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sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Lançamento de Os Carapinas dos Pireneus


Em 2014, no sábado da Festa do Divino, entre a queima de fogos e a encenação da peça As Pastorinhas, eu encaixei o lançamento do meu livro Os Carapinas dos Pireneus e fui surpreendido pela presença do prefeito Nivaldo Melo, que iniciava o segundo mandato após inédita reeleição em Pirenópolis. Na foto, da esquerda para a direita, Adriano Curado, Marta de Pina e Nivaldo Melo.

Há seis anos.

Adriano Curado

Entre a barbárie e a civilização

Ciclo da caça ao índio, quadro de Henrique Bernardelli, exposto no Museu Paulista da USP.
Simplificar e menosprezar as figuras históricas  dos bandeirantes é comungar com uma visão estreita da História de Goiás e do Brasil.

Os Anhangueras merecem uma discussão  mais profunda, o que não cabe neste espaço. Será tema do projeto que   pretendemos propor para  os próximos seis anos, até o tricentenario da Fundação de Goiás.

Para se avaliar a importância dos Anhangueras, é  necessário se considerar  alguns aspectos, que vão além da mera acusação de genocídio:

1) Os Anhangueras, pai e filho, e os bandeirantes que os acompanharam, foram os responsáveis pela colonização de vasto território pertencente então à Espanha. Quase todo o território que hoje forma Goiás estava em terras espanholas, até o Século XVIII, por força do Tratado de Tordesilhas.

2) Os Anhangueras não vieram simplesmente espoliar a terra goiana e os silvícolas aqui radicados. Seus descendentes colonizaram e construíram o Estado de Goiás até os dias de hoje. Não deixaram uma terra arrasada. Seus descendentes voltaram a essa terra e ajudaram a criar sua riqueza e formar sua base cultural.

Dentre os descendentes de Bartolomeu Bueno da Silva, o pai, incluem-se:

 Os escritores:
📚Erico Curado
📚Bernardo Élis
📚Ophélia Sócrates
📚Rosarita Fleury
📚Maria José Dupré
📚Agnelo Arlington Fleury Curado
📚Jarbas Jayme
📚Sebastião Fleury Curado
📚Jesus de Aquino Jaime
📚José Sisenando Jaime
📚José Sêneca Lobo
📚Haydée Jayme Ferreira
📚Décio Jaime
📚Bento Fleury
📚Jales Mendonça
📚Augusta Faro Fleury
📚Elisabeth Fleury
📚Adriano Curado
📚Ramir Curado
📚Thereza Caroline Lôbo
📚João Guilherme Curado
e dezenas de outros.

 Os musicistas e cantores:
🎼Maestro Joaquim Jayme
🎼Leo Jaime
🎼Fernando Perillo
🎼Déborah Di Sá
🎼Zezé Di Camargo
🎼Luciano Camargo
🎼Emmanuel Di Camargo
🎼Wanessa Camargo
🎼 Fernando Cupertino
e vários outros.

 Governadores:
- Pe. Luiz Gonzaga de Camargo Fleury
- Antônio de Pádua Fleury
- Ronaldo Caiado

 Senadores
- Desembargador Luiz Gonzaga Jayme
- Emival Ramos Caiado
- Leoni Mendonça
- Max Lânio Gonzaga Jaime

 Deputados Federais
- Marechal Eduardo Sócrates
- Tullo Hostilio Gonzaga Jayme
- Elcival Caiado
- Iturival Nascimento
- Geraldo de Pina

 Deputados Estaduais
- José Gonzaga Sócrates de Sá
- Major Frederico Gonzaga Jayme
- Dr. Genserico Gonzaga Jayme
- José Mendonça
- Plínio Jaime
- Olímpio Jayme
- Altamir Mendonça
- Alcyr Mendonça
- Iron Jayme do Nascimento
- Sérgio Caiado
- Ronaldo Jaime
- Frederico Jayme Filho
- Thiago Albernaz

Gestores de talento como René Pompêo de Pina e Ulisses Jayme; cineastas e compositores como Tainá Pompêo; artistas plásticos como Sérgio Pompêo; esportistas, como o nadador medalhista olímpico Carlos Alberto Canedo Jayme e o bicampeão mundial de Karatê-Do, sensei Osvaldo Mendonça Júnior; dezenas de desembargadores e juízes e centenas de outros, que se destacaram na medicina, na engenharia, no direito, no comércio, no magistério e no agronegócio.

Como se pode constatar, o Anhanguera não criou o vazio.  Foi uma luta de civilizações, onde o indígena Goyá foi substituído por uma civilização invasora de mamelucos formados pelos índios Goianás, de São Paulo, com espanhóis e portugueses.

Se houve a destruição, aconteceu também a construção, através de dezenas de milhares de descendentes dos mamelucos paulistas.

É preciso considerar isso, antes de se falar em retirar a estátua do Anhanguera da Praça do Bandeirante.

A conciliação,  proposta pelo historiador Jales Mendonça - incluindo uma estátua da índia  Damiana da Cunha - é mais sensata e civilizada.
 

Nilson Jaime, D.Sc.

 

Imagem: "Ciclo da caça ao índio", quadro de Henrique Bernardelli, exposto no Museu Paulista da USP.

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

293 anos da fundação de Pirenópolis

 

Pirenópolis foi fundada em 07 de outubro de 1727 pelo bandeirante português Manoel Rodrigues Tomar, com o nome de Minas de Nossa Senhora do Rosário de Meia Ponte. O descobridor da minas, no entanto, foi Urbano do Couto Menezes. 

Logo o pequeno ajuntamento de garimpeiros cresceu, surgiram casarões sólidos e diversos templos religiosos. Muitas dessas relíquias históricas ainda podem ser apreciadas em nossa cidade. 

São decorridos, portanto, 293 anos desde que por aqui chegou a bandeira oficial portuguesa e as primeiras bateias garimparam nosso ouro. 

Mas esta homenagem não estaria completa se deixássemos de lembrar os negros escravizados, que com sangue, suor e lágrimas deram a própria vida na labuta em incontáveis e incansáveis dias. E que não esqueçamos igualmente dos índios que por aqui já habitavam antes do início desta história e foram mortos, escravizados ou expulsos.

Que Pirenópolis, nossa amada terra, continue sua trajetória pelos séculos, mas que seja com mais igualdade, diversidade e compaixão.

Adriano Curado

 

Aniversário de Pirenópolis

Uma bela mensagem do pirenopolino pe. Josafá Carlos de Siqueira