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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

E viva o Carnaval...!

      Aí vem outro Carnaval. E nossa cidade, como acontece todos os anos, enfrenta os problemas de sempre. 


     Não há um órgão de trânsito municipal para controlar os milhares de carros que entopem as ruas estreitas. 


     Pela falta de uma rede de esgotos, que ainda é apenas um projeto, águas servidas escorrem pelos passeios públicos, e isso fede bastante. Do som automotivo, então, é bom nem falar...


    Mas resta sempre a esperança em dias melhores, em planejamento prévio baseado em experiências anteriores. Não é fácil administrar uma cidade complexa como Pirenópolis, que vê o fluxo turístico aumentar vertiginosamente a cada ano. Constroem-se pousadas sem controle nem observância do plano diretor, mas ainda assim não suprem a carência de vagas.

     Eu sempre reitero neste site que é preciso pensar a cidade a médio e longo prazo, sob pena de se estabelecer o caos por aqui. Ainda está na memória de muitos o descontrole do número de turistas que vinham para cá nos feriados e coloriam as margens do rio das Almas com barracas.

     E viva o Carnaval...!

Adriano César Curado

Chuvas prejudicam Cavalhódromo

Neste período de grandes chuvas, olha o estado em que se encontra o gramado do Cavalhódromo. As fotos são de Bala.







quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

A folia está começando!






A folia está começando!!! E Pirenópolis terá mais uma edição de carnaval de época, animado pelas marchinhas carnavalescas, a cara de Pirenópolis. Este ano a a decoração será alusiva a copa do mundo de 2014! Pirenópolis deseja proporcionar um carnaval tranquilo e alegre. Uma festa responsável que respeite o patrimônio histórico e a segurança de moradores e visitantes. 

Texto da Secretaria Municipal de Turismo. 

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Corumbá à noite


Vista noturna da poética e romântica cidade-irmã de Corumbá de Goiás.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Pamonhada na roça


Hoje é dia de pamonhada na roça. Tem fogão a lenha que espalha fumaça pela casa toda, tem chão de terra batida que é fresquinho, tem uma pinguinha para abrir o apetite. Ali dentro estão as mulheres em animado bate-papo, umas contam assuntos do cotidiano, outras puxam uma cantoria das antigas.


Aqui fora, numa roda que começa a afinar a viola, estão os homens com seus palheiros de espantar mosquito e suas botinas rangedeiras. Já sangraram o capado no chiqueiro e a peonagem agora traz as bandas para destrinchar. A cachorrada está alvoroçada no terreiro, os gatos miam fino em riba do telhado, sabem que sempre tem umas sobrinhas, uns refugos, nacos menos nobres que para esses bichos é um banquete.



Batem palmas lá na porteira. Acode ali que o compadre chegou da vizinhança e trouxe a família. Se achega mais gente debaixo desta mangueira copuda e todo mundo, sem cisma nem cestro, quer provar da cumbuca de torresmo que acabaram de fritar, desses que queimam a ponta do dedo e a gente tem que assoprar miúdo.


Enquanto corre mais uma rodada da aguardente aqui fora, lá dentro o movimento é intenso. Dobrar a palha, derramar o milho ralado dentro, amarrar com esmero e depois mergulhar na fervura. Tem uns três ou quatro homens lá dentro, no afã de dar um adjutório, e é bom que se conte isso para mode não pensar que só as mulheres trabalham hoje. Isso não quer dizer que tem bastante desocupado lá debaixo daquela mangueira, e parece que já se ouve a fala arrastada de bêbado.

Estendidas sobre a mesona de pedra, lá estão as duas bandas do capado. Facas afiadíssimas em mãos ágeis desossam o bicho e separam por partes em gamelas. Os meninos lavam as tripas na bica do monjolo, viram do avesso com uma varinha, desviram para conferir se estão mesmo limpas, senão a linguiça não sai a contento.

E já começam as modas de viola e nova rodada da branquinha debaixo da mangueira. Alguém reclama que os músicos não ajudaram nada, mas uma voz sábia disse que há males que vêm para bem e que bêbado no manuseio de facas afiadas não é bom.



As pamonhas estão pronta, já frita a banha do caldeirão e a carne agora é salgada para guardar. Puxam um parabéns meio desafinado. Sim, é aniversário do dono da casa. Infelizmente não teremos um instrumento no acompanhamento, pois todos dormem caídos ali à sombra da mangueira. Mas deixa isso para lá, o importante é que a alegria e a confraternização reinaram neste dia de pamonhada na roça.

Texto de Adriano Curado
Fotos de Eli Luiz da Costa

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Carnaval 2014


CARNAVAL CULTURAL DE PIRENÓPOLIS O CARNAVAL “BRASIL NA COPA 2014”.

Mais uma edição de carnaval de época, animada pelas marchinhas carnavalescas, a cara de Pirenópolis. E este ano com decoração alusiva à COPA 2014. O evento será realizado pela Prefeitura Municipal, que transformará a Rua Direita em um grande salão para os bailes de carnaval à moda antiga,.

O evento ocorrerá entre os dias 01/03 a 04/03/2014, de sábado a terça-feira, com início às 21hs. A animação será da centenária Banda Fênix. 

Neste ano teremos a 2ª Edição do Concurso de Fantasias. É só aparecer na Rua Direita fantasiado que o folião já concorrerá aos diversos prêmios. 

A grande novidade deste ano será a realização da “Matinê Infantil”, no terceiro dia de carnaval (03/03), com concentração as 16:00hs na rua Aurora, em frente à Osego, com desfile rumo ao palco na rua Direita. As melhores fantasias serão premiadas, categorias individual e de blocos.

Fonte: site da Prefeitura Municipal

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

João Gonzaga Jayme de Sá







Tenente Coronel João Gonzaga Jaime de Sá, também conhecido como Joãozinho Jayme, n. a 5.11.1858 em Pirenópolis. Exerceu as seguintes funções públicas: membro do Conselho de Intendentes, por Decreto de 10.2.1890; da Junta Governativa estadual; de Conselheiro Municipal, eleito a 20.6.1897, para o biênio de 97 a 99, sendo de sua autoria o primeiro Código de Posturas Municipal de Pirenópolis; de suplente do juiz municipal, no quatnênio de 1888 a 1892; e de juiz municipal, no quadriênio seguinte, ou seja de 1892 a 1896. 

Foi deputado provincial e exerceu a advocacia em sua terra. A 5.11.1884, casou com sua tia materna, Rosa da Silva Batista, filha do comendador Teodoro da Silva Batista e de Efigênia Pereira de Siqueira Leal, e f. a 9.9.1926. 

Antes de se casar, teve, com Maria Antônia da Veiga, filha do capitão José Joaquim da Veiga e de Senhorinha da Paixão Leal, reconhecida: Leonídia da Veiga Jaime (n. 10.4.1884) 

Com Rosa da Silva Batista teve:
a. João Batista Jayme (1885)
b. Rosa Batista Jayme (1887)
c.Oscar Jayme (1888)
d. Cornélio Gonzaga Jayme (1890)
e.Aníbal Jayme (1892)
f. Cisalpino Jayme ( 1896 - 1979) c.c Ida Bisani e teve
1 Annita Jayme
2 Alarico Jayme ( 1929 - 1995 ) c.c Maria de Lourdes G.Jayme
3 Benedita Jayme
4 José Jayme
5 Guaracir Jayme
6 Roberto Jayme
h. Abílio Jayme (1899)
i. Diná Jayme (1902)

O texto é uma contribuição de Magaly Jayme Almeida

Igreja Matriz







Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário de Pirenópolis em 1957 (foto de Speridião Faissol; Tomas Somlo - IBGE)

sábado, 15 de fevereiro de 2014

Casa do Ditinho






Esta linda casa cheia de historia é do seu Ditinho, carroceiro de areia, hoje aposentado. Está praticamente cego. Eles eram de família de sete irmãos, e só resta ele. Ao lado morava seu Estevinho, pai de muitos filhos também, todos unidos. A casa ainda é de chão, a estrutura é de esteio de aroeira e adobe, como as de várias chácaras existente. Levanta-se a madeira chamada esteio e depois as paredes. Por que eu sei? Andei demais no quintal roubando frutas verdes, fica ao lado da casa de minha mãe. São vizinhos há 30 anos.

Texto de Claudeane Melo

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

O largo da Matriz


E passam os anos, correm os séculos, o Largo da Matriz continua lá, como se contemplasse o transcorrer da história humana. Ele já reinou soberano, apenas com a Matriz espetada em seu centro. Depois foi mutilado por construções horrendas e discutíveis. Mas agora começa a ser revitalizado, numa tentativa de resgatá-lo do torpor a que foi relegado. Correram-se Cavalhadas diversas nessas terras vermelhas, num tempo em que a saudade era algo saudável de se praticar. Quem saberá o futuro do velho largo?

Adriano Curado

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Na época das sinhás







Dona Maria Luíza, minha prima, uma senhora doce no olhar e nos gestos, com sorriso tímido e semblante compenetrado. Cada gesto seu parecia comedido, cada palavra previamente pensada. Eu sempre a achei elegante e distinta, como aquelas sinhás dos velhos casarões dos coronéis, à época dos saraus, das palhetas, das bengalas dependuradas. Também pudera, ela era descendente do coronel Luiz Augusto e de dona Sinhazinha! Deus a chamou para si inesperadamente, deixando a todos com ar de perplexidade. Dona Maria Luíza estava cheia de planos, montou um altar belíssimo para receber a Coroa do Divino, sendo seu marido, dr. Pompeu de Pina, o Imperador da Grandiosa Festa; cuidava dos preparativos para iniciar o Império do Divino de 2014. Mas Deus sabe o que faz. Agora fica a saudade, a lembrança dos bons momentos, o exemplo a ser seguido. Olhe por nós, querida prima.

Adriano Curado

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Homenagem


Homenagem deste site a dona Maria Luíza, que nos deixou na madrugada de hoje. Ela é esposa do dr. Pompeu de Pina, nosso atual Imperador do Divino. Foi esposa e mãe dedicada. Era humildade e delicada, parecia aquelas mulheres antigas.



segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Irnaldo Jayme

SÉRIE PATRONOS DA APLAM
Irnaldo Jayme

Irnaldo Jayme (Pirenópolis, 19.11.1950 – 02.07.1976) foi jornalista, escritor e historiador.

Filho de Agnaldo Jayme e Irene e Oliveira Jayme, herdou de seus antepassados aquela intelectualidade que é própria dos pirenopolinos. Bom escritor, interessou-se logo pela história de sua terra e assim compôs um livro que é referência bibliográfica para quem deseja estudar a história goiana: “O furacão histórico”.

O jornalismo o encantava, e nessa atuação, em 1965 fundou o jornal O Combate; em 1976, O Mensageiro. Além disso, escreveu para vários jornais de alcance nacional, como Correio Braziliense, O Popular e Diário de Notícia.

Foi membro da Associação Goiana de Imprensa e da União Brasileira de Escritores (Goiás).

No cinema, atuou como assistente de produção no filme “Leão do Norte”, dirigido por Carlos del Pino. Na música, compôs a letra do Hino Oficial de Goianésia, com música de Max Melazo.

Foi brutalmente assassinado em 02 de julho de 1976, dentro do prédio do Teatro de Pirenópolis, onde à época havia um bar, e essa tragédia pôs fim à sua brilhante carreira, em prejuízo da cultura goiana.

Publicou o livro: O furacão histórico, Anápolis: Editora Cristã Evangélica, 1969.

Embora tenha sido um intelectual de grande atuação, seu nome não é mais lembrado pelos pirenopolinos mais jovens, o que mostra a necessidade de levantamento de toda sua obra, para novas publicações.

Foi homenageado com o nome de uma rua no Jardim Boa Vista, em sua terra natal. É Patrono da Cadeira n° XXIII da Academia Pirenopolina de Letras, Artes e Música.

Hino Oficial de Goianésia

Ao ribombar de um brado varonil
Que pelos horizontes ecoou
Acendeu-se no centro do Brasil
Uma tocha que jamais se apagou

Nas solitárias matas pela sorte
Lançada em solo fértil uma semente
Germinou célebre, vibrante e forte
E surgiu Goianésia imponente

Um gigante nas matas dormitava
Em um lugar onde Deus o colocou
Nas matas que o silêncio abrigava
Quando um forte grito o acordou

E pelo seu progresso assustador
Foi este bravo rincão designado
Numa consagração ao seu labor
Município modelo do Estado


Fonte:
JAYME, Jarbas. Famílias Pirenopolinas (Ensaios Genealógicos). Goiânia, Editora Rio Bonito, 1973. Vol. V.
MARTINS, Mário Ribeiro. Escritores de Goiás. Rio de Janeiro: Master, 1996.
TELES, José Mendonça. Dicionário do Escritor Goiano. Goiânia: Kelps. 3ª ed. 2013.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

A cura pela fé

 
Tenho que divulgar o que aconteceu comigo, tal vês isso pode ajudar outras pessoas a se recuperar também. Eu fiquei mais ou menos 15 anos na fila em São Paulo para fazer transplante de fígado, devido a uma trombose que tive na veia porta do fígado. De repente o problema se agravou, ( fiquei desenganado ) e o transplante teria que ser MULTIVICERAL E SÓ TINHA SIDO FEITO UM NO BRASIL, OU SEJA TRANSPLANTAR 5 ÓRGÃOS foi então quando disse aos médicos que me assistiam: DEUS VAI ME AJUDAR E EU VOU CURAR SEM FAZER O TRANSPLANTE. Hoje meus exames estão completamente normais, não estou mais na lista de espera para fazer transplante e me sentindo cada dia melhor e agradecendo a Deus todos os dias por ter atendido minhas preces, obrigado, obrigado, obrigado Senhor. Por isso digo a todos vocês que façam seus pedidos e rezem com fé e amor e que Deus te atenderás. Tenham todos um bom dia com muita saúde.
 
Luiz Antônio Godinho

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Poesia para a chuva



Procura-se Dias Molhados

Chovia muito...
Chovia demais da conta...
E eu, criança esbaforida,
Doida pela liberdade,
Odiava o lenga-lenga,
O pingar manso do inverninho
‘Chuva de molhar bobo’.
O tempo cuida de tudo
E prega peças na gente:
Donde haveria eu de lamentar
A falta que a chuva nos faz?
Hoje que respondo por mim
E pelos meus atos
É quase uma lamúria
A falta do céu se abrindo
Derramando-se no ressequido.
O cheiro da terra umedecida
Envolta no aroma das panelas
Ou do café fervente.
Tudo evoca sentimentos
Quando hoje dobro joelhos
Suplicando encarecido
Regresso imediato, ensandecido
Daquelas gotas frias, puras
Que alegram tanto a gente
Nesses dias tão insossos.

Marcos Fernando de Assis, poeta da vizinha Corumbá de Goiás.

Chico Figueiredo


Francisco Figueiredo de Moraes, ou simplesmente Chico Figueiredo. Nasceu em Anápolis. Reside em Pirenópolis, meu grande amigo, é responsável pelo Museu do Carmo. Muito dedicado no que faz. Enquanto o Museu está aberto, ouve-se gravações de músicas sacras. Vou com frequência lá. No volume II de Fam.Piren. de Jarbas Jayme, no capítulo 27, às pags. de 193 a 195, pude saber que o trisavô de Chico era José Emerenciano de Morais batizado em Corumbá, 20.11.1793, foi morador da Fazenda "Paraíso" a 12 Km. de Pirenópolis. Seu bisavô Antônio Figueiredo de Morais (1845-1929) foi casado duas vezes. Seu primeiro casamento foi com a sobrinha Rosa das Dores Fleuri, quando enviuvou casou com a irmã de Rosa, Francisca. O avô de Chico era Américo Figueiredo de Morais e seu pai Antônio. Chico fez Licenciatura em Sagrada Família pelo Pontifício Inst. Santo Anselmo, em Roma e dirigiu por 9 anos a Paróquia São Francisco Xavier em B. H. Minas Ferais. Chico é pessoa muito culta e em sua tese em Roma, escreveu o livro "O espaço do culto à imagem da Igreja." Ele me disse que desde menino "reparador olhava canto a canto da igreja e desmontava tudo e tudo refazia na sua imaginação." Ele diz também que "o livro que escreveu foi fruto dessas visões , de início ingênuas e deslumbradas pela majestosa Matriz de Nossa Senhor do Rosária Pirenópolis." 

Foto e texto: Cidinha Coutinho