfim, este era meu vô querido, meu vô BIDORO que com tanta felicidade eu passava as férias em sua casa, por várias vezes cantando juntos, e das netas eu era única que pegava em seu violão.E era gratificante ouvir meu avô dizer "Uiara você tem o dom do ouvido", pois quando alguma música faltava algum tom, eu logo reclamva, e ele ria, com aquele sorriso de "criança inocente" e como quem queria me dizer o quanto estava feliz por eu estar perto dele. E como aproveitei primo, como desfrutei daquela prazerosa companhia, passar férias com meu avô era melhor coisa da minha vida. E quando ele me dizia: "ahhh vamos almoçar hoje em Anápolis?"kakakak e pegávamos seu golzinho quadrado e íamos, almoçávamos e voltávamos para Pirenópolis, durante o caminho até Anápolis ele completava "você dirige igual sua mãe, e confio plenamente em vocês duas quando estão dirigindo para mim". Enfim primo, é tão emocionante falar do meu avô que ao escrever eu choro de lembrar que só passei coisas boas e maravilhosas ao lado dele, meu segundo pai. No araguaia me carregava no colo para poder entrar na parte funda do rio, na canoa cantarolava para que eu pudesse pescar mais peixes. Quantas lembranças do meu vô BIDORO, quantas mesmo, o meu peito chega arde de saudade. Nas minhas férias o prazer do meu avô era comprar coca-cola em garrafinha de vidro para mim, quando eu chegava ele logo dizia: "adivinha que comprei para você, tá na geladeira", poxa vida. Saudade que não tem fim essa primo, toda vez que falo do meu avô a emoção vem a tona, é difícil conter, um homem, um pai, um amigo, um irmão, um companheiro e um avô que todos deveriam ter conhecido.Ai primo, é difícil, queria falar mais, mas já estou muito emocionada. Obrigada por este blog feito merecidamente ao meu avô, um homem que jamais poderá ser comparado, um avô insubstituível, o meu amigo que sempre foi, era a única pessoa, depois da minha mãe é claro, que eu poderia me abrir e ele dizer "filha não fica assim, tudo se resolve, é só cantar" akkaka....só ele mesmo. Obrigada primo, de coração. Onde quer que meu avô esteja, sei que está bem melhor do que nós, e muito feliz, alegrando aquele céu com sua voz e sua melodia. "Nada além, nada além de uma ilusão, chega bem, que é demais para o meu coração, acreditando em tudo o que o amor, mentindo sempre diz, eu vou vivendo assim, na ilusão de ser feliz...Se o amor só nos causa sofrimento e dor, é melhor, bem melhor a ilusão do amor,eu não quero e nem peço para o meu coração, nada além de uma linda ilusão...." TE AMO VÔ QUERIDO, O TEMPO QUE PASSEI COM O SENHOR FOI INEXPLICAVELMENTE MARAVILHOSO.FICA COM DEUS VÔ.

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  2. Adriano querido,o que mais posso lhe dizer senao muito obrigada, por se lembrar com tanto carinho do meu pai? Porque falar do meu pai e como ouvir o sino da Matriz em dias festivos, e ouvir violinos a tocar, e sentir o cheiro do mato, e ouvir o hino dos Pireneus, e enfim ouvir a cancao: " se queres compreender o que e saudade....." Obrigada de coracao.

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  3. Eu conheci demais o Bidoro, adora ouvir seu violão cheio de ritornelos e acordes redondinhos, maravilhava-me seu constante bom humor e causos engraçados. Até parece que ele está ainda entre nós e que é só ir lá na rua Nova para reencontrá-lo. Parabéns pela postagem, poeta.

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  4. Homenagem merecida. Belo texto, bela história, saudoso personagem...

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  5. Pirenópolis de grandes talentos, de pessoas memoráveis e de rica história. Bidoro já estava mesmo merecendo uma biografia à altura da sua grandiosidade. Agora está completo.

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  6. Wanessa de Carvalho1 de julho de 2011 às 14:22

    Adriano, essa homenagem ao "Seu Bidoro" como eu carinhosamente o chamava me fez lembrar bons momentos de minha infância e juventude...como era bom ouvi-lo tocar seu violão, como era gostoso chegar em sua casa com a prima Uiara para visitá-lo e ser recebida com um carinhoso abraço...quando tinha 7 ou 8 anos eu acho, em uma das visitas a sua casa com a Uiara e a Tia Selmia, eu perguntei se poderia chamá-lo de avô, já que não tinha mais nenhum avô vivo...não sei se fiz esse pedido por sentir falta de um avô, ou por ver a Uiara o chamando de "Vô Bidoro" ou pelo carinho e atenção que ele sempre me tratava...e depois disso, passado os anos, sempre que tinha a oportunidade de vê-lo, ele fazia questão de me lembrar dessa bonita passagem...
    Parabéns pela homenagem feita a tão ilustre pessoa, que com certeza vai fazer muita gente sentir saudade..."então compreenderás o que saudade, depois de ter perdido um grande amor, saudade é solidão melancolia, é nostalgia, é recordar...viver".

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  7. Bidoro. Bidoro. Bidoro. Que dizer dessa pessoa sensacional, de quem todo mundo só fala bem?! Esquecendo o músico, que é sua parte mais conhecida, quero recordar que ele era um grande companheiro de pescaria, um amigo para a gente bater papo na praça Central à tarde, um dedicado pai de família, que procurava resolver os problemas dos filhos com dedicação de carinho. Ó saudade!

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  8. Gregory M. Carvalho1 de julho de 2011 às 16:21

    Obrigado, Adriano. De cá - neste exato momento mergulhado no trabalho - fiquei emocionado com o texto. ("mió que lima no quintal de Asdrubal").

    Vivas ao VôBidoro.

    Gregory

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  9. Seu Bidoro fez história em Pirenópolis e deixou boas lembranças. Mas agora eu indago se as novas gerações saberão levar adiante essa herança rica que é a cultura pirenopolina.

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  10. Gostava desse velhinho simpático, que tocava nas Pastorinhas e sempre brincava com todo mundo. Fiquei muito triste quanto ele foi passear lá perto do Papai do Céu. Mas agora estou alegre porque vc prestou a ele uma justa homenagem.

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  11. Engraçado como algumas pessoas deixam um rastro de boas lembranças no caminho... Bidoro era irmão da minha avó, muito queridos, os dois. Ótima biografia. Parabéns.

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  12. Caríssimo poeta e confrade,

    Exalto, de coração, a sua iniciativa de divulgar, neste blog, biografias de grandes pirenpolinos que fizeram história por sua grandeza, sem medi-los pelo poder de pecúnia ou de política. Refiro-me, é claro, aos talentos artísticos.
    Acabo de ler sobre Sebastião Pereira, o nosso Bidoro. Homem de talentos incríveis para a música, como você bem conta aqui, com o luxuoso auxílio de Ana Selmia, a filha carinhosa, avalizada pela neta Uiara de modo tão sensível, emocional!
    Jamais me cansei de ouvir Bidoro tocar. Jamais me cansei de ouvi-lo em longas prosas, regadas a sorrisos carinhosos que só podiam acontecer quando brotados de um coração terno como aquele! Um poeta de acordes, o Bidoro!
    Lembro que, lá pelos meus cinco anos de idade, isto é, por volta de 195o, vi meu pai embalar seu violão preto, com uma estrela branca de muitas pontas em torno da boca; "Vendi ao Bidoro", sintetizou meu pai. Ouvi dizer, recentemente, que esse violão ainda existe, em posse de um dos descendentes do saudoso instrumentista!
    Era primo de meu pai. Um primo de quem muito me orguhlo!

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  13. UIARA PEREIRA DE PINA4 de julho de 2011 às 09:36

    Ana Flávia!Bom dia.Li seu depoimento, e só lhe digo uma coisa, a nova geração poderá até continuar, mas tocar como meu avô aí já é pedir demais rsrrsrs...Ele não tocava, ele presenteava o violão com aqueles dedos mágicos não é mesmo, é impossível tocar como ele viu rsrs...Obrigada

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  14. Fernanda Abreu Martins8 de julho de 2011 às 15:11

    Eu adorava escutar o violão do senhor Bidoro. Quando ele aparecia numa roda, era só alegria, com seus dedos ágeis e mágicos. Faz muita falta sua ausência. Pirenópolis perdeu muita gente talentosa ultimamente, e não vejo substitutos.

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  15. Privilégio meu! Ganhei do meu tio Bené um DVD que vale como precioso documento! Bidoro, Aleixo e meu pai numa noite de violóes e acordeon, em Caldas Novas (casa de Helena Pereira); ouvinte especial: Ita Pereira!

    Faço-lhe uma cópia, Adriano!

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  16. Vânia Lúcia de Assis25 de julho de 2011 às 17:35

    Quem ouviu Bidoro tocar sabe que será difícil aparecer em Pirenópolis outro músico com o seu gabarito. Ainda mais se considerarmos que as novas gerações não são nem sobra das mais antigas.

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  17. Que saudades! Que pessoa maravilhosa "Seu Bidoro". Grande amigo de meu pai e eu adorava suas visitas, pois quando ele chegava ia logo pegar o violão para ele tocar e eu cantar, logo que terminava ficava esperando anciosa os elogios que ele nunca deichava de pronunciar.
    Agradeço a Deus por ter me dado este previlégio e seu que ele está em um bom lugar ao lado do Supremo Pai.
    Saudades!

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  18. Que saudades! Que pessoa maravilhosa "Seu Bidoro". Grande amigo de meu pai e eu adorava suas visitas, pois quando ele chegava ia logo pegar o violão para ele tocar e eu cantar, logo que terminava ficava esperando ansiosa os elogios que ele nunca deixava de pronunciar.
    Agradeço a Deus por ter me dado este privilégio e seu que ele está em um bom lugar ao lado do Supremo Pai.
    Saudades!

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  19. Os grandes homens merecem grandes biografias!

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  20. Geovanna Dias Vieira25 de junho de 2012 às 17:47

    Tocava bem o violão e era simpático com a gente.

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  21. Foi um exímio músico, bom profissional na área fiscal e ainda amigo dos amigos. Um homem que só deixou saudades e boas recordações. Meus parabéns por homenageá-lo.

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  22. UIARA PEREIRA DE PINA3 de agosto de 2012 às 16:56

    Primo, sempre quando entro em seu blog, nunca deixo de passar por esta homenagem ao meu avô, e lendo tudo sempre choro...quanta saudade, o queria de volta, muito mesmo, mas não podemos ser egoístas devemos deixá-lo descansar...Enfim,só sinto muitas saudades, até hoje vejo fotos,escuto suas músicas, caio no choro, é difícil ficar sem meu Vô Bidoro...muito difícil uma das piores perdas de minha vida.

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  23. Escritor Adriano, grandes músicos pirenopolinos, do calibre de Bidoro, deveriam ter um registro de áudio e vídeo arquivado em um museu da imagem e do som. Preciosidades históricas como essas não podem se apagar no tempo. Tenho certeza que restaram poucas filmagens dele em apresentação. Fica aqui uma sugestão ao pirenopolino que, como você, ama história.

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  24. Fabiano, minha avó tem excelentes gravações ainda em fitas cassete também acredita.Vale a pena mesmo.E eu primo Adriano, muito relapsa com seu blog, estava estudando, mas como eu digo, sempre que entro no seu blog não deixo de passar nessa homenagem ao meu vô.Saudades eternas daquele homem tão íntegro.Saudade vô.

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