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domingo, 23 de junho de 2024

A coração sob espadas

Essa é uma cerimônia extinta da Festa do Divino. Acontecia no domingo à noite. O Imperador era sorteado mais cedo e após as cavalhadas os cavaleiros mouros e cristãos se perfilavam na Matriz e desembaiavam as espadas. Então o festeiro daquele ano passava por debaixo das lâminas com a coroa na cabeça e o padre o destituia do cargo e coroava o do ano seguinte. 

Na foto, de vermelho, está Zé Lulu como rei mouro e Fiíco da Babilônia como seu embaixador. De azul, Lalau como rei cristão e Dito Zafá, seu embaixador.

sexta-feira, 14 de junho de 2024

O tempo

Fico de cá assuntando essas ruas antigas de pedras desgastadas pelo passar do tempo, riscadas pelos cascos das montarias,  cavalos e mulas conduzindo sonhos, acariciadas pelo vento da Serra dos Pireneus. Vejo esses casarões de mãos dadas, entrelaçados pelo destino e condenados a passar a eternidade juntos. Daí me vem a curiosidade de saber quantos seresteiros vagaram por ali nas noites enluaradas, violão da algibeira à cata da janela onde repousa sua amada. Quantos enredos de muitas histórias já foram encenados nas madrugadas da vida e a borracha do tempo deixou para sempre no anonimato!