Adeus ao mês de setembro das ruas coloridas pelas flores dos ipês, da chegada da primavera, da transição entre o fim das secas e a ainda não chegada das águas. É o mês do meu aniversário e acho que é por isso que o tenho em muito boa conta. Até o ano que vem!
Canta cigarra seresteira
lá por riba da quaresmeira
que se debruça sobre o
muro velho de adobe
do meu quintal.
E que tal esse cantar
trazer a chuva da esperança
para findar nossa andança
pra mode regar o pé da cruz.
Canta a cigarra seresteira
lá pras bandas da quaresmeira!
Adriano Curado
A Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Música (APLAM)
lamenta o falecimento do acadêmico Sérgio Pompêo de Pina (Cafu). Nascido na
cidade de Palmeiras de Goiás em 11/05/1942, era instrumentista, poeta,
compositor e luthier.
Foi aluno de música do maestro Vasco da Gama de Siqueira,
tocando saxofone tenor, quando ingressou na Banda Fênix. Compôs a orquestra da
peça As Pastorinhas por uma década, sob a regência de Braz Wilson Pompêo de
Pina. Tocou também na orquestra do Coral Nossa Senhora do Rosário entre as
décadas de 1960 a 1980.
Mudou-se para Goiânia após casar-se com Amália Rosa de Sá,
na década de 1970. A convite do maestro e regente Braz Wilson Pompêo de Pina
Filho, tocou na Banda da Prefeitura de Goiânia e, em seguida, foi transferido
para a Orquestra Sinfônica de Goiás, sob a regência do maestro Braz, no início
dos anos 80. Em 1985 retornou a Pirenópolis e aos estudos na Banda Fênix, onde
atuou até o ano de 1998.
Compôs diversas músicas, dentre elas: “Foi ilusão” (bolero), “Saudades de Pirenópolis” (valsa) e “Saxofone de Gafieira” (chorinho). Como artesão luthier produziu e reformou diversos instrumentos de corda e de sopro, como: violão, bandolim, cavaquinho e flautim. Era membro efetivo da APLAM na Cadeira XXXIX, Patrono: Cloves Roberto Gomes.
Ocorre que a cidade foi reaberta e aí se descobriu que esse plano não existia. Agora vão fechar novamente, com barreiras sanitárias para impedir que quem não tem hospedagem garantida fique de fora. Isso resolve?
Saio na porta de casa e vejo gente pra todo lado sem máscara, aglomerada e inconsequente. É um toque de recolher só pra inglês ver. Que lástima! Parece um caminhão velho desgovernado ladeira abaixo - sem freio nem barra de direção, sem amparo decente de eficientes leitos de UTI. E a todo momento temos notícias de um parente, amigo ou conhecido passando mal por conta do maldito vírus. Que será de nós se essa tal vacina não vier logo?!
Este boletim contém novas informações, obtidas através da primeira etapa do inquérito epidemiológico que está acontecendo em Pirenópolis, onde mais pessoas estão sendo testadas.
É uma pena que nossa amada e querida Pirenópolis tenha perdido a guerra para o coronavírus. Aquilo que mais temíamos ocorreu: a administração pública perdeu o controle da situação. Manteve a cidade "isolada" até mais do que devia, mas não apresentou um plano eficiente de reabertura.
Os pirenopolinos estão assombrados com os sucessivos desrespeitos às normas sanitárias de segurança recomendadas. Turista sem máscara ou aglomerado em área pública virou normalidade. Agem como se a pandemia já tivesse acabado e agora tudo está na normalidade outra vez. Só que não. Ainda não acabou essa peste maldita, infelizmente.
Não bastasse isso, agora resolveram reinaugurar o bar Central justo em um momento delicado como este que agora vivemos. E também ali a coisa corre solta. Gente sem máscara, aglomeração, abuso de som automotivo, enfim...
E o que mais me assombra é a ausência do poder público municipal, que se omite no dever de fiscalizar e coibir tais abusos. Há um toque de recolher a partir da meia noite, mas no dito bar Central a festança seguir até raiar o dia.
Carlos Roberto Gomes Da Silva
Foto de junho de 89 – retrata poeticamente vários adjetivos pirenopolinos – a tradição do carro de boi e o lindo, poético e inigualável “pôr do Sol de Pirenópolis” – enfim – essa foto de José Percival Afonso é uma poesia em forma de foto.
Heráclito Zanoni Pereira
Há uma previsão assustadora de que virão cerca de 25 mil turistas para cá neste feriadão. É gente para dar com pau. E já começou a bagunça. Veja gente sem máscara para todo lado, aglomerações e extravagâncias. Gente, pelo amor de Deus, a pandemia não acabou. O vírus está aí e pode vitimar qualquer um de nós. Não se sabe nem se ele pode reinfectar! Em um crise dessa proporção eu não consigo compreender a ideia de quem resolve passear, curtir a vida.
Bom, eu ficarei aqui em casa mesmo. Não quero correr o risco. E a todos que por aqui estão ou ainda virão, só posso desejar... SORTE!
O mês de setembro se inicia. Vem todo colorido pelos ipês do cerrado, e embora as chuvas ainda não tenham dado as caras, este é um período muito belo no planalto central. Precisamos de momentos bonitos, de poesia e alegria nestes tempos difíceis em que vivemos.
E que setembro nos traga boas notícias!